Habits - Horan

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Levantei cedo pela manhã, peguei meu celular, olhei as horas.

6:30

Conferi algumas mensagens, nada especial. Que máximo...

Tomei um banho frio para acordar. Meus pensamentos voaram até Louis. Faz tempo desde que o vi.

Mas okay, agora ele tem um namorado que pode levá-lo para almoçar num restaurante caro e eu não deveria me importar com isso.

Siga em frente, Niall. Meu consciente pede.

Desligo o chuveiro e saio do banheiro. Encontro Ed jogado na minha cama.

"Puta que pariu. Que diabo você está fazendo aqui?", perguntei.
"Ué, você me pediu para te esperar.", falou.

Respirei fundo.

"Geralmente, a gente espera na sala.", falei.

Fui até o guarda roupa.

"Foi mal, loirinho. É que a porta estava fechada...", sorriu pra mim.

Que?

"E por onde você entrou?", perguntei.

Olhei para a janela.

"A janela estava aberta.", falou e sorriu.
"Você subiu por onde?", perguntei incrédulo.
"Ahhhh.", deu de ombros. "Hoje eu percebi que minha varanda fica em frente à sua. Legal, não é?", falou.

Oh, claro...

"Você não pode entrar aqui assim?", gritei do banheiro enquanto me vestia.
"Por que?", perguntou.
"Eu poderia estar pelado... Ou... Com alguém?", falei.
"No primeiro caso, maravilha. No segundo, se eu não estou, com quem mais você estaria aqui, loirinho?", perguntou.

Saí do banheiro.

"Você precisa acordar desse mundo onde te pertenço, urgente.", falei.

Ele riu.

"Não pertence ainda.", falou.

Saí do quarto e deixei o ruivo lá. Logo ele estava atrás de mim.

"Bom dia, Niall.",minha mãe falou.
"Bom dia, mãe.", falei.
"Bom dia.", Ed sorriu.
"Oh, Ed. Você dormiu aqui?", minha mãe perguntou. "Festa do pijama?", disse com um sorriso malicioso.
"Não, ele invadiu meu quarto pela janela.", expliquei.

A única coisa que a minha mãe fez foi rir e dizer algo como: "Esses adolescentes... Ai que fase."

Ed sentou-se à mesa comigo.

"Você é folgado!", falei.

Ele sorriu.

Percebi que o garoto não parava de me olhar.

"Qual o problema agora, Ed?", perguntei.
"Você está chateado comigo?", perguntou.

Olhei para ele.

"Não de fato.", falei.
"Desculpa. Na próxima eu venho como um bom garoto, pela porta.", falou.
"Esquece isso.", pedi.

O fato é que embora seja um chato insistente, o Ed é legal.

Ele assentiu e pegou um copo de suco para ele. Folgado.

~*~

"Ed, o que você está fazendo?", perguntei.
"Pegando os pratos limpos?", perguntou com a melhor cara de desentendido.

Joguei água na cara dele.

"Ouch.", gritou chamando atenção dos clientes.
"Ouse ficar me encoxando no meu trabalho e eu desisto de te dar esse emprego.", falei sério.

O restaurante precisava de mais um funcionário. Ed precisava de um emprego. Achei que ele seria uma ótima pessoa pra isso.

Parece que eu estava errado.

"Me desculpe.", pediu. "Juro que não faço de novo."

Revirei os olhos e fui atender uma família que havia acabado de chegar.

"Bom dia."

~×~

"Loiro.", ouvi Ed me chamar.

Continuei quieto.

"Niall... Por favor, fala comigo.", pediu.
"Eu estou no meu horário de almoço, não me irrita.", falei.
"O que eu tenho que fazer para você me perdoar?", perguntou.
"Eu não quero falar sobre isso.", falei.
"Fala comigo.", pediu.

Revirei os olhos.

Ele sentou no chão, do outro lado da pequena sala de funcionários onde estávamos.

"Você é complicado...", falou.

Arqueei as sobrancelhas. Ele prosseguiu.

"Você não gosta de mim, não é, Niall?", perguntou.

O olhei por algum tempo em silêncio.

"Eu gosto de você.", falou.
"Eu gosto de outra pessoa.", expliquei.

Ed ficou em silêncio.

"Então é por isso?", perguntou. Assenti.
"Ele é um cara de sorte.", falou.

Dei risada, apesar de querer chorar.

"O Harry é um cara de sorte.", falei.
"É o nome dele?", perguntou. Neguei.
"É o namorado dele.", deixei uma lágrima cair.
"Oh... Isso é uma droga, não é?", perguntou ao me abraçar.

Assenti.

"Não é porque eu gosto de você, mas sabe... Você devia procurar alguém que goste de você.", falou.

Respirei fundo.

"Devia.", olhei em seus olhos.
"Devia.", ele repetiu.

Ficamos nos encarando durante um tempo.

"Eu gosto dele.", falei.
"Eu sei.", respondeu.
"Eu não sei se consigo.", falei.
"Tentar não custa nada.", falou.
"Pode demorar.", disse.
"Eu prometo ser paciente.", falou.

Sorri. Olhei para meus pés.

Senti sua mão acariciar meu rosto, deixando-o vermelho.

"Posso?", perguntou.

Assenti.

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Hi baby,

Então, isso não é uma volta ainda, okay? Esse é o capítulo que falei.
Já estou providenciando um notebook novinho.

Obrigado pelos 52K de views! Mds nunca nem pensei nisso, sério obrigado por tudo e pela paciência.

Ah, please a história não acabou gente, tem algumas coisinhas pra acontecer ainda. Vocês não perdem por esperar.

Amo voces,

Lui.

See The Sea • L.S (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora