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Ele o quê?!


Depois da Clara ter estado cá em casa, a conversa tornou-se bastante óbvia: ela estava a gozar com a minha cara!! 

Veio com uma conversa sobre o João que eu não consegui descobrir o que era, parecia demasiado óbvio, mas não cheguei lá. Não deve de ser nada, afinal de contas, ele é o meu irmão, quer dizer... meio-irmão.

"(...) Ainda continuas cega?"

O que é que ela quereria dizer com isto?! Ai Clara, cada vez te percebo menos.

Assim que a Clara saiu de casa, fui comer qualquer coisa e voltei para o quarto.

"O que é que a Clara queria?"

"Que susto! O que é que estás aqui a fazer?"

"Não posso?"

"Não e por favor, não voltes a repetir este acto. Ok?"

"Está bem maninha, peço desculpa."

"As tuas desculpas não eliminam o susto que apanhei contigo."

"Não sou assim tão feio, tu ganhas-me sem esforço algum."

Ele está a irritar-me profundamente.

"As tuas bocas não me ofendem."

"Pois não, eu sei disso."

"Sabes?"

"Sim! Porque é verdade."

Bolas!

"Já chega. Sai!"

"Como queiras, maninha, como queiras..."

"Agora!"

Apontei com a minha mão para a porta e ele parou a meio do caminho.

*Agarra*

"As tuas mãos são tão suaves."

"Sai!"

"Deixa-me cheirar antes de sair."

"João, sai ses faz favor e pára com esse tipo de comportamentos."

"Desculpa, mas sabes..." *sussurro* "Um dia ainda vais pedir por mais."

O quê?!

ELE O QUÊ?!!??

Não pode, isto não pode estar acontecer. Como é que ele pode?

*Fecha a Porta*

"Finalmente saiu."

*Suspiro*

Estou cada vez mais cansada das atitudes estranhas que ele tem tido nestas últimas semanas, parece uma pessoa diferente desde que acabou com a namorada e foi para a cama com a ex.

Parece estranho estar a dizer 'foi para a cama', mas é verdade e eu estou sozinha no quarto, portanto posso falar como EU QUISER.

Adiante... 

Finalmente a noite caiu e os meus pais chegaram a casa.

"Marta, fizeste alguma coisa para o jantar?"

"Sim mãe, fiz um pouco de canja."

"Era mesmo isso que eu estava a precisar. Obrigada querida!"

A minha mãe é uma pessoa de grande porte e de grande educação, parece que teve desde pequena aulas de etiqueta. 

Fui para o meu quarto depois do jantar e alguém bate à porta.

"Posso?"

"O que queres?"

Era o João.

"Só te queria pedir desculpas pelo que se passou esta tarde."

"Pois."

"Não estava em mim, parece que tive um pouco de..."

"De...?"

"D-de ciúmes."

"E porquê?"

"Porque ela está quase sempre contigo e embora vivemos na mesma casa, quase nunca estamos juntos."

"E porque é que queres tanto estar comigo? Para me atormentares ainda mais?"

"Não! Só te quero fazer feliz."

Feliz? 

"Mas eu já sou feliz."

"Pensas que sim, mas lá no fundo sabes que te falta qualquer coisa."

Não percebo onde é que ele quer chegar com a conversa. 

"Diz-me o que falta."

"Amor!"

"Amor? Mas isso já tenho."

"De quem?"

"Da minha família, dos meus amigos, ..."

"E de um rapaz em especial?"

"Quem?"

"Exatamente."

"Não preciso cá de namorados, sabes disso."

"Toda à gente precisa de ser amada pela tal pessoa em especial."

"Sim, mas..."

"Mas nada."

Fo**-se.

"Onde é que queres chegar com tudo isto, João?"

"Se eu tivesse a coragem, mostrava-te a resposta mais óbvia para isto tudo."

"Que tudo?"

Ele virou as costas e saiu do meu quarto. Parece que aquilo foi mais um aviso em forma de código.

"Volta aqui e diz-me o que se passa..."

"Ainda não percebeste, pois não?"

"Perceber o quê, Leonardo?"

"Esquece."


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Tive bastante tempo sem actualizar e fiquei sem inspiração. -_-

Beijinhos!!!!!!

Um Natal de ComédiaOnde histórias criam vida. Descubra agora