Capítulo Dezesseis

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Fora mais um dia. Era quase noite, Scott já se encontrava bem. Passou a tarde toda deitado, parecendo magoado. Não quis incomoda - lo com meus pensamentos. Apenas fiquei no meu canto. Trocando mensagens com Morgan, que dizia que a mãe cada vez melhorava mais.

- Amy. - Scott disse depois de muito tempo. - Que tal a gente sair pra comer em algum lugar diferente?

- Diferente? - perguntei.

- Sim. Eu tenho uma idéia. Mas não sei se você vai gostar.

- Adorarei tudo oque você propor. - falei, na tentativa de ser querida. Ele pareceu não ligar, sorriu um pouco e pegou sua carteira.

- Volto daqui meia hora. Se arrume, quando eu lhe mandar uma mensagem, desça até o carro.

- Ok... mas pra onde... - ele bateu a porta em minha cara.

Tentei me contentar pelo fato de que daqui alguns momentos, eu teria provavelmente uma surpresa legal. Talvez não, mas era oque eu esperava. Abri minha mala e coloquei uma blusa rosa, por cima, um leve casaco branco e uma saia rodada. Calcei saltos altos do tom do casaco e me maquiei.

Me olhei ao espelho. Havia ficado bom, eu não conseguia me sentir bonita. Mas, aos olhos de Scott, era provável que eu ficasse incrível.

***

Scott me mandou uma mensagem. Desci as escadas correndo e pulei para dentro do carro. Ele acelerou, a expectativa de ser algo incrível aumentava cada vez mais. Eu queria ter uma surpresa, queria ter um sentimento bom, ao longo de tantos dias que eu só sentia dor, seria incrível poder ser feliz por algumas horas.

Ele me vendou quando estávamos perto, sorri alegremente e colei minhas mãos.

- Vai, me diga, para onde vamos? - perguntei.

- É uma surpresa.

Ouvi a porta do carro se abrir, ele me pegou pela mão e me tirou de dentro do carro. Levei um susto quando senti suas mãos passando por trás de mim e me pegando ao colo. Ouvi o porta malas se abrindo e um tilintar saindo de lá de dentro. O mistério cada vez me deixava mais animada.

Oque era? E porque eu tinha de estar vendada?

- Amy. - ele parou - Se prepare. Um... - respirei fundo - Dois... três. - ele puxou a faixa, e eu, abri os olhos.

Era lindo. Estávamos perto de um penhasco, a lua brilhava no céu, acompanhada das lindas estrelas. O local era frio, perfeito e a vista da Califórnia era a coisa mais incrível. Era tão lindo.

Abracei Scott e agradeci, colocando a cabeça em seu ombro. Me obteve vontade de chorar, algumas lágrimas escorreram acidentalmente.

- Pensei que ficaria feliz. - ele disse, parecendo triste e secando minhas lágrimas. - Porque está chorando?

Me soltei do colo dele e o abracei, deitando a cabeça em seu ombro. E desabando mais.

- Você me faz feliz Scott. Depois de tantas coisas acontecendo. Você, Morgan, nossa briga... Depois de tudo... Você agora, fez eu ser feliz depois te tantas decepções. Eu... eu te adoro. Obrigada. Você faz a minha vida mais colorida, Scott.

Ele sorriu e me abraçou firme, ficamos alguns minutos abraçados. Mas Scott se soltou e levou as mãos a boca. Correu até o fim do penhasco e começou a tocir. Vi uma cesta no chão, mas não quis mexer. Aquilo era de Scott. E eu não queria incomoda -lo depois de desabafar para ele.

Fiquei sentada em uma pedra, apreciando a vista. Scott se sentou longe de mim e toca hora limpava os olhos. Ele tocia mais a cada momento. Depois de alguns minutos sem tocir, ele se levantou e entrou no carro. Me chamando para irmos embora.

Mas... e o nosso jantar? E tudo aquilo? Minhas palavras? Elas não haviam significado nada?

Até Tudo AcabarOnde histórias criam vida. Descubra agora