Capítulo 02

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Rachel andava nervosa de um lado para o outros da sala.

Já tinha reunido quase todas as coisas que possuía.

Não eram muitas, apenas algumas roupas. Documentos. Um perfume. Seu laptop. A mala não era muito grande.

Ela estava pensando em pegar as outras malas em cima do guarda roupa do quarto de seus pais quando ouviu uma buzina.

Correu até a porta da cozinha e viu um carro preto de luxo parado na frente da casa.

Dominic desceu e foi até o portão, enquanto ela corria para abrir.

- Pronta para ir? - ele perguntou com um sorriso.

Rachel concordou com a cabeça.

- Entre. Vou pegar minhas coisas... E deixar um bilhete para meus pais.

Dominic a seguiu para dentro. A casa era modesta e simples, em comparação a rica propriedade que ela só conheceu por fotos.

Rachel foi até sua cama e terminou de fechar o zíper da mala com um pouco de dificuldade. Foi até a escrivaninha e pegou uma folha aleatória e uma caneta sem tampa jogada ali.

"Queridos papai e mamãe,
Não se preocupem, consegui um novo emprego, vou ficar bem.
Assim que estiver instalada entrarei em contato.
Não é nada ilegal. Não chamem a polícia!
Falo sério, papai!
Amo vocês, mas precisava fazer isso.
Beijos, Rachel"

Dominic foi até a cama e se sentou. O quarto minúsculo ficou ainda menor com a figura grande ali dentro.

A cama de metal rangeu e afundou um pouco, mas suportou o peso.

Rachel dobrou o papel e se virou.

Ofegou quando seus olhos se encontraram com um par de safiras brilhantes que a examinavam com atenção.

Ele parecia deslocado ali. Cercado de renda e cor de rosa.

"Porra. Ele é um filho da puta grande mesmo."

Rachel mordeu o lábio, enquanto se curvava para depositar o bilhete em cima do travesseiro. Seus seios roçaram levemente o braço dele no processo.

Ela ouviu quando ele chupou uma respiração entre os dentes. Rachel também sentiu a corrente que atravessou seu corpo.

A tensão ali era sólida o suficiente para ser cortada com uma faca.

- Pronta? - ele perguntou, a voz com um timbre um pouco mais sombrio.

Rachel balançou a cabeça, concordando.

- Quase. Minha mãe tem um plantão no hospital e meu pai só chega depois das nove horas. Temos tempo, só preciso da outra mala.

Ele ergueu uma sobrancelha.

- Outra mala? Você não precisa nem dessa mala. Muita coisa pra carregar. Viajaremos muito.

Ele se levantou e pegou uma mochila caída atrás da cama.

- Coloque apenas o essencial aqui.

Ela piscou sem acreditar.

- O que?!

E não se mexeu. Dominic grunhiu e abriu a mala com um pouco de violência.

Pegou uma pilha de roupas e jogou dentro da mochila aberta. Hesitou quanto ergueu um sutiã branco pela alça.

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