— Quem é? — pergunta Jane.
— É a tipa da imobiliária, espera. — atendo o telefone — Estou?
— Olá George, como está? Daqui é Maria Sanchéz.
— Olá, boa noite.
— Peço imensa desculpa por estar a ligar-lhe a esta hora, mas só agora consegui contactar o construtor da casa, e ele diz que amanhã está disponível para fazer a escritura. — tapo a parte de baixo do telemóvel para falar com Jane.
— A Maria disse que amanhã o construtor está disponível para a escritura.
— A que horas? — pergunta a sussurrar.
— A que horas? — dirijo-me desta vez a Maria.
— Depois do almoço, por volta das duas horas.
— Depois do almoço? — olho para Jane e ela acena que sim — Sim, podemos.
— Muito bem, até lá então.
Desligo o telemóvel e apanhamos um táxi até à "The Night", uma discoteca famosa em Manhattan
O ambiente dentro da discoteca é festivo, apesar de ser um mísero sábado.
Começo por beber uma tequila, pelo que depois a minha namorada me companha numa Melon Ball, e de seguida dirigimo-nos à pista de dança, para passarmos uma bela maratona de dança.
*
Acordo com uma dor de cabeça que me faz sentir arrependido pela noite por que passei ontem. Olho para a mesa de cabeceira do lado de Jane, e vejo que é uma hora da tarde. Só agora vejo que está um bilhete dobrado do lado dela. "Fui comprar coisas para o almoço. Não te queria acordar porque és um anjinho lindo enquanto estás a dormir. Devo chegar por volta da uma. Amo-te, Beijos". Pelo bilhete, ela saiu antes da uma hora, por isso ela já cá deve estar. Levanto-me nu da cama, o que é uma surpresa para mim, uma vez que durmo sempre de pijama ou pelo menos de boxers. Visto uns ao sair do quarto.
— Bom dia amor — diz Jane da cozinha, ao reparar que já cheguei à sala.
— Boa tarde — corrijo eu enquanto me sento no sofá da sala.
— Dormiste bem? — pergunta ela a chegar ao pé de mim para me beijar.
— Melhor do que merecia — respondo.
— Estou a fazer salmão grelhado — diz ela — Sei que gostas.
— Hm — respondo ao ligar a televisão.
— Podes vir, querido.
— Estás muito animada — digo ao sentar-me à mesa.
— Ontem a noite foi um máximo — responde ela. Fico confuso por não saber do que está a falar.
— Eu não... eu não me lembro de nada.
— Nada?
— Bem, lembro-me de chegar à pista e dançar muito, mas é só isso.
— Pois, tu bebeste imenso — Jane mete a primeira garfada de peixe na boca.
— O que se passou? — pergunto ansioso.
— Nós chegámos à pista e dançámos muito, depois quiseste ir beber mais ao balcão e eu fui contigo, mas como percebi que querias beber muito, achei que era melhor não beber mais, para o caso de algum de nós se esquecer de alguma coisa.
— E mais?
— Depois quiseste ir para casa, e encheste o táxi de vomito, e tivemos que dar uma ótima gorjeta ao homem. Depois chegamos a casa e fizemos um sexo ótimo. — diz enquanto come.
— Uau — respondo, surpreendido, ainda sem ter comido nada — E foi bom?
— Hm. Tão bom. Estavas com tanta energia, tão... Uau. — responde — Vá, come. Temos que ir para a escritura às duas!
— Pois é! — exclamo — Já nem me lembrava — começo a comer rápido para depois ir tomar um duche.
Antes de sair de casa, dou de comer ao Puki.
*
A escritura vai passar-se na conservatória, que fica tão longe da imobiliária como do nosso apartamento.
— Bem-vindos — cumprimenta-nos Maria. — George, Jane, este é o construtor da casa, Paul Brown.
— Muito prazer — o homem de fato e gravata, alto, gordo, e com um capachinho aperta-me a mão. — Vamos lá então? — aponta para a mesa.
— Bem — diz Maria enquanto nos sentamos. — Penso que já sabem o procedimento. O notário que nos acompanha irá ler o contrato de promessa de compra e venda, depois precisarei da assinatura do construtor, e de um dos dois que quiser assinar. Sim?
— Sim. — digo eu.
— Excelente. Vamos lá começar então.
Maria dá sinal ao notário que vai ler o contrato para começar.
Depois de um não muito longa leitura do contrato, o notário passa o contrato ao construtor, que assina nos sítios indicados. Depois, dá-me o contrato do outro lado da mesa para assinar.
— Muito bem. Agora que está tudo pronto, a casa é vossa — diz Maria com um leve sorriso no rosto.
— Yey! — grita Jane, antes de dar um salto para me beijar o rosto.
— Antes de vos dar a chave, preciso que venham comigo à agência para vos dar os comandos, as chaves e tudo isso, sim?
— Ok, vamos lá — eu, Jane e Maria despedimo-nos toda a gente antes de irmos à agência.
Ao chegarmos, a mulher pede-nos que fiquemos na entrada, porque ela não demora a ir lá dentro buscar as coisas.
— Aqui está. Mais uma vez, muitíssimo obrigado por terem feito negócio connosco — diz enquanto me aperta a mão.
— Foi um prazer — respondo.
— Oh, mais uma coisa. — grita Maria quando já estou de costas.
— Sim? — respondo.
— A empregada lá de casa chama-se Elizabeth. Ela é muito boa empregada, ela quer muito ter um emprego.
— Se gostarmos dela, ela fica — respondo ansioso por sair dali — Obrigado! — viro-lhe as costas.
Finalmente saímos da agência. À saída, existem alguns degraus. Jane aproveitou a sua existência e o facto de eu estar um pouco mais à frente dela para me saltar para as cavalitas, o que apanhou de surpresa.
— Eu amo-nos! — guincha ela. Desço-a das minhas costas e ponho-a no chão, para a beijar num espetáculo de amor e carinho, que sinto pela minha namorada.
— Também nos amo — digo enquanto temos as testas encostadas.
— O que fazemos agora? — pergunta a olhar para mim.
— Podemos ir à nossa casa.
— A pé? — pergunta surpreendida.
— Porque não? Podemos tomar um banho na nossa banheira nova, e a empregada que ficou lá pode mostrar o que vale fazendo-nos o jantar.
— OK! — ri-se ela — estes saltos é que me vão matar mas pronto.
— Toma — digo eu a descalçar-me — usa os meus sapatos.
— Ai! Eu amo-te sabias?
— Eu também te amo flor. Mais do que tudo no mundo.
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A Vida (Não) É Bela
ActionPor vezes, a vida não é como nós desejamos. George Clark é a prova desta frase. Agora que vive na grande cidade de Nova Iorque e tem o trabalho que sempre quis na maior empresa de jornalismo do mundo, pode provar que a sua vida está novamente a recu...