4 (pra quem não conseguiu ver o outro "4")

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 Meu estômago embrulha, me dando ânsia de vomito, jogo o meu corpo para frente buscando um lugar melhor caso alguma coisa voe da minha garganta.  O corredor estava completamente escuro,  com pingos de chuvas a retumbar pelo os ouvidos, me lembro que estou encostado na porta da minha classe, tateio em busca da maçaneta sem desgrudar os olhos da escuridão, ela parece mais fria, sinto um leve chacolhar , um som parecido com de metal quando a toco, estranhando tento me levantar, (algo feito com êxito).

 Vislumbro uma última vez o corredor antes de direcionar o meu olhar para o que chama a minha atenção. Sem muito apoio da luz toco cegamente o lugar aonde antes tinha a maçaneta e novamente o som de correntes é ouvido, ao enrugar a testa percebo um cadeado, algo nunca antes usado.

Desesperado puxo com força aquilo que me detém da segurança dos meus "colegas", algo completamente inútil, choro baixinho, repulso o intuito de socar a porta. esfrego as minhas têmporas, " eu preciso andar, preciso achar uma outra classe" toco na parede e vou me arrastando pelo o escuro.

 Roo as minhas unhas, suspirando forte logo depois, não havia indícios de outra sala, nem à esquerda nem á direita, parecia que eu estava andando em círculos.

 -Danieeeeel.

Olho para os dois lados em alerta.

 -Danielllll!.

 Uma voz de criança me chamava, era aguda e tão baixa que estava dando agonia.

 -Tsc, tsc... Como ousa tratar uma amiga assim?

-Co-como você sabe o meu nome?

Gotas de aflição escorriam pela a minha testa, de repente olhos brilhantes e fantasmagóricos apareceram na escuridão, pareciam estar sorrindo, algo impossível e inquietante, aonde estava o corpo? E porquê eles brilhavam tanto?.

 -Eu sei de muita coisa, e também sei que você está atrasado.

 -Atrasado?

-Sim.

Mirei o chão, não aguentava ter que olhar o que quer que fosse aquilo nos olhos.

-Atrasado para o quê?

-Para as verdades, para os seus remédios.

-Remédios? Para que servem?

Os olhos desapareceram na escuridão.

-Para muitas coisas Daniel, muitas coisas... 

Outro relâmpago tomou o corredor, e vi de longe uma garota, sabia de alguma forma que ela era aqueles olhos, estava prestes a sumir de vista, corri alguns passos para alcançá-la desesperadamente.

- Espere!

O negro de antes foi jogado pelo o lugar, deixando-o escuro.

-Dessa vez pegue o caminho da transquerda.

Pelo o tom de voz pude perceber que a garota estava longe de mais para ouvir, mesmo assim perguntei:

-Trans o quê?

 Uma placa se formou um pouco mais à frente, ela era brilhosa e com letras caprichadas denunciava "transquerda".

 Meio indeciso, caminhei a passos lentos pelo o lugar aonde a placa me indicava, o escuro não me deixava ver muita coisa, porém consegui perceber que o chão era induzido por corações pretos e vermelhos, como um tabuleiro de xadrez.

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 Genteeeeeeee, eu não vou mais apagar o livro, e queria dizer muiiiiiiiiiiiiito obrigada a todos (as) vocês S2 que me apoiaram S2 de novo porque eu gosto. Eu acabei publicando dois caps iguais porque deu um bug muito louco (novidade) e também acabei fazendo o capítulo em outro pc então sem corações por hoje :(.

 Eu queria dedicar esse cap à todos vocês mas principalmente para a anacarolinecaldas  rsrsrs, ela foi a única a não me deixar no vácuo na pergunta sobre "pra quem dedicar?".

Ah! E outra, vai haver uma surpresinha de natal, ainda não sei o que eu vou fazer (se quiserem dar dicas eu tô aceitando).

E também quem quiser  uma dedicatória é só pedir, eu não mordo (acho).

 Beijos no coração de papelão S2







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