Agradeço a todos que estão acompanhando e desculpa pela demora de qualquer capítulo postado, tento ao máximo ser rápida nas postagens, mas por motivos escolares tendo a demorar. Desculpa novamente! Quero dedicar não só esse capítulo, mas o livro todo, a capa, as frases e palavras, além de todas as imagens e musicas postadas a uma grande amiga e colaborada do livro, que me ajuda e as vezes até escreve capítulos (rsrsrsrs), sem ela esse livro não iria estar se tornando real. Obrigada Carol Marques ❤️
• • •Acordei sentindo como se tudo ao meu redor estivesse se movimentando, tentei algumas vezes procurar foco mas não consegui enxergar direito. Braços me seguravam carregando o meu corpo.
Ao abrir os olhos percebi que estava sendo carregada, para agravar mais a situação era pelo garoto da capa preta.
- Ei!
Falei ainda tonta tentando sair dos braços dele e acabei caindo no chão. Levantei e tentei correr.
- Seu maluco, o que pensa que estava fazendo comigo.
Corri, ou pelo menos tentei, pois estava fraca e ele logo conseguiu me alcançar.
- Para de ser uma garota birrenta por uma única vez e vem logo.
Falou alto e me segurou me colocando no seu ombro.
- Me solta, eu não quero ser sequestrada. Eu preciso achar a minha tutora.
Ele permaneceu em silêncio, ainda tentando me carregar para bem longe do colégio.
- Ela foi capturada.
Falou ele sem muito conseguir pronunciar os fatos.
- Como assim? Isso é impossível, isso é tudo culpa sua.
Bati na costas dele.
- Morgana, Arme, Oliver. Socorro.
Tentei gritar, mesmo sabendo que ninguém conseguia me ouvir. De longe eu via algumas das instalações do colégio pegando fogo e isso me deixava cada vez mais em pânico.
- Você vai me salvar e deixar todos morrerem? Que injusto, eu posso salvá-los. Me deixa descer.
Supliquei mas nenhuma palavra foi dita. Alguns híbridos se aproximaram de nós dois e ele correu, me colocou no chão e puxou de sua bota direita uma varinha que enterrou parte dela na terra, formando uma bolha de proteção.
- Estaremos salvos aqui até tudo isso acabar.
Falou ele se sentando no chão e respirando fundo.
Alguns seres metade humano, metade leões voadores tentaram furar a proteção, mas ela parecia ser muito densa e tudo foi em vão.
Comecei a andar em círculos e respirar fundo. Alguém poderia estar precisando da minha ajuda, eu sei que não sou nenhuma heroína mas qualquer coisa que eu conseguisse fazer já valeria a pena. E para piorar tudo a minha tutora foi capturada.
Eu bufei de frustração e me aproximei da barreira de proteção, toquei o meu indicador nele e comecei a cutuca-lo sem motivo algum.
Outra explosão se propagou na parte leste da escola, alguns alunos corriam em direção à floresta e outros se jogavam no lago para apagar as chamas que os acompanhavam. Era desolador ver aquele cenário. Me forcei a bater freneticamente na proteção, mas nenhum sinal de rachadura ou algo do tipo.
- Me tira daqui logo, eu preciso ajudá-los.
Falei batendo no garoto.
- Se acalme, não sairemos daqui até que o ataque acabe.
Falou ele muito paciente.
- Não vou ficar aqui sentada enquanto os alunos morrem.
Me forcei a respirar profundamente e me concentrei, tentando trazer aquele poder que ontem eu mostrei ter quando invoquei o dragão.
Em um sibilar de cores uma pressão alta se formou dentro da cuba, fazendo com que eclodisse e a barreira fosse destruída.
- Sua maluca, você destruiu a barreira!
Ele se levantou e começou a gritar comigo, porém o ignorei e corri freneticamente em direção à escola.
Dessa vez ele não conseguiu me alcançar, não descobri como consegui ter tamanha força de vontade, mas consegui chegar até bem perto da entrada do colégio sem que fosse apanhada por nenhum híbrido ou pelo garoto que corria atrás de mim que nem um louco cheio de raiva.
Entrei na escola freneticamente, sem saber ao menos para onde ia, corri até achar achar o corredor do meu quarto e entrar correndo ao ponto de quase derrubar a porta do quarto, mas para meu alívio e ao mesmo tempo preocupação não havia ninguém lá. Fui até o refeitório, mas também não encontrei ninguém lá. Foi na sala de armas que encontrei a pior cena que já presenciei, Oliver estava caído no chão ainda agonizando por causa da grande quantidade de sangue que perdeu, com seus olhos já fechados ele percebeu que alguém havia entrado na sala.
- Quem é que está aí?
Perguntou ele embargado pelo sangue.
- Sou eu, a Hay.
Falei me aproximando dele.
Me sentei no chão ao seu lado e coloquei a sua cabeça no meu colo.
- Eu posso te ajudar Oliver fique quieto, não vai doer.
Falei tocando seu ferimento e respirando fundo, pronta para fazer o que fiz com Morgana, trocar a minha paz pela sua dor.
- Não.
Falou ele afastando a minha mão.
- Não quero que me cure, a Morgana nos falou. Eu quero outra coisa.
Falou ele respirando com dificuldade.
- Peça o que quiser, prometo tentar fazer o que estiver ao meu alcance.
Falei tirando o cabelo do seu rosto.
- Eu quero um beijo seu.
Falou ele.
- Um beijo?
Perguntei atônica, a última coisa que pensaria em fazer para ajudá-lo seria dar um beijo nele.
- Sim, se quer me deixar feliz, me beije.
Falou fazendo careta, aparentando sentir fortes dores.
Dei de ombros e assenti, me aproximei do seu rosto e depositei um beijo demorado na sua boca, um pouco suja de sangue, ignorei o gosto de sangue que senti ao beija-lo e segurei com a mão o seu rosto que se tornou gelado.
Quando me distanciei do seu rosto percebi que ele não mais respira e me desesperei.
- Não, não, por favor não faz isso comigo. Oliver! Depositei a minha mão no seu ferimento cheio de sangue e me concentrei, mas nada acontecia. Várias lágrimas começaram a brotar nos meus olhos e comecei a mexe-lo.
- Acorda, por favor, não faz isso, a gente não é um time sem você. Vamos, acorda por favor.
Falei aproximando o seu rosto do meu peito e chorando sem parar, ele não se movia e continuo gelado.
Um garoto atravessou a porta da sala e me viu sentada no chão com o corpo já sem vida de Oliver sobre mim.
- Hay.
Falou o garoto de capa se agachando ao meu lado. Ele segurou os meus ombros.
- A gente precisa ir.
Ele falou alisando o meu ombro tentando me consolar.
- Eu não vou a lugar algum. Quer dizer vou sim, vou matar o infeliz que fez isso com ele, ele não merecia, ele era um imbecil mas não merecia.
Falei chorando ainda mais.
- Calma, vamos sair daqui.
Ele conseguiu me fazer levantar e com muito esforço sair da sala onde Oliver deu seu último suspiro.
Andamos entre os corredores até achar o portão de saída da parte de trás do colégio.
- Para onde estamos indo?
Falei tentando limpar as lágrimas que ainda me desobedeciam em descer.
- Para um local seguro.
Falou ele.
- Pra outra bolha gigante ?
Falei com tom irônico.
- Não, a escola não é mais segura, vamos para o subterrâneo.
Ele me puxou pelo longo corredor que levava ao subterrâneo do colégio.
Empurramos uma porta enorme e ao abri-la descobrimos uma sala cheia de alunos sendo atendidos em uma enfermaria improvisada.
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Guardiões Elementares
FantasiaLIVRO 1 Halley cresceu sendo cuidada pela sua tutora Grenger, sem saber quem eram os seus verdadeiros pais ou de onde realmente vinha. Com uma vida regada a baladas e poucos amigos, ela sempre quis respostas de todos os questionamentos da sua vida...