Sadness - Styles

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Nos vemos lá em baixo. Okay?

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Harry P. O. V

Acordei sentindo um peso enorme em minha cabeça, juntamente com uma dor insuportável. Abri os olhos e notei que Louis não estava na cama. Procurei pelo mesmo.

"Amor?", chamei.
"Louis, quem é esse, é o Harry?", ouvi alguém perguntar.

Me virei para o sofá e avistei um Louis com olhos arregalados, me deixando visualizar seus lindos olhos azuis desfocados, até notar que ele estava corado e completamente vermelho.

"S-sim, é e-ele.", falou gaguejando nervosamente.

Entendi o que estava acontecendo. Eu havia chamado o Louis de amor durante uma ligação entre ele e o meu pai.

O que significa que logo-logo Jay estará sabendo disso, porque cá entre nós, aqueles dois querem nos ver juntos de qualquer jeito. Isso eu já percebi.

"E-eu vou pas-sar o... O-o telefone.", falou e veio até a cama, estendendo o telefone na direção errada.

Tão fofo.

"Estou aqui, amor.", falei.

Louis deu um pulinho, jogando o celular na cama e indo rapidamente em direção ao banheiro.

"Não corra, amor. Você pode cair.", provoquei.

Ele trancou a porta do banheiro e choramingou.

"Pai?", chamei.
"Oi, meu filho.", falou calorosamente.

Eu não tinha ligado para ele, desde o dia que cheguei.

Eu não liguei para ele durante toda a minha vida. Tudo o que eu fiz foi reclamar de tudo o que ele fazia para tentar me agradar. E isso tudo por causa de uma mulher que nem sequer se deu ao trabalho de me deixar avisado que não me queria, me poupando de uma enorme viagem, uma fila de espera enorme e estresse para o meu Louis.

Senti que ia começar a chorar novamente.

"Me perdoa.", pedi e as lágrimas vieram com tudo.

Tentei respirar fundo, me concentrando nas palavras.

"Me desculpa. Eu sempre achei que você a tivesse expulsado de casa, ou que tivesse afastado ela de mim, por algum motivo. Sempre achei também que você tinha traído ela e que por isso ela foi embora.", falei. "Eu nunca nem pensei na possibilidade dela ter ido por vontade própria. E eu te julguei tão mal esse tempo todo. Me perdoa.", falei.

Vi Louis abrir a porta do banheiro e andar timidamente em minha direção. Sentou na cama e tateou em busca de minhas mãos. Segurei sua mão que tateava o colchão, em vão.

"Filho... Eu nunca faria algo assim. Eu sempre amei a sua mãe e ela sempre foi muito clara quanto a filhos. Ela nunca quis ter filhos e quando você veio... Foi uma loucura. Eu sempre o vi como um presente para a minha vida, mas ela... Ela sempre achou que uma criança seria um peso e que iria prejudicar sua carreira. Ela ficou por um bom tempo, porque a família dele a pressionava para isso e para não causar escândalos para a mídia. Mas ela não suportou por mais tempo.", explicou enquanto eu chorava e Louis me abraçava. "Me desculpa por não te contar isso antes... Eu só... Eu não podia estragar o que você sentia por ela. E eu pensei que ela pudesse ter mudado.", soluçou.

"Eu te amo, pai.", falei pela primeira vez durante todo este tempo.

Ele chorou baixinho. E eu quis estar com ele para abraçá-lo e poder dizer tudo isto pessoalmente.

"Eu sempre vou te amar, minha criança.", falou.
"Olha, eu juro que eu vou ser melhor daqui pra frente.", falei.
"Eu gosto de você assim, Hazz. Como você é.", falou.

Continuamos conversando durante muito tempo. Uma conversa íntima e afetuosa, da qual nunca compartilhei com o meu pai antes e por incrível que pareça, mesmo com uma pseudo-mãe daquela, eu estava me sentindo como se tivesse tirado um peso das minhas costas.

"Pai, nós estamos indo para a Califórnia. Eu quero esfriar um pouco a cabeça e também quero que a viagem valha a pena. Tudo bem?", falei e senti Louis sorrir em meu pescoço. Dei um beijo em seu pescoço.

"Tá. Claro. Tá tudo bem.", falou.
"Obrigado.", falei. Louis sorriu.
"Então... Amor é?", meu pai perguntou.

Louis me apertou mais em seus braços, tentando se esconder em meu pescoço.

Ri. Louis choramimgou.

"Sim... ", falei e acariciei o cabelo de Louis."Eu estou apaixonado." admiti e Louis tencionou. "Estou completamente apaixonado, pai. Mas a pessoa não me quer...", brinquei.
"Isso não é verdade.", Louis retrucou.

Levou a mão até a boca e tentou se afastar de mim, mas prendi seu corpo contra o meu e sorri.

"Problema resolvido.", meu pai falou.

Ri enquanto Louis resmungava baixinho.

E eu percebi que eu não precisava de absolutamente nada e que esse era o meu maior problema. Eu nunca me contentei com nada que eu tive. Eu sempre quis mais e mais, quando tudo o que eu precisava estava ao meu lado.

E dessa vez.

Apenas dessa vez.

Eu irei me contentar com o que tenho.

Eu irei me contentar com Louis e tudo o que ele puder me oferecer.

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Só tenho uma coisa a dizer, antes da pergunta final: Smut no próximo capítulo :) Quer dizer, quase... Isso porque não sei se vocês notaram, mas um capítulo são na verdade duas páginas.

Enfim: Porque vocês leêm a fic?

See The Sea • L.S (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora