Pieces - X

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Vai começar a putaria
Cheguem logo para trás
O inferno pode até ser quente
Mas o meu colo é mais!

Desculpa, o que tem pra hoje é funk.

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X P. O. V (Adivinhem.)

Nunca achei que seria fácil. Na verdade, ninguém disse que seria. Gostar de alguém é extremamente esquisito. Primeiro porque você não consegue controlar seus pensamentos nem ao acordar e principalmente ao dormir.

Será que ele está pensando em mim?

Será que ele gosta de mim?

Será que ele faz idéia do quanto eu gosto dele?

Sua mente trabalha em auto-destruição.

É engraçado também. Não só por você estar fazendo um papel ridículo consigo mesmo, mas porque você começa a se preocupar com coisas que você nunca fez questão.

Será que eu deixo o meu cabelo para o lado direito ou esquerdo?

Será que esse perfume é bom o suficiente?

Será que eu devo passar perfume “lá” também?

É... Porque nunca se sabe onde as coisas vão parar, né?

Eu até tento me iludir. Mas na verdade, eu sempre soube onde as coisas iriam parar.

Em droga nenhuma.

Sempre soube. Talvez parte do meu inconsciente desejasse tanto que algo acontecesse, que a parte sóbria era ofuscada.

E foi exatamente daquele jeitinho de sempre que Louis foi parar em Nova Iorque com o Harry Styles. E bem... Eu vim parar no quarto da minha mãe, chorando e comendo um balde de sorvete de chocolate e na outra mão um balde de frango frito.

"Niall, você precisa sair desse quarto. Que é meu por acaso.", minha mãe diz enquanto eu tento prestar atenção em Q indo atrás da Margo.

"Não. Eu preciso de um balde de limão para colocar no frango.", resmunguei.

Q estava dirigindo loucamente ao encontro do seu amor.

Eu poderia fazer o mesmo, não poderia? Eu poderia ir até Nova Iorque.

Poderia trazer o Louis para mim.

O problema era: Como Margo, será que ele não iria querer ficar?

Talvez ele estivesse feliz demais por lá.

"Será que eu deveria ir atrás dele?",  pergunto enfiando um pedaço de frango no sorvete e levando até meus lábios.
"Se você tiver dinheiro para comprar passagens, sim.", falou enquanto dobrava as roupas.

Eu não tenho dinheiro nem para ir até Nova Iorque.

"Talvez o Louis esteja melhor com o Harry. Pelo menos ele pode bancar tudo o que ele precisar.", meu consciente aponta.

Voltei a chorar de novo. Minha mãe sentou ao meu lado.

"Niall... Você está nesse quarto há cinco dias.", falou acariciando meu cabelo.

Isso tudo?

"Não é verdade...", solucei.
"Você sabe que é verdade. E você está fedendo.", apontou.
"O-Obrigado mãe! Muito obrigado. Nossa! Ajudou bastante. Agora me deixa sozinho.", falei chorando mais alto.
"Sai você. Esse quarto é meu.", falou.
"Por que você tá aqui? Chama o papai. Vai, vai embora.", me cobri.

Ela riu.

"Alguém tem que trabalhar nessa casa.", falou.
"Calúnia!", gritei. "Eu trabalho, tá?!", falei.
"Não por muito tempo.", falou antes de sair.

Arghhh!

"Eu vou me jogar dessa janela! Você vai ver. Todos vão saber que você é uma péssima mãe!", falei.
"Se jogue longe das minhas tulipas.", falou do corredor.
"Eu te amo.", falei.
"Eu sei.", gritou.

Convencida.

~×~

Acabei dormindo o resto da tarde. Acordei com o meu pai puxando o balde de frango da minha mão.

"Não! Traz de volta. Por favor. Me dá.", pedi.
"Nem pensar, você vai ficar gordo e feio e com a pele oleosa cheia de espinhas e homem nenhum vai querer você.", falou.

Voltei ao chorar quando ele me abraçou.

"Não fica assim, Mo Leanbh. (Meu bebê/minha criança.)", falou.

"Ele preferiu outro. Eu não sirvo para nada.", falei.
"Não é verdade, filho.", falou.
"É sim.", vi minha mãe entrar no quarto.
"Em que lado você está, mulher?", perguntei.
"Do lado racional.", falou e deu um beijo em minha bochecha.

Só Maura sabia me dar carinho daquele jeito, e sem perder a pose de imbatível.

"Sabe o que eu acho?", meu pai perguntou.
"O que?", perguntei.
"Eu acho que você é bonito demais pra estar chorando por um garoto, por mais bonito que ele seja. Acho que você não alinhou esses dentes para esconder esse sorriso maravilhoso.", meu pai falou me fazendo sorrir. "Acho que tá na hora de sair desse quarto, quem sabe ir ao shopping? Sair um pouco. Você é bonito demais para estar desse jeito.", falou.

"E eu acho que já está na hora de darmos um jantar maravilhoso para os nossos vizinhos novos.", Maura piscou para o meu pai.

Isso não era boa coisa.

"Tudo bem... Eu juro que amanhã eu vou estar melhor. Mas hoje... Será que eu posso dormir com vocês?"

"Não. Hoje não.", minha mãe falou.
"Maura!", meu pai murmurou.
"Hoje é sexta, SEXTA.", falou.
"O que tem na sext... Ah não. Eu me recuso.", falei, logo voltando a chorar.

Eles não estavam falando sério, estavam?

Enquanto eu estou aqui vazando pelos olhos, eles estão pensando nisso?

O que eu sou para eles?

Aliás, o que eu sou para alguém?

O universo resolveu acabar comigo? É isso?

"Você vai dormir com a gente sim!",  meu pai falou.
"Por que você casou com essa mulher?", perguntei.
"Eu jurava que ela era rica.", meu pai falou e me cobriu.

Minha mãe desligou a luz.

"Boa noite.", falei.
"Boa noite, amor.", minha mãe falou.

Sonhei com olhos azuis, aquela noite.

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Atraso mais não falto. Ahauahahah

10K! Vocês querem me matar mesmo! Eu não aguento.

Gente... Eu estou morrendo de sono,  mas eu quero ver o desfile da Mangueira.

Isso soou esquisito, mas enfim...

Pergunta: Se você pudesse estar em qualquer lugar agora, onde você queria estar?

Me: No colo do crush, pq né, o crush tem 1:80 e poucos e tipo eu tenho curiosidade em ver o mundo de lá de cima sabe...

Melhor parar por aqui. Bye.

See The Sea • L.S (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora