Real Life - Louis

2.7K 333 96
                                    

Estou na bad
Meu crush tá com outro.
Tendo crise de existência
Porque já já farei 18.

Estou muito na bad mesmo
Por isso meu rap tá sem agito
Espero que curtam
E se emocionem nesse capítulo.

~♡~♡~♡~♡~

Louis P.O.V

Estava dormindo profundamente. Estava relaxado em minha cama quando ouço duas batidas na porta do quarto.

"Pode entrar, mãe.", murmuro.
"Bom dia, amor.", diz antes de entrar.
"Bom dia.", murmuro com o rosto entre os travesseiros.
"Levanta. Já são 13:00h e você tem visitas.", declarou.
"Mããeee.", resmunguei. "Eu estou de férias, quero dormir até o mês que vem. Pera. Visitas?", perguntei sentando na cama.
"Sim, aquele rapaz bonito...", falou com um tom nada usual.

Deitei de novo enquanto cruzava os braços. Ela abriu as cortinas.

"Mãe...", murmurei.
"O quê? Eu só disse que ele é bonito.", falou.
"A senhora sabe o nome dele. Não se faça de desentendida.", falei.
"Eu não quis insinuar nada.", falou. Virei em sua direção. "Tá. Tá bom, tá acontecendo algo?", perguntou sentando rapidamente na cama, quase me fazendo perder o equilíbrio.
"Não, nada. Eu só estou fazendo isso pelo Des.", falei.
"Só pelo Des?", perguntou.
"Sim, mãe. Apenas pelo Des.", falei.
"Em suas férias?", perguntou. Bufei.
"Desisto, ok? Eu vou esquecer esse questionário e vou tomar um banho frio.", falei levantando da cama e procurando minha sandália com os pés.

"Estão aqui.", minha mãe falou, colocando a sandália à frente dos meus pés. Bufei.
"Mãe! Quantas vezes tenho que pedir?", perguntei.
"Desculpa, eu só queira ajudar.", falou. Suspirei.
"Não. Desculpa... Eu só...", tentei.
"Eu entendo.", falou e deu um beijo em minha testa.
"Pede ao Harry para esperar um pouco.", pedi.

Levantei e me dirigi ao banheiro que ficava em meu quarto. Escovei os dentes e tomei um banho frio rápido. Saí do banheiro enquanto me secava e tateei a cama em busca da minha roupa, que a minha mãe sempre deixa na cama. Até isso me atrapalha, nem minhas próprias roupas eu posso pegar. Às vezes isso é frustante.

Me vesti e rumei para a sala. Logo senti o seu cheiro, o denunciando.

"Não sabia que acordava tão tarde, ceguinho.", falou.
"Não sabia que gostava de andar de ônibus.", falei.
"Meu pai liberou o motorista. Só não posso dirigir.", falou. Assenti.
"Isso é um avanço.", falei.
"É, eu sei.", falou.
"Já comeu alguma coisa? Eu acabei de acordar, então estou faminto.", falei.
"Na verdade já, se quiser, posso te fazer companhia.", falou.
"Oferta inegável...", falei. Ele riu.

Fomos para a cozinha. Geladeira. Porta. Segunda prateleira. Leite. Armários. Primeira porta. Cereal. Segunda porta. Tigela.

"Você vai comer cereal a essa hora?", perguntou.
"E quando é hora?", perguntei. "Além disso... pelo menos posso fazer sozinho.", murmurei.
"Sua mãe não parece se importar em te ajudar.", ele disse.
"Eu não preciso de ajuda.", murmurei.
"Eu queria que a minha mãe me ajudasse. Às vezes...", falou.

Suspirei.

"Eu sei, tá? É só que... Eu. Eu me sinto culpado. Culpado por suas preocupações. Por estar sempre só. Por seu mundo girar ao meu redor. Eu já sou uma carga imensa para ela, só não quero piorar as coisas.", soltei.
"A culpa não é sua, Louis. Não se culpe, você é especial.", falou.
"Especial...", Bufei.
"Especial sim. Alice me contava, quando eu era pequeno, que haviam pessoas especiais em nosso meio. Elas eram anjos e tinham alguma missão aqui na terra. Talvez você tenha alguma...", falou. Ri.
"Você realmente acredita nisso?", falei.
"Você não?", ele perguntou sério. Parei de rir.
"Você realmente acha isso?", perguntei.
"Acho.", falou.
"Se... Uh, se o que diz for verdade... O preço a ser pago é muito alto.", falei.
"Tudo tem o seu preço.", falou.
"Bom... O que vamos fazer hoje?", perguntei.
"Achei que você ia me apresentar a vida real.", falou. Sorri.
"Oh sim. Como pude esquecer?", perguntei. Senti patas se apoiando em meu colo e depois senti cócegas em minha bochecha.

