O Golpe No Ministério

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  Capítulo Quatro - O Golpe No Ministério

Assim que Harry desmaiou foi levado para o quarto de Rony pelo Sr. Weasley e Gui, que estavam muito preocupados, além de todos estarem muito chocados com a notícia. A Sra. Weasley havia subido com Gina, que estava inconsolável - Colin era seu colega de turma. Hermione chorava, abraçada a Rony, havia criado uma grande afeição pelo menino, que era um grande fã de Harry, sempre disposto a fotografá-lo nas mais inusitadas situações, o que de fato os irritava um pouco mas não deixava de ser engraçado quando viam as fotos. Além do mais, ela tinha belas fotos junto aos amigos tiradas gentilmente pelo menino. E estava morto. Ninguém havia feito nada que pudesse ter impedido, não se tinha sequer pistas de quem tinha cometido tal atrocidade. Era óbvio, para o Sr. Weasley, que Comensais da Morte eram responsáveis pelo crime. Mas com o Ministério dividido ficava difícil tentar qualquer investigação mais profunda sobre o caso, ainda não se sabia exatamente quem era leal a Fudge e a Dumbledore dentro do Ministério. Gui estava incumbido dessa tarefa, já detinha uma grande lista de nomes de bruxos influentes do Ministério simpáticos às idéias de Dumbledore. Era só uma questão de tempo para executarem o plano que haviam tramado. Seria dado um golpe no Ministério. Eles deporiam o Ministro, Cornélio Fudge, colocando à frente alguém de confiança, alguém com vasta experiência nas artes das trevas, com grandes feitos, admirável coragem e ousadia. E todos concordavam que a melhor pessoa para o cargo era o ex-auror Alastor "Olho-Tonto" Moody.

Harry estava acordando, deitado na cama de Rony, cercado por todos - exceto a Sra. Weasley e Gina, que ainda estavam no outro quarto.

- Anh? - disse, ainda tonto. - O que aconteceu? - antes que alguém pudesse lembrá-lo do que havia acontecido Harry, que sentia ainda a testa latejar pela dor que tivera em sua cicatriz, já tinha se lembrado de tudo e, com os olhos cheios de lágrimas, de raiva e tristeza, olhava atentamente para o Sr. Weasley.

- Harry, filho, você não deve ficar assim! Nós sabemos que a culpa não é sua, você fez tudo para que Fudge acreditasse em você ano passado. Se ele não fosse tão idiota... - Percy franziu a testa. - Enfim, isso tudo possivelmente não estaria acontecendo mas tinha que ser assim, não? Talvez agora aquele imbecil entenda que o que estamos enfrentando não é brincadeira e que é necessária uma pronta ação para contenção das desgraças, que com certeza estão por vir - Harry estava muito atento e concordava com o pai de Rony.

- Sim Sr. Weasley, isso tudo só está acontecendo por que não deram ouvidos a Dumbledore. Mas nós temos que fazer alguma coisa, não podemos deixar que esses miseráveis saiam por aí matando inocentes. Tem que haver algo que eu possa fazer - Harry, que havia levantado da cama, ainda tonto, tombou e foi amparado por Gui, que acenava com a cabeça para que continuasse deitado.

- Gui, eu não quero ficar deitado aqui enquanto tudo está acontecendo lá fora, eu quero ajudar, tenho que assumir as minhas responsabilidades - Harry estava falando como um adulto, estava calmo e sério, certo de que deveria desempenhar algum papel importante em tudo aquilo. O Sr. Weasley o olhava seriamente.

- Harry, você sabe que eu tenho você como um filho então eu vou dizer o que eu diria para qualquer um deles nessa situação. Você é uma das pessoas mais corajosas e íntegras que eu conheço. Tenho orgulho de te conhecer mas você precisa entender, agora que você já é um rapaz, que às vezes uma pessoa não pode abraçar o mundo todo com os braços. Eu sei o quanto você quer e pode ajudar, a sede que você tem de se provar útil... Mas, Harry, você é muito importante, de algum modo você é especial, você é único. Você é o único que sobreviveu a Você-Sabe-Quem. Eu entendo que você não é mais nenhuma criança. Aliás, você nunca teve direito de viver sua infância plenamente. Passou por situações que muitos bruxos adultos sequer suportariam presenciar mas, no momento, precisamos protegê-lo. Essa é a vontade de Dumbledore e você deve compreender que ele tenha os seus motivos para não querer te expor - Harry olhava atentamente para o Sr. Weasley, sabia o que queria dizer, sabia que queria protegê-lo, mas em nenhum momento o estava fazendo se sentir inútil ou criança demais para fazer alguma coisa. Apenas ainda não tinha chegado o momento de ele, Harry, desempenhar o seu papel naquela guerra.

Harry Potter e a Passagem Para ÉrevanOnde histórias criam vida. Descubra agora