Acordei com o barulho do meu celular tocando. Sem abrir os olhos vasculhei pela cama até encontra - lo. O levei a orelha e atendi.
- Alô? - falei com uma voz sonolenta.
- Oi Amy, sou eu, Scott.
- Hmm... Bom dia Scott.
- Desculpe ter te acordado. Só quero fazer um convite. Não posso fazer depois porque vou viajar a tarde toda e só chegar aí as quatro.
- Ok. Pode fazer então.
- É que... - ele deu uma pausa e pude ouvi - lo respirar fundo - Você quer jantar comigo essa noite?
Jantar... Não pude deixar de sorrir. Eu não podia demonstrar que estava tão fácil para ele. Mesmo que não pudesse ver, joguei o cabelo para trás.
- Acho que pode ser, talvez vou estar livre as oito.
- As oito? Combinado! Me manda sua localização depois, para eu poder ir te buscar. - ele disse com animo na voz.
- Certo, agora vou sair, tchau.
Desliguei o telefone e o joguei de volta na cama. Me espreguicei e sentei.
- Gostei dessa maneira de acordar. - murmurei para mim mesma, rindo.
Levantei e Calcei minhas pantufas. Olhei no relógio da cozinha, marcavam sete e meia. Voltei para o quarto e vesti uma roupa simples, para ficar em casa. Peguei minha carteira e sai do apartamento em silêncio para ir a padaria, como fazia normalmente todos os sábados de manhã.
Caminhei pela calçada animada, o dia estava lindo, o Sol brilhava e deixava o dia quente, uma leve brisa passou por mim, fazendo meus cabelos se mexerem. Entrei na padaria e escutei o sino da porta tilintar.
- Bom dia senhorita Thames. - disse Carlos, o padeiro.
- Bom dia seu Carlos, - falei me sentando em um dos bancos - Vou querer o de sempre.
- Pode deixar. - ele ergueu o pequeno chapéu e entrou dentro da padaria.
Seu Carlos sempre fora atencioso, lembro - me que que quando era pequena, minha mãe me trazia a padaria dele para comprar o café da manhã, e minha escolha sempre era a mesma, pães de queijo. Seu Carlos me chamou, me tirando da nostalgia de meus pensamentos. Me levantei e o paguei.
- Tenha um bom dia Amy. - Ele disse me entregando dois pedaços de bolo em um potinho de plástico e dois capuccinos. Agradeci e fui em direção a porta com os pedidos. Alguém esbarrou em mim quando estava próxima a porta, dei um salto para trás e deixei tudo cair, o capuccino foi direto para minha barriga, me deixando agora encharcada.
- Por... Porque você não olha por onde anda? - gritei, o rapaz com quem eu tinha esbarrado se agachou e tentou limpar minha blusa com um guardanapo.
- Mil desculpas! Não foi por querer... meu Deus... Desculpe mesmo.
Afastei a mão dele lentamente.
- Argh, tudo bem, tudo bem. Deixa que eu limpo quando chegar em casa.
Me levantei e peguei as coisas do chão, estava tudo sujo, os bolos despedaçados.
- O que aconteceu? - Vi seu Carlos se aproximando. Ele parecia preocupado e olhava para o rapaz.
- Ah, bom dia seu Carlos... foi minha culpa. Esbarrei nela sem querer. Pode deixar que eu limpo.
- Não não Roger, Elisabeth limpa para mim, Amy, esta tudo bem?
- Está sim seu Carlos. Só perdi uma blusa, - olhei para minha blusa - Isso não vai sair tão fácil. - dei meu melhor sorriso.
- Moça, - disse Roger, o rapaz - Pegue minha blusa.
Ele retirou a blusa e me entregou, agradeci e a vesti por cima, a blusa ficou um pouco grande, mas ficou bonita. Passei a mão para que ela se arrumasse mas.
- Obrigada. - agradeci, indo em direção a porta - Tenham um bom dia.
Andei pela rua, o dia já não parecia mais tão bonito. O acontecimento havia me aborrecido bastante, a blusa que se sujou era uma das mais confortáveis que tinham em meu guarda - roupa. Respirei fundo tentando voltar a ter calma e abri a porta do apartamento normalmente.
Morgan estava na cozinha arrumando a mesa para o café da manhã.- Onde está nosso café? - ela disse descrente quando me viu.
- Houve um pequeno acidente.
- E de quem é essa camisa? O que aconteceu?
- Calma, pegue qualquer coisa para comermos que eu te explico.
Depois de tomar café e explicar tudo para Morgan, rimos juntas, ela era incrível, sempre fazia tudo parecer mais divertido. Arrumamos tudo e nos sentamos no sofá.
- Amy, hoje a tarde eu vou visitar minha mãe. Vai ter problema pra você?
Lembrei - me do jantar.
- Não! Problema nenhum. Que horas você vai?
- Vou sair de casa as três provavelmente. Só tenho que ligar para minha mãe, já volto.
Ela saiu saltitante para o quarto, me deitei no sofá e comecei as rir quando me lembrei da animação que Scott quando eu aceitei. Nostalgias rondavam em minha cabeça, os momentos que eu passava com Scott eram incríveis.
" - Anda Amy! Vamos, está na hora da educação física! Eu amo educação física! - Scott disse saindo correndo para o campo.
- Você me lembra isso toda vez que tem educação física. Então, qual vai ser o plano de hoje?
- Marcelo nos convidou para brincar de verdade ou desafio.
- Mas eu odeio essa brincadeira. - falei cruzando os braços.
- Vamos Amy, não vai ser tão divertido se você não for junto...
- Tá bom, tá bom.
Fomos até o centro do campo de grama, Marcelo chegou com uma garrafa e nos explicou algumas coisas.
- Eu começo girando. - Marcelo disse tocando na garrafa e a girando - Anna desafia Scott.
Scott sorriu e começou a se balançar.
- Verdade ou desafio Scott? - ela disse com um olhar desafiador.
- Verdade, sempre escolho desafio.
- Ok então, - ela sorriu e cruzou os braços - É verdade que você gosta da Amy?
Corei, senti meu rosto queimar mundo e revirei os olhos.
- Que bobagem - falei - Anda Scott, fala para eles.
- É, é verdade.
Corei e sai correndo de lá, o que tinha acabado de acontecer? "
Comecei a rir quando lembrei, me virei para o lado e fechei os olhos para descansar um pouco.
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Até Tudo Acabar
RomansaO mundo pode ser confuso, as coisas podem ser complicadas. Mas, com o amor, tudo pode ser melhor. Amy não esperava se apaixonar novamente pelo seu melhor amigo de infância, claro que não, aquilo era uma das últimas coisas que rondavam em sua mente c...