Capítulo Três

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Terminei de me arrumar, eram sete e quarenta e cinco. Optei por vestir um lindo vestido preto que Morgan tinha, eu sabia que ela não iria se importar de eu ter pegado um vestido dela. Ele era maravilhoso, suas mangas eram compridas e de renda. E atrás havia um lindo detalhe nas costas. Ele havia vestido muito bem em meu corpo. Mandei minha localização para Scott e esperei ele me responder. Não demorou muito.

" Olá Amy! :D, estou indo! Chego em dez minutos. "

Ri de sua resposta e fui até o meu quarto arrumar uma bolsa-carteira para me acompanhar. Dei uma última olhada no espelho e passei meu melhor perfume. Eu estava ótima. Só em pensar em Scott vindo me buscar, um frio percorria por minha barriga. Fui até a cozinha e me apoiei no balcão, esperando ele chegar.

A campainha do apartamento tocou, senti um arrepio, Respirei fundo e finalmente abri a porta, com um sorriso no rosto. Scott estava parado segurando flores, ele estava ainda mais bonito do que na infância. Seu cabelo loiro estava maravilhoso, seus olhos castanhos brilhavam, seu sorriso era ainda mais arrasador, e seu corpo, estava bem mais forte do que antes.

- Oi Amy... - ele disse quebrando o silêncio. - Eu... trouxe para você. - ele me entregou as flores, sorri e as peguei.

- Oi. Obrigada, são lindas. Já volto, vou coloca - las lá dentro rápidinho.

Fui até lá dentro e as deixei em cima da mesa da cozinha. Para colocar com água depois, voltei a porta e Scott estendeu o braço para mim, o peguei e fomos até o elevador.

- Você está diferente. - ele disse sorrindo.

- Você também. Como passou rápido.

- Sim. Eu estava com saudades.

Senti meu rosto queimar.

- Eu também senti Saudades, éramos ótimos amigos.

- Sim, foi uma ótima época.

Saímos do elevador, fomos até lá fora e entramos no carro de Scott. Ele começou a rir, do nada. Sorri também e coloquei o cinto. Eu estava me sentindo desconfortável, tinha que causar uma boa impressão, mas estava difícil, pensei em algo para dizer.

- Então, como está indo a nova casa?

- Não é uma casa na verdade, é um apartamento, fica um pouco longe do seu. Está indo bem, contratei um decorador, ele está no apartamento agora, arrumando as coisas para mim.

- Deve ser melhor assim, menos trabalho para você. - falei simpática.

- Sim, concordo. E, bem, mudando de assunto. Onde iremos ir jantar?

- Você não se lembra de nenhum lugar?

- Não muito.

- Vire a esquerda. Tem um próximo daqui.

~~~

Entramos e nos sentamos em uma das mesas dos fundos.

- O tempo está pra chuva. - ele comentou.

- Sim. - concordei.

- Então, você namora?

- Eu? Não, não.

- Estranho...

- Porque? - perguntei surpresa.

- Você é linda demais para estar solteira.

Dei risada - E você, namora?

- Não. Terminei faz três meses. - ele diz, percebo tristeza em seu olhar, mudar de assunto seria a melhor coisa melhor coisa a fazer.

Ouço um trovão, mas ignoro. Provavelmente seria uma chuva passageira. Como acontece sempre.

- Como está sua mãe? - ele pergunta. Lembro - me que quando éramos pequenos, ele costumava ir à minha casa. Minha mãe adorava ele.

- Ela está bem. E dona Regina? - pergunto me referindo a mãe dele.

- Está bem. É.... Amy, tenho que te contar uma coisa.

Sorrio e faço um gesto para que prossiga, mas ouvimos outro trovão. Desta vez, acompanhado de um raio, chuva começa a cair, junto a granizo. Olho surpresa para Scott.

- Acho melhor irmos. - ele diz - Vamos, eu te levo para sua casa.

Nos levantamos, Scott pega em minha mão, fazendo - me arrepiar novamente. Sorrio e vamos até a porta. A chuva caia rápida, o granizo caia em cima dos carros, fazendo um barulho imenso.

- 1... 2... 3! - Scott conta, saímos correndo em direção ao carro, abro a porta e pulo para o banco do passageiro, rindo.

- Acho que um granizo entrou no meu sapato. - digo rindo.

- Ah, isso foi de menos, entrou um nas minhas calças. - ele se contorce e faz uma careta.

Ele se vira para mim e me encara, me olhando nos olhos, sinto um frio na barriga, ele se aproxima mais, me afasto um pouco e me viro para a porta.

- Melhor irmos, antes que a chuva engrosse.

- Tem razão... - ele diz.

Fomos até o apartamento em silêncio, provavelmente por causa da cena que acabara de acontecer, Scott quase me beijou, nós havíamos acabado de se reencontrar, eu não queria isso, pelo menos não já. Ele entrou no estacionamento do prédio, a chuva estava cada vez piorando mais.
Entramos no elevador, Scott clicou no número e a porta se fechou.

- A chuva está muito grossa, - comentei - Acho melhor você ficar ali em casa até estiar um pouco.

- Tudo bem, obrigado Amy.

E foi aí, que o elevador parou, todas as luzes do elevador se apagaram, e ele parou de andar.

- Scott? - comentei o procurando com as mãos.

- A energia deve ter caído.

- Eu tenho claustrofobia Scott...

Até Tudo AcabarOnde histórias criam vida. Descubra agora