6h30.
Acordei cedo, pois já estava no dia da mudança.Tomei um banho e vesti uma calça jeans, blusa preta e un casaco um pouco...grande demais.
Desci e vi minha mãe e meu pai sentados na mesa, tomando café.
Sentei-me na frente deles e dei um bom dia não muito contagiante.
"Bom dia, querida." Minha mãe falou, com um sorriso que eu não sabia se era dela mesmo.
Meu pai não falou nada e eu não me incomodei com isso, afinal, ele me desafiou, disse que eu não era capaz. E ele foi contrariado, ainda estava puto.
Milena desceu quase tropeçando em tudo, o que me assustou.
"Alguém viu meu óculos? Não consigo enxergar direito!" Milena quase gritou.
Levantei da cadeira e fui ajudá-la.
Peguei os óculos dela quem estavam na mesinha de centro da sala, a guiei até a mesa e deu à ela o óculos.
"Muito melhor agora. Obrigada." Mila fala, sorrindo para mim.
Assenti e continuei a tomar meu café.
7h04.
Meus pais estavam no aeroporto junto comigo, esperando dar 8h00 para eu partir.
"Mila, pega um refri pra mim naquela máquina, por favor?" Perguntei para Mila, que estava sentada ao meu lado, falando com Hélio pelo Whatsapp.
Ela olhou para mim, com raiva.
"Agora não! Não tá vendo que eu estou conversando com o Hélio?" Mila disso, quase bufando. "Quase que ele não me dá atenção, você ainda quer me atrapalhar quando ele dá?"
Arregalei os olhos, desacreditada da reação dela à minha pergunta.
"Eita." A única coisa que eu consegui falar depois, levantei e fui até a máquina.
Peguei meu dinheiro e escolhi um Sprite.
Coloquei o dinheiro pra dentro, mas a máquina não fez nada além de uns barulhos.
Depois de alguns minutos, percebi que o refrigerante não ia sair tão cedo. Uma pessoa suspirou atrás de mim, me fazendo levar um susto.
Me virei um pouco para ver quem era o ser atrás de mim e vi uma cena que eu nunca iria esquecer.
Cellbit mexendo em seu celular, digitando algo, parecia estar esperando para pegar algo na máquina.
Eu paralisei. De repente, ele me olhou estranho.
"Você já pegou seu refrigerante?" Ele perguntou, com o celular ainda em mãos, olhando para mim.
Eu vou surtar.
Não, não posso fazer isso! Que ridículo, Flávia!
"Moça?" Ele chamou minha atenção, me tirando dos meus pensamentos.
Faça alguma coisa. Fala alguma coisa.
"D-desculpa, eu...a-ainda não peguei o meu refri." Gaguejei, sentindo meu rosto fumegar.
Ele me olhou, ainda estranho e depois, soltou uma risada fraca.
"Quer que eu pegue pra você?" Ele perguntou.
Aí meu Deus.
Assenti e ele pediu licença para mexer na máquina.
Ele só apertou um botão e o refrigerante foi deixado no local para ser retirado.
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Separados Por Um Canal
FanficUma garota carioca, de 18 anos, problemas em casa mas sempre com um coração gigantesco. Flávia Almirante é e sempre foi bem humorada, até se mudar para Santa Catarina, para se tonar uma "adulta responsável". Mesmo sendo uma "adulta responsável", ela...