Capítulo 25

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— Que fixe! — comenta Freddie ao chegar na grande sala iluminada.

Libertei o Puki, para que possa estar à vontade a descobrir a casa. Pouco depois de o ter solto, oiço um grito vindo da cozinha.

— Elizabeth? — Chamo eu. Sem qualquer demora, a pequena mulher aparece ao pé de nós, meio a correr — Está tudo bem? — pergunto quando chega ao pé de nós.

— Está sim, senhor. Apenas me assustei com o cão, é que eu tenho um pouco de medo dos cães grandes. Precisa de alguma coisa? — pergunta a colocar as mãos atrás das costas.

— Preciso sim. Importa-se de levar esta mala lá par cima por favor? — pergunto.

— Com todo o gosto, senhor. Quer que desfaça a mala? — pergunta, já a pegar na mala.

— Se não se importar, por favor.

— Muito bem, com a vossa licença. — de repente, a mulher idosa pega na mala, e põe-na aos ombros, como um homem no ginásio. Sobe depois as escadas rapidamente.

— Como é que já encontraste um empregada? — pergunta Freddy.

— Ela já cá vivia, parece-me ser de confiança.

— "Sim, senhor" — troça ele.

— Bem, queres uma visita guiada ou o quê?

— Claro — comenta ele

*

Acabámos a visita 30 minutos depois. Demorou um pouco de tempo a mais porque Freddie fez uma birra de como queria ficar a ver um filme na sala de cinema, e depois tive praticamente que o arrastar para poder sair dali.

— Ganda casa — diz ainda a olhar para o teto — Bem, agora preciso de ir embora, porque estava a fazer companhia à minha mãe e disse que demorava 20 minutos, por isso tenho que ir. Vê se me convidas para passarmos uma tarde de homens aqui, se fazes favor

— Vou ver como te portas — troço.

— Xau! — despede-se ele.

Aproveito enquanto estou sozinho na grande sala, e sento-me no confortável e gigante sofá, para ver um pouco de televisão. Não é muito fácil para mim trabalhar com esta televisão de ultima geração, uma vez que a televisão que tenho no apartamento é um instrumento que era famoso em 2005. Quando finalmente consigo acender a televisão, oiço as fortes patas do Puki a descer as escadas, e logo de seguida ele salta para mim no sofá.

— Então meu companheiro? Gostaste da casa? — pergunto, a coçar-lhe os lados da cara. Dou-lhe de seguida um beijo. Sem querer, cheiro-lhe o pelo, que tresanda a cão — Anda. Vamos dar-te um banho.

Ele vem feito maluco a correr atrás de mim, sem perceber com certeza que ia tomar banho. Apenas a banheira das suite é de hidromassagem, as dos outros quartos são simples banheiras de imersão. Vamos para o quarto mais perto do escritório e das escadas, para podermos ir à sua casa de banho. Meto-o dentro da banheira e ligo o duche. Surpreendentemente ele não faz qualquer tipo de protesto. Aparenta arregalar-se com a água aquecida do chuveiro e contenta-se quando lavo o seu grande pelo dourado.

— Pronto — digo eu a secá-lo com uma toalha — Tão lavadinho que estás — cheiro o maravilhoso aroma do seu pelo. Mesmo estando a secá-lo, ele mexe-se de maneira a ser ele a secar o pelo, molhando-me todo.

— George? — chama Jane ao chegar à porta do quarto onde eu e Puki estamos.

— Estamos na casa de banho — grito eu.

A Vida (Não) É BelaOnde histórias criam vida. Descubra agora