Capítulo 32

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Sem revisão!
Motivos citados no aviso.

Candice Green

- Eu ouvi ela se declarando para outro homem... dizia que o amava, que estava com saudades. Como sempre ciumento, entrei pedindo explicações, Anne ficou assustada e inventou uma história qualquer, mas daquela vez eu não acreditei em nada, eu estava completamente louco.

- Saí sem rumo, bebi, briguei e quando voltei para casa só queria acordar no outro dia e saber que tudo o que ouvi era coisa da minha cabeça, que nossa viagem seria perfeita, assim como eu acreditava em nossa família. Eu não a vi momento algum e quando fui preocurá-la pela manhã, querendo acreditar que ela não me traía, simplesmente não a encontrei. Fiquei como um louco atrás dela, preocupei a todos com seu sumiço, ainda por cima levando o meu filho...

Ele estava completamente quebrado, magoado, exasperado e um turbilhão de outros sentimentos.

- Eu a encontrei dois dias depois num quartinho alugado, sem condições de ser habitado, principalmente com uma criança dentro. Quando eu entrei só queria uma boa explicação e voltar a nossa rotina, e foi aí que o inferno começou... - Christopher enxugou as lágrimas - Ela acabou admitindo que estava falando com Henry, meu primo e...

- Como assim, por que Henry fez isso com você? - perguntei exasperada.

- Antes de namorar com Anne, soube que Henry era apaixonado por ela, porra, ele era o meu primo e eu não deixaria uma mulher atrapalhar, ele era como um irmão para mim. Eu conversei com ele e o mesmo admitiu não gostar mais dela, e até apareceu com uma outra garota... insisti e ele sempre negou. Quando eu soube, me perguntei o motivo pelo qual ele havia feito isso comigo pois eu sempre havia sido sincero com ele, mas Anne admitiu tudo, Candice... quando eu viajei, Henry acreditou que eu havia terminado com ela e por isso o motivo da viagem.

- Essa mulher é uma cobra, meu Deus.

- Sim... eu fiquei louco de raiva, quis a separação e avisei que Raul ficaria comigo, eu lutaria pela guarda do meu filho.
Eu... eu nunca conheci alguém como ela, foi tão perversa, fria... como ela pôde?

Christopher derramava suas lágrimas, eu nunca havia visto ele daquela forma.

- O que ela fez? - perguntei receosa.

- Raul estava dormindo como um anjinho naquele dia, não queria discutir perto do meu filho por isso fomos para a parte de fora. Tudo foi jogado na minha cara, ela confessou que o casamento foi por interesse e que não me amava da mesma forma. Ainda confessou traições. Cheguei a desconfiar se aquele menino era realmente meu, mas Anne afirmou que sim... e mesmo que não fosse, eu já o amava como um filho e minha ideia de criá-lo ainda estava de pé. Eu lembro como se fosse ontem das suas palavras... ela queria me ver pelas costas... disse que me deixaria sem nada, e ainda iria embora com meu filho...

- Discutimos mais e ela me deixou sozinho. Acabei não indo atrás pois queria me acalmar antes de voltar para casa com Raul. Candice... foi tão rápido e não deu tempo...

- Não chore, Christopher. Caramba, não precisa terminar, não quero ver você assim.

- Eu olhei da rua e aquele pequeno imóvel estava em chamas. Fiquei desesperado, mesmo que Anne merecesse eu não a deixaria morrer, muito menos com o meu filho. Eu sabia que ela era louca ao ponto de se matar. Fui correndo e encontrei com a vadia no meio do caminho com uma pequena mala... eu não via Raul, fiquei ainda mais perdido. Perguntei desesperado e aquela louca chegava a gargalhar. Obviamente eu a impediria de sair dali mas foi quando ela jogou uma bomba no meu colo. Se eu a impedisse, Raul ficaria dentro daquele imóvel e se eu buscasse meu filho, ela assumiria...

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