VII

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Meia hora depois chegamos em uma cachoeira, acredito ser a que se vê do quarto da Ana. Tão linda. Abro um sorriso e meus olhos brilham de contentamento, sou a primeira a descer e admirar tanta beleza, tudo verdinho, plantas silvestres, a caída era contemplada com pedras rochosas em vários tamanhos. Uma clareira em baixo de uma frondosa árvore, completavam a paisagem. Tudo lindo, ar puro, acho que dou pulinhos de felicidade. A harmonia que sinto em estar tão próxima à natureza, me faz girar de braços abertos, recebendo o sol.
O Felipe me olha, o tempo todo.

-Então você gostou?

-Ameeeii. Tudo muito lindo.

-Que bom que você gostou. Vamos fazer um piquenique aqui, trouxemos almoço.. -ele diz daquele jeito meio menino, meio homem, meio travesso..

-Acho tudo perfeito, pena que não trouxe um maiô ou biquíni...

-Usa um dos meus. -diz a Cristina

-Com seu corpinho, você acha que seu biquíni vai caber em mim? Vai sobrar tudo! -digo sorrindo. Ela é bem magrinha, quase corpo de modelo, mas ela tem bunda e quadril de acordo. Eu já sou mais corpuda. A cena seria ridícula se não cômica. -Acho que seria menos feio ficar nua. -E dou uma gargalhada.

-Eu adorei a idéia. -diz Felipe baixo ao meu lado.

-Pena ser só uma idéia que existe na cabeça e não tem a menor pretensão de acontecer! -digo completando com a frase de uma música que gosto. Não gostei do seu comentário safado, mas o dia está tão lindo, não quero estragar.

-Bom, já que não quer, vamos mergulhar...

Ela e a Ana estavam vestidas por baixo da roupa, a Ana com um maiô rosa e a bonita com um biquíni amarelo muito lindo, que a deixava ainda mais provocante.
Forramos uma toalha quadrada xadrez no chão embaixo da árvore e o Felipe colocou uma cesta e uma caixa térmica no chão.

-Uau, caprichou, hein? O que temos para beber?

-Água, refrigerantes.. -gente que sorriso lindo, boca perfeita, que vontade de beijá-lo de novo. Ele dá uma olhadinha de baixo pra cima, porra! ele deve saber que isso é muito sexy, nem estou mais ouvindo o que ele está falando só vejo o movimento de seus lábios e me lembro do beijo de ontem, minha boca fica seca, e passo a língua nos meus lábios para umedecê-los, mas acho que fiz alguma coisa errada, seus olhos se escurecem e eu abaixo a cabeça.

-Tem suco natural? -pergunto quase sem voz.

-Não ouviu o que eu estava falando? -ele me olha daquele jeito questionador. -Temos suco integral de uva, imaginei que pra quem come tanto mato, talvez não fosse adepta de refrigerantes.

-Achou certo. Me da por favor, estou com sede. -peço baixinho.

-Claro! -e me passa uma garrafinha -Tem água de coco também- diz apontando para um coqueiro

-Legal...

Abaixo a cabeça, tomo o suco de olhos fechados, o calor estava demais, e o suco estava tão geladinho.. delícia, amei, é o meu preferido, legal que ele tenha acertado...

-Pra comer trouxemos sanduíches de queijo e presunto, sanduíches naturais de frango, massas folhadas de palmito e bacalhau, para o almoço lasanha bolonhesa e alguns frios para beliscarmos.. -diz o Felipe todo empolgado...

-Tudo delicioso, mas não é muita comida? -pergunto e vejo que seus olhos buscam os meus.

-O suficiente para ficarmos até mais tarde... lanche da manhã e da tarde, mas também trouxe uvas, maçãs e pêras.. -como ele sabe?!

-Andou falando com alguém sobre mim? -pergunto rindo da minha piada.

-Desculpa, como?

-É que você comprou meu suco e as minhas frutas favoritas.. -digo sorrindo.

A PROMESSAOnde histórias criam vida. Descubra agora