Love - Harry

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HARRY P.O.V

Sorri ao descer do carro e observar a casa tão conhecida. Agradeci ao motorista, que se despediu com um leve sorriso e vi o carro deslizar pelo asfalto ao se afastar lentamente.

Respirei fundo.

Não entendo o motivo de tanto nervosismo. Não é como se eu nunca tivesse vindo aqui. Não é como se eu não soubesse o que esperar. Não é como se eu não o conhecesse ou como se não soubesse suas vontades. Mas sinto que algo dentro de mim tivesse dado um click. E não é algo que posso mudar. Não, se ao menos sei do que se trata. Ainda.

Balanço a cabeça ao perceber quão idiota devo estar parecendo na frente da casa dele, parado em frente ao jardim, sorrindo como um idiota para ninguém em específico. Agradeço por ele ser cego e não poder ver como eu pareço ridículo quando estou perto dele, mas bato na minha testa ao perceber a idiotice que estou pensando.

Avanço devagar e adentro a varanda. Bato duas vezes na porta e dou dois passos para trás.

"Pergunte...", ouço a voz de Anne ser interrompida por Louis.
"Quem é antes de abrir. Eu sei, mãe.", diz indignado.

Escuto passos rápidos até a porta. Ele não deveria correr tanto. Mas tenta dizer isto a ele.

"Quem é?", pergunta.
"O moço bonito.", respondo tentando controlar meus batimentos cardíacos. Totalmente em vão.
"Deve ser engano.", abriu a porta. "Desculpa, não enxergo nenhum moço bonito.", diz dando de ombros.
"Você não veria mesmo que eu me esfregasse em sua cara.", disse.
"Eu adoraria que você tentasse.", sorri.

Puxei o garoto pela cintura, fazendo-o rir.

"Oi, amor.", sussurrei.
"Oi, Hazz.", falou.

Selei meus lábios nos seus. E deixei que ele apoiasse sua cabeça em meu ombro quando sentamos lado a lado no jardim com Luna deitada aos nossos pés.

"Você está diferente.", disse.
"Eu estou apaixonado. Não me culpe.", falou.
"Ah, é?", perguntou.

Assenti.

"E eu posso saber por quem?", questionou. Ordenou, na verdade.
"Você ainda tem dúvidas?", perguntei beijando-o.

Louis riu.

"Hoje eu estava pensando em algo...", soltei.

"Me diz.", pediu.
"Não ria de mim, é só uma pergunta boba e eu não quero que pense que estou te pressionando ou algo assim, é só que não sei, acordei hoje e me deu isso na cabeça", fui interrompido com um beijo.
"Harry.", chamou.
"Hm?"
"Fala logo.", riu.

Comecei estalar os dedos, como fazia sempre que ficava nervoso. Respirei fundo.

"Você quer... casar?", perguntei rápido.

Louis ficou de pé rapidamente. Olhei estranho. Sentou de novo e depois abriu a boca umas cinco vezes e fechou.

"Eu sei que é cedo de mais para isso. Não estou te pedindo em casamento e eu sei que não é simples assim. Eu só quero saber se você quer isso porque se você quiser... Eu quero.", disse tudo num só fôlego.
"Eu não sei.", Louis falou sorrindo grandemente e balançando as mãos de forma confusa.

Sorri.

"Como assim você não sabe?", perguntei.
"Eu só... Não sei. Mentira, eu gostaria. Muito. É só que você me pegou desprevenido.", disse. Depois virou o rosto. "Agora você me deixou nervoso, Hazz.", disse.
"Acredite, eu também estou.", falei. "Mas não existe uma fórmula mágica, não é?", perguntei.
"Como assim?", perguntou.
"Não existe como avançarmos para o capítulo do casamento e então para o felizes para sempre, não é?", disse.

See The Sea • L.S (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora