Capítulo 21

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— Queremos esta — digo a olhar para a mulher da imobiliária.

— Perfeito. Acho que fizeram uma ótima escolha. Vou reunir-me com o construtor da casa para ver quando poderemos combinar a escritura — a mulher lança-nos um sorriso e estende-me a mão — Foi um prazer — aperto a mão dela e depois ela aperta a mão de Jane.

À frente do muro da casa, lanço o braço à estrada para chamar um táxi para a casa da minha irmã, para o jantar que combinamos.

Ao chegarmos ao ser apartamento, Jeremiah cumprimenta-nos educadamente, e pede-nos para levar os nossos casacos, e disse que a minha irmã estava no escritório a tratar de uns negócios do atlier, que abriu no mês passado. Vou em direção a ela, enquanto que Jane vai provar um pouco da comida do mordomo.

— Sim, sim. — diz ela ao telefone — Sim, claro. Percebo perfeitamente. Obrigado François, um beijo — desliga a chamada, e dirige-se a mim quando repara na minha existência.

— Olá irmã — digo com um leve sorriso.

Salut mon frère — diz ela num francês quase perfeito.

— Ai, que linda francesa — troço eu.

— Não gozes, tive que entrar num curso de francês intensivo para agradar àqueles parvos lá do outro lado do oceano — diz com sarcasmo.

— Estavas a falar inglês com este François.

— Sim, este falava inglês — explica

— Hm. E como tem corrido o negócio? — pergunto.

— Muito bem até, já marcamos desfiles para Washington, e para Chicago. — responde com entusiasmo.

— Ena, muito bem maninha — digo, orgulhoso.

— Senhores, O vosso jantar está servido — diz Jeremiah a aparecer sorrateiramente à porta do escritório da minha irmã.

— Obrigado Jeremiah, descemos já — responde ela.

No momento, saímos para largo corredor e descemos as escadas em direção à sala, onde o jantar está servido na mesa.

Durante o jantar, o ambiente foi de festividade e comunicação, uma vez que não via a minha irmã desde que ela abriu o seu novo negócio

— Hm — diz Jane com a boca cheia — Hoje fomos ver a casa, e é tão fixe. Olha só. — nesse momento ela tira o seu telemóvel das calças e mostra uma fotografia da casa que nem sabia que ela tinha tirado.

— Uau — diz a minha irmã a tapar a boa — É linda! Qual é o preço? — pergunta já a colocar uma garfada de borrego na boca.

— Um milhão e duzentos mil — respondo — Mas o preço vale a pena. Tem...

— Tem 5 quartos mais uma suite gigantesca, uma sala com vista para o terreno, e melhor: o andar de baixo tem uma sala de cinema, uma sala com Jacuzzi, uma garagem enorme, e um ginásio. E claro; a piscina. Mas o melhor é mesmo aquela suite. E já tudo mobilado! — diz com entusiasmo. Fico felicíssimo em ver que gosta assim tanto da casa, visto que foi ela que a escolheu.

— Uau, quero vê-la.

— Vais vê-la com certeza — respondo

Depois de jantar, — e apesar de Jeremiah dizer que não era preciso — Jane insistiu em ajudá-lo a levantar a mesa, sempre com aquele maravilhoso sorriso que eu amo. Encontrei a minha irmã na varanda da sala, depois de uma não muito longa busca. Chego ao pé dela e vejo que está a fumar.

A Vida (Não) É BelaOnde histórias criam vida. Descubra agora