Criaturas - Companheiros

Capítulo 13: Alma

| Ethan Tüller |

Uma semana depois .

— Tem certeza disso Ethan? – Ângelo perguntou enquanto pegava um pequeno livro de espessura grossa, sua capa negra exibia símbolos diversos.

— Tenho. Você sabe meus motivos... Lufian esta visitando Darina todos os dias, e ela não faz nada para
impedir-lo...

— Essa é uma decisão muito precipitada, talvez não tenha volta. – Persistiu Ângelo.

— Faça logo Ângelo.

— Como queira.

Ângelo fez um circulo com velas negras em minha volta.

— Pense no cheiro dela, depois faça sumir em sua mente. – Sua voz nítida em minha cabeça

Pensei em seu cheiro de floresta, algo bem selvagem.

— Me de sua mão – Pediu e assim fiz.

— Nexum Láqueus contrítus est, non est hodie, cras oblitus. Luna dea receptum remissionis petitio mea, et cor meum ad instantiam patitur.  – Começou a falar em latim.

Confesso que me assustei com o que entendi, e isso começou a mexer com meu lobo interior.

[Sua ligação se rompe, Hoje não a terá, amanhã a esquecera. Deusa da lua aceite assim meu pedido de libertação, minha alma sofre a pedido de meu coração.]

Seus olhos estavam totalmente negros, sem a extensão branca. Com a adaga Ângelo fez um corte em minha mão e contornou o circulo com meu sangue.

" O que você está fazendo? " – meu lobo Than urrou de dor.

" O melhor para nós dois " – O respondi suportando a dor.

— As consequências vão ser piores para Darina. – Avisou Ângelo antes de tudo se tornar não lúcido.

| Darina Einstein |

— Deixe-me ver se Compreendi. A vampira do maú irmã do chefão dos vampiros sente algo sentimental por você? – Perguntei a Lufian que resolvera contar-me um pouco sobre si.

— Não sei. Ela é minha criadora, tem uma certa obsessão por mim, assim como toda criatura da noite fica obsessivo com o que é seu. – Me responde olhando-me com aqueles olhos negros intrigantes.

— Hum... Você e a irmã do chefão dos vampiros já se relacionaram? Tipo... Fornicar. – Minha curiosidade falou por mim, assim como a ponta de... Ciúmes?! Instalado no canto de meu coração.

— Sim. Pode-se dizer que um dia já amei, e amei ela... Me apaixonei por Vivian. – O modo em que as palavras saiam de sua boca era indiferente, ele não se importava.

— Já amou? – Algo que me intrigara por completo ...

— Não fique com ciúmes, Dari. Eu estou aqui agora, sou totalmente seu.

Os lábios sensuais de Lufian se esticaram em um sorriso completamente sexy.

A barriga a mostra o deixava de algum modo selvagem, assim como seu estilo sombrio que encaixava completamente com si.

Percebi que estava a observa-lo por muito tempo, e isso o divertia, então recuperei minha lucidez e disse:

— Não me chame de Dari! Droga!

Lufian iria sorrir com meu súbito descontrole, porém minha expressão de dor encerrou com qualquer tipo de divertimento.

Uma dor de cabeça forte me atacou se alastrando por todo meu corpo, atingindo principalmente meu coração, sentia como se algo fosse retirado de mim, e um outro algo fora posto em seu lugar.

Minha visão ficou turva. Minha loba Urrou de dor. Minha loba chorou gritando " Than ".

Eu chorei sem saber o porquê.

Levantei da cama com as pernas bambas.

" Ele nós deixou, a culpa é sua. " - Acusava Dari

" Não... "

" Estou morrendo " choraminga me quebrando por completo.

Meu corpo começou a entrar em combustão.

— Darina? – Lufian fora ao meu encontro, seus olhos buscavam algo em mim, algo o qual eu desconhecia.

— Não... – Sussurro sentindo meus olhos queimarem.

— Dari, seus olhos estão prateados, os dois! – Sua voz indiferente mostrava algo além de sua indiferença, e isso me deixava apavorada.

Isso significa, significa que... Ethan cortou nossa ligação de alma, de companheiros eternos.

Zumbidos foram ouvidos por mim, tão fortes que fui obrigada a sentar no chão de cabeça baixa e com as mãos no ouvido enquanto soltava gritos de pura dor.

De repente os zumbidos pararam, pude sentir o toque de Lufian, um toque gelado e perigoso.

Algo em mim se remexeu, logo ouvir uma voz em minha mente:

" Sou Rana, sua loba "

Levantei minha cabeça para encarar Lufian, meus olhos se encontraram com os seus e então ouvir o seu declarar de um eu lobo:

— Minha.