Morgan nos levou até um parque, que ficava perto da antiga casa dela. A casa onde ela morava quando era criança, mas, por conta do governo, ela teve de se mudar. Era uma linda casa, com dois andares, um jardim maravilhoso, e salão de festas. O parque era quase em frente.
Haviam balanços caindo aos pedaços e escorregadores. Sai do carro e fui correndo em direção ao balanço.Me sentei e comecei a me balançar vagarosamente. Como uma criança.
- Era uma ótima casa, não é mesmo? - Morgan disse se sentando no balanço ao lado do meu.
- Era sim. Eu vinha te ver todos os fins de semana nas férias da escola.
- Era ótimo. - ela se balançou se jogando para traz e empurrando-se com os pés.
- Mas aí, veio o governo e você teve de se mudar. - falei.
- Sim. Ainda bem que você continuou indo em minha nova casa. Me ajudou a explorar cada cômodo, aproveitou a piscina comigo, foi uma ótima amiga.
- Fui?
- Sim. E ainda é.
- Eu te amo Morgan. - falei me balançando cada vez mais alto.
- Eu te amo mais, sua fresca. - ela começou a rir.
Nos balançamos alto, até Morgan pular do balanço e cair na grama rindo, sai do balanço para ir ajuda-lá, peguei em sua mão rindo e a puxei, fazendo-a levantar.
- Você é uma louca! - falei rindo.
- Eu sou uma louca? - ela riu.
- Sim, você é. - corri até o balanço e fiquei sentada nele, sem me balançar.
- Vou te provar que não sou eu a louca! - ela riu e se levantou.
Morgan foi até o escorregador e subiu no mesmo. Ficou sentada no topo e fez cara de felicidade. Comecei a rir de sua palhaçada e me perguntei o porque daquilo.
- Mãe... - ela disse imitando uma voz fina - Você sabia que eu amo a Morgan? É... Ela é minha melhor amiga para sempre! Seremos grandes amigas, até ficarmos grandonas assim. - ela ergueu o braço para o alto e começou a rir.
- Você ouviu? - comecei a rir.
- Ouvi. Eu estava escondida atrás da árvore.
- Eu fiquei te esperando voltar, você tinha ido buscar uma água.
- Queria ver o que você iria falar de mim. - ela sorriu e escorregou.
- A gente tinha seis anos. O que mais eu poderia falar de você? - perguntei rindo.
- Eu não sei o que eu tinha na cabeça. - ela deu de ombros rindo. - Eu trouxe salgadinho e refrigerante. Vou buscar, está no carro.
Morgan saiu e eu fiquei ali mesmo, me balançando fraco e olhando em volta. Eu a amava de verdade, ela era minha melhor amiga desde sempre, e isso não iria mudar. Ela havia feito eu ficar contente, com tão pouco. Apenas um lugar antigo e lembranças. Ela era incrível, e me fazia feliz sem saber.
- Aqui está! - ela ergueu uma toalha no chão, e jogou os salgadinho por cima.
Começamos a comer e conversar, Morgan falou um pouco de sua mãe e sobre nossa infância. Em como ela me amava e amava o meu jeito. Nos deitamos na toalha e começamos a olhar o céu.
- As estrelas me lembram seus olhos. - ela disse, rindo.
- Porque?
- São brilhantes e alegres. - ela disse se virando para mim. - Ou eram.
Desfiz o meu sorriso e me virei para ela, Morgan me encarou e passou a mão em meu cabelo.
- Amiga, você sabe que pode me dizer o que quiser, não é mesmo? Sabe que pode confiar em mim.
- Sim. Eu sei, e eu não tenho nada a dizer. Só queria que você soubesse que é uma pessoa incrível. E que eu te amo muito.
- Eu também te amo, Amy.
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Até Tudo Acabar
RomansaO mundo pode ser confuso, as coisas podem ser complicadas. Mas, com o amor, tudo pode ser melhor. Amy não esperava se apaixonar novamente pelo seu melhor amigo de infância, claro que não, aquilo era uma das últimas coisas que rondavam em sua mente c...