Capítulo Dois

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Acordei com o barulho do meu celular tocando. Sem abrir os olhos vasculhei pela cama até encontra - lo. O levei a orelha e atendi.

- Alô? - falei com uma voz sonolenta.

- Oi Amy, sou eu, Scott.

- Hmm... Bom dia Scott.

- Desculpe ter te acordado. quero fazer um convite. Não posso fazer depois porque vou viajar a tarde toda e chegar as quatro.

- Ok. Pode fazer então.

- É que... - ele deu uma pausa e pude ouvi - lo respirar fundo - Você quer jantar comigo essa noite?

Jantar... Não pude deixar de sorrir. Eu não podia demonstrar que estava tão fácil para ele. Mesmo que não pudesse ver, joguei o cabelo para trás.

- Acho que pode ser, talvez vou estar livre as oito.

- As oito? Combinado! Me manda sua localização depois, para eu poder ir te buscar. - ele disse com animo na voz.

- Certo, agora vou sair, tchau.

Desliguei o telefone e o joguei de volta na cama. Me espreguicei e sentei.

- Gostei dessa maneira de acordar. - murmurei para mim mesma, rindo.

Levantei e Calcei minhas pantufas. Olhei no relógio da cozinha, marcavam sete e meia. Voltei para o quarto e vesti uma roupa simples, para ficar em casa. Peguei minha carteira e sai do apartamento em silêncio para ir a padaria, como fazia normalmente todos os sábados de manhã.

Caminhei pela calçada animada, o dia estava lindo, o Sol brilhava e deixava o dia quente, uma leve brisa passou por mim, fazendo meus cabelos se mexerem. Entrei na padaria e escutei o sino da porta tilintar.

- Bom dia senhorita Thames. - disse Carlos, o padeiro.

- Bom dia seu Carlos, - falei me sentando em um dos bancos - Vou querer o de sempre.

- Pode deixar. - ele ergueu o pequeno chapéu e entrou dentro da padaria.

Seu Carlos sempre fora atencioso, lembro - me que que quando era pequena, minha mãe me trazia a padaria dele para comprar o café da manhã, e minha escolha sempre era a mesma, pães de queijo. Seu Carlos me chamou, me tirando da nostalgia de meus pensamentos. Me levantei e o paguei.

- Tenha um bom dia Amy. - Ele disse me entregando dois pedaços de bolo em um potinho de plástico e dois capuccinos. Agradeci e fui em direção a porta com os pedidos. Alguém esbarrou em mim quando estava próxima a porta, dei um salto para trás e deixei tudo cair, o capuccino foi direto para minha barriga, me deixando agora encharcada.

- Por... Porque você não olha por onde anda? - gritei, o rapaz com quem eu tinha esbarrado se agachou e tentou limpar minha blusa com um guardanapo.

- Mil desculpas! Não foi por querer... meu Deus... Desculpe mesmo.

Afastei a mão dele lentamente.

- Argh, tudo bem, tudo bem. Deixa que eu limpo quando chegar em casa.

Me levantei e peguei as coisas do chão, estava tudo sujo, os bolos despedaçados.

- O que aconteceu? - Vi seu Carlos se aproximando. Ele parecia preocupado e olhava para o rapaz.

- Ah, bom dia seu Carlos... foi minha culpa. Esbarrei nela sem querer. Pode deixar que eu limpo.

- Não não Roger, Elisabeth limpa para mim, Amy, esta tudo bem?

- Está sim seu Carlos. Só perdi uma blusa, - olhei para minha blusa - Isso não vai sair tão fácil. - dei meu melhor sorriso.

- Moça, - disse Roger, o rapaz - Pegue minha blusa.

Ele retirou a blusa e me entregou, agradeci e a vesti por cima, a blusa ficou um pouco grande, mas ficou bonita. Passei a mão para que ela se arrumasse mas.

- Obrigada. - agradeci, indo em direção a porta - Tenham um bom dia.

Andei pela rua, o dia já não parecia mais tão bonito. O acontecimento havia me aborrecido bastante, a blusa que se sujou era uma das mais confortáveis que tinham em meu guarda - roupa. Respirei fundo tentando voltar a ter calma e abri a porta do apartamento normalmente.
Morgan estava na cozinha arrumando a mesa para o café da manhã.

- Onde está nosso café? - ela disse descrente quando me viu.

- Houve um pequeno acidente.

- E de quem é essa camisa? O que aconteceu?

- Calma, pegue qualquer coisa para comermos que eu te explico.

Depois de tomar café e explicar tudo para Morgan, rimos juntas, ela era incrível, sempre fazia tudo parecer mais divertido. Arrumamos tudo e nos sentamos no sofá.

- Amy, hoje a tarde eu vou visitar minha mãe. Vai ter problema pra você?

Lembrei - me do jantar.

- Não! Problema nenhum. Que horas você vai?

- Vou sair de casa as três provavelmente. Só tenho que ligar para minha mãe, já volto.

Ela saiu saltitante para o quarto, me deitei no sofá e comecei as rir quando me lembrei da animação que Scott quando eu aceitei. Nostalgias rondavam em minha cabeça, os momentos que eu passava com Scott eram incríveis.

" - Anda Amy! Vamos, está na hora da educação física! Eu amo educação física! - Scott disse saindo correndo para o campo.

- Você me lembra isso toda vez que tem educação física. Então, qual vai ser o plano de hoje?

- Marcelo nos convidou para brincar de verdade ou desafio.

- Mas eu odeio essa brincadeira. - falei cruzando os braços.

- Vamos Amy, não vai ser tão divertido se você não for junto...

- bom, bom.

Fomos até o centro do campo de grama, Marcelo chegou com uma garrafa e nos explicou algumas coisas.

- Eu começo girando. - Marcelo disse tocando na garrafa e a girando - Anna desafia Scott.

Scott sorriu e começou a se balançar.

- Verdade ou desafio Scott? - ela disse com um olhar desafiador.

- Verdade, sempre escolho desafio.

- Ok então, - ela sorriu e cruzou os braços - É verdade que você gosta da Amy?

Corei, senti meu rosto queimar mundo e revirei os olhos.

- Que bobagem - falei - Anda Scott, fala para eles.

- É, é verdade.

Corei e sai correndo de , o que tinha acabado de acontecer? "

Comecei a rir quando lembrei, me virei para o lado e fechei os olhos para descansar um pouco.

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Até Tudo AcabarOnde histórias criam vida. Descubra agora