Capítulo Vinte e Cinco

35 1 1
                                    

- Amy...

- Eu sei de tudo Scott. - suspirei olhando para o chão.

- Eu sinto muito... - ele sussurrou, olhei para sua face, lágrimas escorreram em seus olhos e ele deu um sorriso fraco.

- Amy, eu, eu queria te contar... mas tinha medo que você ficasse doida... ou que fizesse algo que poderia se arrepender.

- Ah, Scott... eu quero mata - lo.

- O tempo já vai fazer isso.

Parei de sorrir e o encarei, ele estava tão pronto assim para morrer? Ele não tinha medo? Parece que não. O abracei quando o mesmo se sentou na maca. O abracei o mais forte possível. Como se fosse o seu último Abraço. Bem... poderia ser.

- Você é incrível, Amy.

Scott aproximou sua face da minha e acariciou minha bochecha, me olhando com carinho, ele deu - me um beijo no rosto e se deitou novamente.

- Eu tenho tanto a dizer Scott... - falei suspirando.

- Não diga. - ele colocou seu dedo indicador em minha boca, indicando o silêncio. - Tenho que apreciar sua beleza até meu último momento.

- Seu bobo... - sorri.

- Sou o bobo que você adora.

- Não posso discordar.

Deitei ao lado de Scott se acariciei seu cabelo. Alguém bateu a porta, rapidamente me joguei na poltrona e olhei para ele rindo.

- Sim? - Scott disse.

- Querido, sou eu, a mamãe... - uma voz chorosa indagou do outro lado da porta.

A porta se abriu e a imagem da mãe de Scott apareceu. Ela tinha os olhos inchados, e ainda lágrimas escorriam em seu rosto.

- Querido. Você está bem?

- Tirando o fato de que eu irei morrer. Acho que sim.

- Não, você não irá morrer! - a mãe de Scott o agarrou pelos ombros e o sacudiu.

Ele tociu um pouco, se virou para o lado e cuspiu sangue em um balde. Scott deu um sorriso de canto para mãe e a abraçou.

- Eu te amo mamãe.

- Você não pode morrer... - ela começou a choramingar e a acariciar o rosto do filho.

(...)

A mãe de Scott havia ido tomar um banho para passar a noite com ele. Durante esse tempo, ele havia tocido e vomitado sangue mais do que eu poderia contar. Seu rosto ficava cada vez mais branco, e olheiras fundas surgiam. Me sentei ao seu lado na maca e o olhei, sorrindo.

- Você é o meu príncipe Scott. - falei, deixando as lágrimas caírem.

- E você é minha princesa.

- Eu não quero que você se vá. - apertei os lábios e deixei as lágrimas correrem cada vez mais.

- Eu sinto que... eu não tenho muito tempo Amy, eu quero, quero que você saiba que é a garota que eu mais admiro, a garota mais sincera e linda que eu já vi. Que é incrivelmente especial. É mais que uma amiga para mim.

Scott se sentou, passou sua mão pelo meu rosto e se aproximou de mim. Nossas bocas se colaram, um beijo intenso surgiu, o melhor Beijo que eu já havia dado. Aquele era o homem da minha vida, e eu não aceitava perde - lo. Ele era meu, o cara perfeito para mim, ele tinha que ficar vivo, as coisas não poderiam acabar assim.

Scott se afastou de mim e começou a respirar fundo, a máquina ligada ao seu corpo começou a apitar, fiquei desesperada, lágrimas correram mais forte. Scott se deitou na maca e começou a sorrir fraco.

- Chegou a minha hora, Amy.

- Scott...

- Amy, eu te amo.

- Eu também te amo, por favor, não, não me deixe.

Me deitei por cima de seu corpo e o abracei forte. Eu não podia perde-lo, as coisas não poderiam acabar assim.

- Eu estarei aqui Amy, eu estarei aqui até tudo acabar.

E a máquina parou, dando ao fim, ao que poderia ter sido uma linda história de amor.

Até Tudo AcabarOnde histórias criam vida. Descubra agora