"Luna!", beijei seu focinho.
"Ela está grande...", Harry falou.
"Meu bebê.", falei enquanto acariciava o pêlo dela.

~×~

"Para onde vamos?", perguntou ao entrarmos no táxi.
"Para o Save Inocents, Jhon. Por favor.", pedi ao taxista.
"Okay Lou. A Luna está cada vez maior.", falou.
"Ela tem comido bastante.Gorda...", murmuro enquanto acariciava sua cabeça em meu colo.
"O que é Save Inocents?", Harry perguntou.
"É uma ONG para crianças que foram encontradas nas ruas, rejeitadas pelos pais ou órfãos.", falei.
"Ahh. O que elas fazem lá?", perguntou.
"Bom... Ela recebem ajuda médica, amigos, comida.", falei. "Eu sempre fazia uma visita, mas depois acabou ficando mais complicado. Então...", concluí.

~×~

"Lou!", os pequenos garotos gritaram e correram até a mim, abraçando minhas pernas.

Sentei no chão, abraçando uma a uma.

"Quem é ele?", um dos garotos perguntou.

Lembrei que não estava só. Crianças fazem eu esquecer do tempo.

"Oh! Esse é o Harry. Eu trouxe ele para brincar com a gente.", falei.
"Oi Harry!", gritaram e foram falar com ele.
"Uh... Oi.", Harry falou.
"Seu cabelo é fofo.", falou uma das meninas.
"O seu é mais.", ele disse. Ela riu.
"Jura de dedinho?", perguntou. Harry riu.
"Juro de dedinho.", Harry falou.

A tarde inteira se passou assim. Eu e Harry brincando com as crianças. Brincamos de Pega-pega - onde eu corria com a ajuda de um dos garotos, que me puxava pelas mãos para um lado e para o outro atrás dos pequenos. -, de jogar bola, cantamos, dentre outras coisas.

O problema foi ao terminar tudo. Quando as crianças se recuavam a me deixar ir. Tive que prometer que voltaria milhares de vezes. Harry deixou eu me despedir das crianças e foi conversar com a líder da ONG para entender como poderia ajudar.

"Lou.", uma pequenina chamada Sam chamou.
"Oi pequena.", me abaixei.
"Eu fiz esse desenho para você.", falou rindo.

Senti um aperto no meu coração. Peguei o desenho de suas pequenas mãos e coloquei à frente do meu rosto. Então sorri amarelo.

"Ele é lindo, pequena Sammy.", falei e dei um abraço nela.
"Você gostou?", perguntou.
"Sim, eu gostei.", falei. "Eu volto para te ver. Tchau pequenos!", falei antes de sair da sala.
"Tchau, Lou.", gritaram.

Saí do cômodo com o desenho em mãos e os olhos marejados. Sentei no corredor e deixei que as lágrimas descessem e seguissem seu curso. Senti Luna colocar a cabeça em meu colo. Abracei ela e continuei chorando.

"Louis?", Harry chamou e sentou ao meu lado. "Lou... Porque está chorando?", perguntou.

Não respondi.

"Heey, não chore.", me abraçou. "Tá tudo bem.", falou.

Dei o desenho a ele.

"Eu tive que mentir... Eu nem ao menos sei o que tem aí... Eu odeio. Odeio tudo isso.", falei.
"Você não precisa saber o que tem aqui, Lou. Hm? O que importa mais: quem lhe deu ou o que está na folha?", perguntou.
"Quem me deu.", falei.
"Então...", ele me abraçou de novo.
"Eu sei... Eu só queria ver o que é...", falei voltando a soluçar.

"Os meus olhos são seus, Louis Tomlinson.", ele disse. "Vamos ver. Juntos.", falou.

Pegou a minha mão e colocou em cima do desenho. Movendo minha mão ao redor do desenho enquanto falava.

"Aqui temos uma garotinha de cabelos castanhos e vestido rosa. Aqui do lado temos você, está com seus oculos escuros, uma camisa azul e com uma calça amarela, bem excêntrica para falar a verdade. Aqui está a Luna. Ela tem três pernas, mas tudo bem.", falou. Caí na gargalhada. Ele riu. "Aqui está escrito L-O-I-S, sem U e com letras atrapalhadas. E há varios corações espalhados na folha.", concluiu.

Me deu o desenho de volta.

"Viu?", perguntou.
"Vi.", admiti. "Obrigado, Harry.", falei.
"Obrigado você, Louis.", falou.
"Por quê?", perguntei.
"Por tudo.", falou.

~♥~♥~♥~♥~

Estou pensando em att apenas quando o número de views for igual ao de likes. Odeio fazer isso, mas temos muitos fantasmas por aqui :(

Apareçam crianças, eu não mordo. Só se pedir ;)

All the love ♡'

See The Sea • L.S (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora