Cap.20

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-A alguns anos atrás, eu morava com meu pai e meus irmãos mais novos. Éramos uma família feliz, sabe? Até que um dia dois homens entraram lá em casa e pegaram meus irmãos. Ele bateram neles e os levaram. Meu pai falou que tudo isso era minha culpa. Falou que eu devia está morto no lugar deles, e eu acreditei. Passei os anos jurando que faria pessoas sofrerem tudo que eu sofri. É isso que faço hoje. Todos do 212 sofrem, por que eu sofri.

-Você é um idiota. Já pensou que seus irmãos podem estar vivos? Ô sua mula, eles devem está aqui no Canadá ainda por cima!

-Se você os encontrarem, eu te dou tudo que tenho, todo meu dinheiro, todas as minhas casas, meus carros, armas, joias, definitivamente tudo. E ainda deixo você em paz. Se você os encontrá-los, terá vida de rainha.

-Se liga, me manda fotos deles pelo facebook. Eu vou encontrá-los. Eu vou.

Desligo o celular e logo vejo a Bella e o Gabriel me encarando.

-Gabriel sai daqui, preciso falar com ela. -Bella diz e ele sai.

-O que é?

-Eu te conheço ... Você gosta do Justin Sofia?

-Não, ele é bandido.

-E  ainda assim você gosta dele ...

-Não ... -Digo encarando o chão.

-Sofia!

-Tá, talvez. Eu não sei! Ele é lindo, já foi carinhoso comigo, e já teve chance de me matar e não fez isso. Eu gosto dele. Merda. -Digo me levantando.

-Enquanto meu irmão que é um cara direito está aqui comendo aos seus pés, você está afim de um bandido surtado. É a vida né? -Ela diz.

-Quero chorar. -Digo a abraçando.

Logo meu celular apita avisando que eu recebi duas imagens. Duas crianças super fofas. Na mesma hora faço um cartaz de procurados e desço até a recepção para pedir para imprimir. Compartilho no Twitter, facebook, enviei para o DK e pedi para ele espalhar que essas crianças desapareceram. Pedi para colar na recepção do hotel e colei também na cafeteria que eu fui mais cedo. Mandei diversas mensagens para diversas pessoas e deixei meu número de celular com todas.

15 dias depois ...

Já eram um pouco mais de 12:50 da manhã quando meu celular toca e  sou avisada que viram as crianças em uma cidade próxima. Me obrigo a levantar e a ir até lá.

-Quer que eu vá com você? -Gabriel pergunta.

-Não precisa, DK já está a minha espera. -Digo sem encara-lo.

Desço e vejo a caminhonete vermelha a minha espera. Falo a ele para aonde iríamos e seguimos até a cidade. Eu estava tensa. Eu trouxe os cartazes com fotos e estava colando já quando entramos na cidade.

-Olha, essa cidade é pequena. Tem apenas uma escola, que no caso também é um orfanato. Eles devem estar lá, não sei.

-É, tem razão. Se eles estiverem aqui, provavelmente estarão em um orfanato.

Seguimos até o orfanato que disse e lá chegando notei que parecia orfanato de filmes. Entramos e logo uma freira veio nos atender. Ótimo, orfanato católico.

-Boa tarde, é ... Eu estou a procura de duas criança ... Essas crianças, estão aqui? -Pergunta a mostrando o cartaz.

-Sim, sim, querida. Venha, te levo até a eles.

Me viro para o DK e sorri. Eu avia os encontrado. Finalmente, eu avia os encontrado.  Senti meus olhos se encherem de lágrimas e fiquei pensando como o Justin ficaria quando os encontrasse.

[A garota do 212]Onde histórias criam vida. Descubra agora