Halley

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* Oi galera, to sumida né? Desculpa por estar tão sumida e quando reapareço, ainda com um capítulo tão curto :( Mas me perdoem e continuem a ter paciência comigo, logo logo estarei de férias e enfim terminarei o livro ;)

Esse final de semana postarei um ou dois capítulos em comemoração a um ano do livro ( sim, 1 ano?!) estou realmente em êxtase sobre isso.

E antes de tudo, espero que gostem da música que escolhi como trilha sonora do capítulo, ela realmente me inspirou. *

****

Chega a ser cômico.

Antes de estar aqui, pouco me importava às opiniões alheias, se uma pessoa sorria ou chorava, se ela estava morta ou viva. Essa proteção acredito eu, se deve ao fato de nunca ter tido alguém pelo qual valesse a pena sofrer. Até o momento é claro.

- Hay, fique calma. Por favor. – Implorava Lucca ao ver o meu rosto atônico e pálido.

Eu não consegui pronunciar uma única só palavra. Os meus dentes trincaram e uma vontade explosiva de morrer me tomou.

Não... Não ele, por que ele? Isso não poderia estar acontecendo.

Eu aparentava estar devastada, pois Lucca tentou se aproximar para me consolar.

- Não me toque. Saia do meu quarto! Deixem-me, saiam todos, vão embora!- Gritei furiosa batendo a porta na cara de todos que estavam lá fora.

Eu gritei. Vários sons esganiçados saíram de mim naquele momento. Uma dor, um peso e culpa por não ter trazido ele comigo me tomaram.

Coloquei as mãos no meu rosto e chorei ainda mais. Com mais alguns acessos de raiva algo estranho começou a acontecer. Fortes emanações de luzes se formavam ao meu redor. No começo em forma de esfera e logo após explodiam no quarto destruindo o interior do cômodo bem decorado.

Acabei fincada de joelhos no chão, com o quarto totalmente destruído ao meu redor. Antes de tudo ir abaixo, o meu espírito apareceu ao meu lado me abraçando com força.

- Calma Hay, tudo ficará bem. – Tentava me consolar de alguma forma.

- Não, não ficará bem, ele morreu. – Tentei retrucar enquanto chorava ainda mais e outra esfera de destruição se formava.

- Eu já cuidei disso, ele ficará em um bom lugar. – Falou afagando o meu cabelo com os seus longos dedos idênticos aos meus.

Sentei-me no chão gelado ainda com lágrimas nos olhos e abracei os joelhos.

- Isso é tudo culpa minha. Eu devia ter insistido para que ele tivesse nos acompanhado até aqui. Estaria seguro agora. Deveria eu ter morrido no seu lugar. Ele não merecia isso. – Falei entre soluços e lagrimas. Ela me ouvia calada e interessada.

- Ele está melhor lá Halley. Talvez ele estivesse sofrido mais por estar vivo. A morte nem sempre é o pior caminho. – Falou me consolando.

Desisti de parar as minhas lágrimas, mas levantei, tentei tirar os escombros que me recobriam e virei para o meu espírito.

- Quem o matou? – Minha pergunta caiu como uma pedra sobre ela.

Olhou-me com um semblante de negação e balbuciou tropeçando nas palavras. – Você não pode derrota-la sozinha. – Falou com segurança.

- Tereza? – Indaguei. Claro que foi ela.

Hay ponderou um pouco sobre o que eu acabei de dizer, mas logo assentiu.

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