Cap.7

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Não preciso dizer que não consegui dormir, certo? Passei toda a noite em claro e por sorte, não estava cansada quando o dia amanheceu. Fiquei com medo, muito muito medo.

Me levanto, visto uma calça jeans rasgada e uma blusa de alça. Eu não sabia por onde começar o dia. Fiz um café da manhã e assim que terminei, fui para frente da minha casa. Fiquei escondida, apenas à espera dele.

E por fim, Justin chega. Estremeço um pouco e repenso se devo fazer mesmo isso. Ele entra na casa da Judith e após uma hora ele sai. E então, caminha. Eu o sigo e a cada passo dado, sinto meu coração acelerar. Ele olha algumas vezes para atrás e eu agradeço ao pessoal que estava a minha frente por me "esconder".

E foi então que ele entrou em uma rua no meio de uma espécie de mata no meio da pista. Eu estava com medo. Muito medo. Mas precisava correr o risco. E que risco.

Apenas Justin e eu em uma mata. Por sorte, ele não nota minha presença. Por muita sorte. O sol ultrapassa os galhos das enormes árvores e deixa tudo com aspecto de Jogos Vorazes a única diferença é que; isso é vida real.

Por fim, chegamos. Justin entra em um enorme galpão e eu por esta muito atrás dele, chego na porta bem depois. Tento ouvir tudo com atenção, mas o barulho do canto dos pássaros atrapalham.

-Eu falei para você. Ela não. -Justin diz enquanto dá um violento soco na mesa de madeira que estava a sua frente.

-Qual foi. Já tive todas que moraram lá, ela é apenas mais uma.

-É. Você já espancou todas! Você é louco. Completamente louco. -Justin diz rindo ironicamente.

Olho para dentro do galpão e vejo o garoto. Era o mesmo garoto que vi assim que sai da sorveteria. Senti um enorme nojo de mim e uma imensa vontade de chorar. Calma, seja forte.

Justin on!

-Eu não quero mais isso! -Grito e ouso minha voz ecoar por todo o galpão.

-Não quer mais o que? Tá louco? -Ryan pergunta.

-Não quero mais saber da 212! Não quero. -Digo socando violentamente a mesa de madeira que se encontrava em minha frente.

-Se esqueceu por que fazemos isso com todas? Se esqueceu Justin? Eu te relembro. -Bryan diz sorrindo.

-Cala a boca ... -Digo tampando os ouvidos.

-Cindy, Justin. Aquela vadia na qual todos nós éramos apaixonados, lembra? Se recorda que ela era o amor da sua vida? É. Lembra também o que aconteceu com ela? Entraram lá e a mataram. Uma morte cruel. -Bryan diz.

-Chega, cale a boca, Bryan! Isso passou. Acabou. Ela se foi. Não devemos fazer mais ninguém sofrer! -Grito já angustiado.

No momento em que olho para a porta do galpão, vejo um par olhos azuis nos encarando disfarçadamente. No momento em que olho, se esconde. Merda!

-Vou dá uma volta ali fora. Ninguém vá lá, se não sou capaz de arrebentar vocês. -Falo já saindo.

Era ela, como o esperado. A jogo contra a parede e tampo sua boca com uma de minha mãos. No mesmo momento uma lágrima sua cai em minha mão. Como ela acha que seria capaz de fazer mau a ela? Eu ... Ela tem tanta cara de ... Não sei, como alguém poderia fazer mau a ela? É tudo isso por culpa de uma menina que já se foi. Só por isso, todas do 212 tem que pagar?

-Eu não vou te machucar, apenas faça o que eu mando. -Digo sorrindo.

A louca morde meu dedo, me dá um chute e corre mata a dentro. Eu apenas a vejo ir embora e penso em todo mau que ela poderia causar. O galpão, os moleques ... E por fim, resolvo correr atrás dela.

Ela é rápida e tenta me despistar entre uma árvore e outra. Eu a alcanço e puxo seu cabelo para por fim pará-la. E sorte, consigo.

-Por favor, Justin ... Não faça nada comigo ... -Ela diz sentada no chão.

-É gatinha, agora você bota meus negócios em risco ... Você poderia ficar em casa, quieta, mas não ... Quis me seguir. Agora, sinto muito. Negócios são negócios.

-Eu não vou contar a ninguém ... -Ela diz chorando.

-É. Eu também achei que você não iria me seguir até o galpão e aqui estamos nós. Vamos.

Seguro em seu cabelo e por fim ela levanta. Ela podia ter evitado tudo isso. Tudo poderia ser mais fácil, mas se ela prefere assim, sem problemas.

[A garota do 212]Onde histórias criam vida. Descubra agora