Não preciso dizer que não consegui dormir, certo? Passei toda a noite em claro e por sorte, não estava cansada quando o dia amanheceu. Fiquei com medo, muito muito medo.
Me levanto, visto uma calça jeans rasgada e uma blusa de alça. Eu não sabia por onde começar o dia. Fiz um café da manhã e assim que terminei, fui para frente da minha casa. Fiquei escondida, apenas à espera dele.
E por fim, Justin chega. Estremeço um pouco e repenso se devo fazer mesmo isso. Ele entra na casa da Judith e após uma hora ele sai. E então, caminha. Eu o sigo e a cada passo dado, sinto meu coração acelerar. Ele olha algumas vezes para atrás e eu agradeço ao pessoal que estava a minha frente por me "esconder".
E foi então que ele entrou em uma rua no meio de uma espécie de mata no meio da pista. Eu estava com medo. Muito medo. Mas precisava correr o risco. E que risco.
Apenas Justin e eu em uma mata. Por sorte, ele não nota minha presença. Por muita sorte. O sol ultrapassa os galhos das enormes árvores e deixa tudo com aspecto de Jogos Vorazes a única diferença é que; isso é vida real.
Por fim, chegamos. Justin entra em um enorme galpão e eu por esta muito atrás dele, chego na porta bem depois. Tento ouvir tudo com atenção, mas o barulho do canto dos pássaros atrapalham.
-Eu falei para você. Ela não. -Justin diz enquanto dá um violento soco na mesa de madeira que estava a sua frente.
-Qual foi. Já tive todas que moraram lá, ela é apenas mais uma.
-É. Você já espancou todas! Você é louco. Completamente louco. -Justin diz rindo ironicamente.
Olho para dentro do galpão e vejo o garoto. Era o mesmo garoto que vi assim que sai da sorveteria. Senti um enorme nojo de mim e uma imensa vontade de chorar. Calma, seja forte.
Justin on!
-Eu não quero mais isso! -Grito e ouso minha voz ecoar por todo o galpão.
-Não quer mais o que? Tá louco? -Ryan pergunta.
-Não quero mais saber da 212! Não quero. -Digo socando violentamente a mesa de madeira que se encontrava em minha frente.
-Se esqueceu por que fazemos isso com todas? Se esqueceu Justin? Eu te relembro. -Bryan diz sorrindo.
-Cala a boca ... -Digo tampando os ouvidos.
-Cindy, Justin. Aquela vadia na qual todos nós éramos apaixonados, lembra? Se recorda que ela era o amor da sua vida? É. Lembra também o que aconteceu com ela? Entraram lá e a mataram. Uma morte cruel. -Bryan diz.
-Chega, cale a boca, Bryan! Isso passou. Acabou. Ela se foi. Não devemos fazer mais ninguém sofrer! -Grito já angustiado.
No momento em que olho para a porta do galpão, vejo um par olhos azuis nos encarando disfarçadamente. No momento em que olho, se esconde. Merda!
-Vou dá uma volta ali fora. Ninguém vá lá, se não sou capaz de arrebentar vocês. -Falo já saindo.
Era ela, como o esperado. A jogo contra a parede e tampo sua boca com uma de minha mãos. No mesmo momento uma lágrima sua cai em minha mão. Como ela acha que seria capaz de fazer mau a ela? Eu ... Ela tem tanta cara de ... Não sei, como alguém poderia fazer mau a ela? É tudo isso por culpa de uma menina que já se foi. Só por isso, todas do 212 tem que pagar?
-Eu não vou te machucar, apenas faça o que eu mando. -Digo sorrindo.
A louca morde meu dedo, me dá um chute e corre mata a dentro. Eu apenas a vejo ir embora e penso em todo mau que ela poderia causar. O galpão, os moleques ... E por fim, resolvo correr atrás dela.
Ela é rápida e tenta me despistar entre uma árvore e outra. Eu a alcanço e puxo seu cabelo para por fim pará-la. E sorte, consigo.
-Por favor, Justin ... Não faça nada comigo ... -Ela diz sentada no chão.
-É gatinha, agora você bota meus negócios em risco ... Você poderia ficar em casa, quieta, mas não ... Quis me seguir. Agora, sinto muito. Negócios são negócios.
-Eu não vou contar a ninguém ... -Ela diz chorando.
-É. Eu também achei que você não iria me seguir até o galpão e aqui estamos nós. Vamos.
Seguro em seu cabelo e por fim ela levanta. Ela podia ter evitado tudo isso. Tudo poderia ser mais fácil, mas se ela prefere assim, sem problemas.