Cap.18

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Acordo às 18:50 horas, e só então lembro do suposto encontro com o Fred. Pego dentro de uma das sacolas, a roupa da foto(exatamente, nada casual), tomo banho e me visto. Faço uma maquiagem leve, mas não imperceptível e logo batem na porta. Passo perfume e vou atender à porta.

-Vamos? -Ele diz sorrindo.

-Claro, vou apenas pegar meu celular. -Digo pegando minha bolsa que estava me cima da cama.

E logo saímos em direção à rua. Estava um pouco mais frio do que eu imaginava mais nada tão surreal.

E logo nós chegamos até a uma típica lanchonete. Decorada com bandeiras e luzes neon que deixava tudo com ar de rave. Achei que ele iria ficar aqui mesmo, mas não. Ele entra e já lá dentro, abre uma porta preta que tinha lá no fundo. Ele segura minha mão e me ajuda a descer a escadaria. Ouso uma música muito alta, e o som só aumenta à medida que nós descemos mais.

-Divirta-se! Uma festinha privada. -Ele diz sorrindo.

Passamos por algumas pessoas que se beijavam loucamente no meio do corredor, e passamos também por um fileira de quartos para os convidados "brincarem" e só então, chegamos na festa.

Pode parecer estranho, mas eu nunca gostei de festas assim. Adolescentes com hormônios à flor da pele se esfregando uns nos outros, um calor infernal e essas luzes que me lembram vídeo game.

Entre uma pessoa e outra que eu esbarro, eu me perco do Fred e sinceramente, sabia que não o encontraria. "E se essa merda pegar fogo?" Penso. Caminho até uma espécie de cozinha e me sirvo de vodka em um copo neon que estava em cima da mesa. Enquanto sinto aquele gosto passar por minha garganta, vejo varias pessoa passar e não pude deixar de imaginar "E só de pensar que um deles quer matar o Justin ... Se eu ao menos soubesse qual ..."

Não, eu não quero que o Justin morra. Mas quero ter paz, e se para isso acontecer o Justin precisar ser morto, que seja.

-Visitando a cidade? -Um garoto bonito pergunta entre gritos.

-Não, morando mesmo. -Grito sorrindo.

-Você não parece o tipo de gente que frequenta esse tipo de festa.

-É, eu não frequento. Fui convidada, mas não estou animada o suficiente.

-É, eu também. Aquela louca ali me convidou. -Ele aponta para uma menina.

A menina estava beijando três caras e se esfregando nos mesmos. Gente, o que é isso, Brasil? Sorri de lado um pouco sem graça, e torno a olhar para o garoto.

-Quer sair daqui? -Ele pergunta sorrindo.

-Sim, por favor. Digo sorrindo.

Pego uma garrafa de vodka e caminho em direção à saída junto com o garoto que eu não sabia o nome. Saímos e ficamos andando meio que sem destino. E então encontramos um Mc'Donalds e óbvio, lá foi aonde nós paramos para comer. Faço meu pedido e quando chega sentamos a mesa.

-Qual é seu nome? -Pergunto a ele.

-Derek, mas pode me chamar de DK.

-Me chamo Sofia. Mas pode me chamar de Sofi. -Digo sorrindo.

-Então ... Tá aqui por que? -Ele pergunta sorrindo.

Após ter bebido quase que uma garrafa de vodka eu estava um pouco bêbada, digamos assim. Então, mesmo sem querer, contei tudo a ele. Merda.

-Um cara tá atrás de mim, querendo me matar, eu acho. Aí eu tive que fugir né? -Digo sorrindo.

-O que você aprontou? -Ele diz passando a mão em meu rosto me fazendo estremecer. 

-Nada ... Apenas morei na 212.

-E quem está atrás de você? Eu te protejo. -Ele diz podo as mãos no peito.

-Justin. -Seus olhos escureceram e sua voz ficou tremula. Que estranho.

-Cala a boca, não fale o nome dele aqui no Canadá. -Ele diz sério.

-O que ele fez? -Pergunto rindo como uma louca.

-Ele matou um cara e também agrediu as namoradas dos bandidos que moravam em uma casa aqui. E fez outra coisa, mas ninguém sabe o que é. -Ele diz me encarando.

-Você ... Poderia me levar em frente a essa casa? Tipo, agora. -Pergunto seria

Então, finalmente levanto junto com ele e DK me leva até em frente da casa que não era tão distante. A casa era bonita e abandonada. Se via apenas o 212 que no caso era o número da casa. Então isso significa que eu não fui a única do 212. Isso vem de histórias anteriores e lugares diferentes. Cada vez mais eu quero desvendar esse mistério.

-Podemos entrar? -Digo.

-Olha, a casa está abandona e eu tenho medo de fantasma.

-Vamos logo.

Abro o pequeno portão parecido com o que tinha na minha casa e caminho até a porta. Por sorte estava aberta. Entramos na casa e noto que por dentro ela era ainda mais rica de detalhes. Ligo todas as luzes e caminho a procura do que nem eu ao menos sei o que é.

-Ou o porão ou o sótão.

-O que? Não, não, não. Qual parte do tenho medo você não entendeu? MEDO.

-Para! Vamos reza o pai nosso não sei, deixa de ser frouxo.

-Que intimidade é essa?

-Bem, estamos em uma casa abandonada, eu e você, e não estamos trepando. Você me tirou de uma festa e me levou ao Mc'Donalds. Assim se cria intimidade, meu querido amigo.

Subo as escadas que rangem um pouco, talvez por esta muito tempo sem manutenção. Fomos até a um corredor  e então vejo a portinha do sótão.

-Puxa a corda. -Digo a ele.

-Eu não. Tá maluca? Vai que sai um ... Sei lá.

-Puxa logo essa merda! -Digo.

-Não, não e não.

-Então me pega no colo.

E foi o que ele fez. Eu não sou alta, então ficou um pouco difícil puxar a bendita cordinha para subir para o sótão. Que garoto frouxo.

-O que você está procurando?

-Sei lá. Em todos os filmes de terror que vejo, tudo que eles procuram está no sótão, então é lá que encontraremos.

-Mas você não sabe o que está procurando.

-Exatamente. Eu vou descobrir.

[A garota do 212]Onde histórias criam vida. Descubra agora