[A garota do 212]

Cap.5

Eu acordo com Gabriel me chamando e sinto uma enorme vontade de tacar meu chinelo na cara dele, mas minha educação não permite isso.

-Eles estão em um barzinho aqui perto, estão a nossa espera ...

-Beleza, e você sabe o por que eles inventaram essa desculpa né?-Pergunto ainda de olhos fechado.

-Na esperança que fosse rola pelo o menos um beijo.

E no mesmo instante, enquanto eu ouvia atentamente suas palavras, ele me surpreende com um beijo. Não foi beijo cinematográfico, foi apenas um selinho. Mas devo admitir que queria mais que esse beijo pacato, só que eu acabei de conhecê-lo. Não posso fazer isso.

-Vamos? -Ele diz me dando mais um beijo só que esse não foi mais um simples selinho.

Suas mãos passam por dentro do meu suéter e seus dedos me tocaram de leve por cima do biquíni. Eu me arrepio por inteira e por fim, sai daquele interminável devaneio.

-Não ... Não sou uma típica garota do 212 ... Eu sei me valorizar, Gabriel.

-E é exatamente por isso que eu estou aqui com você. Se eu te disser que gosto de você, você irá acreditar?

-Sim. Eu também gosto de você. Você é legal mas ...

-Sofia, eu não sou os garotos que você é acostumada, eu também sei me dá valor, mas se você não quer, tudo bem. Antes de aprender a dar valor, meu pai me ensinou a respeitar. -Ele diz sorrindo.

-Seu pai é muito sábio. -Digo o dando um selinho.- Vou trocar de roupa.

Subi as escadas e pego uma calça preta e um cropped preto com caveiras brancas. Tomo banho e visto minha roupa. Termino de me arrumar e desço. Gabriel já avia trocado de roupa e estava a minha espera.

Fomos até o carro e partimos rumo ao bar. Ele liga o rádio e estava tocando "A dama e o vagabundo" nessa música eu sou o vagabundo. Sério, eu sou praticamente um homem. Só que gosto de homens. Claro.

-Tem vários bares aqui, mas as garotas gostam apenas do que tem no outro lado da cidade. Lá é perigoso, mas ...

-Tudo bem. -Digo sorrindo.

-Olha, provavelmente eles vão ficar zoando e falando besteiras então apenas ignorem eles, Okay?

-Beleza ... -Digo o encarando.

Finalmente chegamos no bar. Vejo as meninas e o Patrick sentado à mesa.

-Agora basta rezar para a Isa não ter bebido muito.

-Ela é fraca para isso?

-Muito. Na segunda cerveja ela já vê gnomos.

-Nossa é cerveja ou maconha? -Digo sorrindo.

Saímos no carro e fomos até a eles. Gabriel estava ao meu lado e passou seu braço por meu ombro. Sinto um leve frio na barriga. Sento-me ao lado da Bella e Gabriel se senta ao lado do Patrick.

-E aí? -Helena diz animada.

-Biel, ela te espancou? -Patrick pergunta rindo e todos o acompanham.

-Ela me deu uma joelhada na cara. Muito delicada essa garota. Delicada como um coice de mula. -Ele diz passando a mão no curativo.

-Pelo visto nosso plano falhou ... Mas em fim!

-Gente tenho que ir embora. -Patrick diz já se levantando.

Ele vai embora e todos continuam a conversar. Eles sorriem e eu faço o mesmo. Por fim, o garçom vem até a gente e fazemos nosso pedido.