Eu estava no quarto deitada com a Jazmyn dormindo em meu colo, quando alguém entra no quarto sem aviso fazendo com que eu me assustasse.
-Acho que ... Precisamos conversar.-Era o Justin.
-Acho que aquilo que tivemos ali na piscina, foi uma conversa maninho. -Digo acomodando Jaz na cama e me levantado.
-Olha, eu sei que por trás dessa armadura, existe uma princesa que não está aguentando mais isso, e não a culpo por tudo isso.
-Até por que, a culpa é sua. -Digo.
-É linda, mas devo admitir, não serei hipócrita, eu gosto de você.
-Mano, você é bandido. -Digo sorrindo debochadamente.
-É, mas você se tornou importante para mim. Não estou brincando, cara. Você acha que eu odeio o Gabriel por que? Por causa de você. Por que ele tem o que eu sempre quis ter.
-Ele tem vergonha na cara. Agora, o respeita, ele é seu cunhado e em breve meu marido. -Digo sorrindo.
Eu não pretendia me casar com o Gabriel, jamais. Mas eu seria capaz de me casar com ele só para provocar o Justin. Ele se aproxima a cada segundo a mais de mim, e sinto todo o meu corpo tremer.
-Justin, para ... -Digo tentando me afastar.
E então eu esbarro em uma escrivaninha e quando eu já estava quase transpassando a parede, Justin me beija. Eu estava meio que sentada na mesa, e ele se aproxima muito do meu corpo. Eu deseja aquele beijo e o pior é que, Justin sabia disso. Ele sabia que eu queria aquele beijo. No exato momento do beijo, passa em minha mente o fato dele ser meu irmão e então eu o empurro bruscamente meio que por impulso.
-Você é meu irmão!
-É, talvez, mas eu não te vejo como uma irmã Sofia! Não é possível um irmão ter tanto desejo pela irmã como eu tenho por você.
-É, eu sei seu desejo. Lembro-me muito bem da tentativa de estrupo.
-Eu estava drogado, porra! Eu estava muito louco, jamais faria isso estando lúcido.
-É, mas não quero ficar com um drogado, Okay? Okay.
-Beleza, mas um dia, eu tenho certeza, você me procurará em meu quarto ... -Ele diz enquanto morde meu lábios inferior e acaricia meus seios por cima do vestido.
-Justin ...
-E eu estarei ao seu dispor para o que você quiser. E não irá demorar para esse dia chegar. -Ele diz me beijando.
-Vai se masturbando enquanto espera.-Digo o empurrando.
-Prefiro sua boca ... -Eu o interrompo.
-Eu prefiro o do meu noivo, obrigada, mas dispenso.
-Ele é bem corno, né?
-Talvez, mas ele tem na cama dele, o que você não tem. Eu, Justin. Todas as noites.
-Talvez em alguma noite dessas ele não acorde. -Justin diz fechando os punhos.
-Por isso vim armada. Para eliminar qualquer ameaça. Seremos felizes, Justin.
-E quem garante isso? -Ele pergunta sorrindo.
-A minha arma. -Digo abrindo a porta para ele.
-Você só se garante com a arma né?-Ele diz enquanto sai.
-Sabe, se eu fosse solteira iria te amostrar que também me garanto de outra forma. -Digo piscando para ele.
E então fecho a porta na cara dele sem deixá-lo ter chance de resposta. Era tão estranho eu não ter me abatido com o baita susto que a vida me deu. Qualquer pessoa normal (Inclusive eu) teria entrado em pânico, mas não. Eu me mantive forte. Como nunca antes.
E então, mas alguém entra no quarto e penso seriamente em gritar achando que era o Justin, mas não era ele.
-Minha vida está se destruído, Patrick. Meu chão está se desmanchando. -Digo chorando.
Eu o abraço como se fosse a última vez. Eu sentia tanta falta do meu melhor amigo. Eu sabia que podia contar com ele sempre, mas depois de todas as surpresas, eu já não sabia de mais nada.
-Eu estou contigo, Sofia. Sempre estive.-Ele diz me abraçando ainda mais apertado me fazendo relaxar.
-Por que você não vai embora, em? Deixe tudo isso para trás, refaz sua vida com o ... Gabriel.
-Não. Eu quero vê todo mundo sofrer pra caralho. Patrick, você imagina o quanto eu já chorei por minha falecida mãe? Imagina o quanto eu ... Eu ... Já sofri pelo ... Justin e pelo Bryan?
-Você não pareceu se abater com aquilo.
-É, mas aquilo me machucou, Patrick. Eu sinto nojo de mim até hoje. Eles ... Eles ... -Digo chorando.
-Acalme-se ... Olha, se você quiser ... Eu faço qualquer coisa para te ajudar.
-Você não pode fazer nada. Nem eu posso fazer nada. Quero apenas ficar sozinha com meus filhos.
-Você se apegou a eles, né pequena?
-Mas do que gostaria. Muito mais ...
-Você sabe como o Justin é ... Ele pode muito bem pegar as crianças e sumir.
-É um direito dele. O melhor a fazer é só ir me desapegando e aceitando que eles não são meus.
-É, saiba que apesar de eu ser bandido, eu sou seu amigo, também.
-É estranha a ideia de meu amigo ser bandido. -Digo sorrindo.
-É estranha a ideia que a minha pequena agora usa armas. -Ele diz sorrindo.
-É, muita coisa mudou. Principalmente eu. -Digo indo até a janela.
Alguém entra no quarto e vejo que é minha mãe. Óbvio, penso em despreza-lá e fazer com que ela sofra apenas com minhas palavras, mas ao invés disso eu apenas fico quieta.
-Filha, por favor, apenas me escute.
-Qualquer coisa grita, Sofia. -Patrick diz saindo do quarto.
-Sofia, olha, por favor, apenas me escute. Eu não podia deixar o Justin sozinho, sem amparo. Ele precisava de mim, e eu sabia que vocês não iriam aceitar isso.
-Até por que hoje eu super aceito! -Digo em um tom suave.
-Então, aí eu tive essa ideia. Me fugir de morta. Eu sei que não foi a melhor ideia, mas ... Eu estava desesperada. Ele é meu filho! Quero pedi para que você ... Me entenda. Por favor, Sofia, eu te amo, e quero apenas que você me entenda.
-Já acabou? -Pergunto seria.
-Sim ...
-Ótimo, agora pode sair. -Digo ríspida.