Natal, Ano Novo, ... e a Família Silva estava super ansiosa pelo grande jantar de família.
Mas muitas coisas acontecem pelo caminho, o que será que irá acontecer antes do fim do ano?
Depois do beijo, fiquei sozinha na sala, ao que parece ele foi sair com os amigos que já não via à semanas.
Eu comecei a estremecer sozinha na sala, tudo ficou sem vida e eu sem acção.
Preciso de sair daqui, preciso de me distrair.
Clara!
*Chamada*
"Estou?"
"Clara? Estás disponível?"
"Sim, então?"
"Não gostavas de sair?"
"Marta, normalmente sou eu quem te convida para sair. Passa-se alguma coisa, não é?"
"É assim tão óbvio?"
"Um pouco, para quem te conhece bastante bem, repara logo nisso."
"Então, sempre saímos?"
"5 minutos e estou aí."
"Até já."
*Chamada Encerrada*
Uffa! Finalmente posso sair, mas se ela me perguntar pessoalmente o que se passa, como é que irei explicar? É... é de loucos.
*Campainha*
Deve ser ela.
"Desculpa, mas não tinha as chaves."
Era ele, o que é que eu vou responder?
"Marta? Está tudo bem?"
"Desculpa, s-sim, está tudo bem. Como é que te esqueceste das chaves?"
"Oh! Aconteceu."
"Está bem."
Fui para o quarto preparar-me, arrumar a mala e calçar-me, quando ouço a campainha tocar.
"Olá João."
"Olá Clara, o que estás aqui a fazer?"
"Eu e a tua irmã vamos sair."
"E vão a onde?"
"Não te preocupes, eu cuido muito bem dela."
"E como é que eu posso confiar em ti?"
"Porque eu sei o que sentes por ela."
"Bem visto."
O quê?! Afinal ela também já sabia e não me disse nada? Como? Como é que ela teve a coragem de me esconder tudo isto de mim?
Desci as escadas e encarei-me com eles à porta de entrada.
"Já sabias?"
"Marta, era bastante óbvio... mas o quê? Já sabes?"
"Eu beijei-a." - Terminou o João.
Foi a resposta que eu precisava para ficar nervosa mais uma vez e com tudo isto, fugi para o quarto e tranquei a porta.
O João veio atrás de mim e começou a bater na porta.
"Marta? Marta, sai já daí. Porque é que correste? Deixa-me falar contigo, por favor."
"Sai daqui, tu, a Clara e todos vocês. Não passam de falsos que só sabem esconder coisas atrás de coisas da minha pessoa para depois quando finalmente descubro, sou encarada com tudo isto."
"Nós não te escondemos nada, simplesmente não abriste os olhos quando as respostas eram bastantes óbvias."
Como assim eram bastantes óbvias? Estarei assim tão cega que talvez estejam a esconder mais coisas de mim nesta altura? Quase no fim do ano e tudo mudou nestas férias, a minha vida deu uma grande reviravolta, inclusive a minha própria cabeça.
Passaram horas e nunca mais ouvi o João a chamar por mim, portanto calculei que se tinha ido embora, que tinha desistido, mas quando abri a porta, ele estava a dormir no chão à espera que eu saísse.
Ele ouviu a porta e levantou-se o mais depressa possível, deparou-se com a minha cara de choro, cheia de lágrimas secas, recentes e ficou aborrecido.
"Marta, porquê?"
"Porque é que me amas tanto ao ponto de me surpreenderes da pior maneira?"
"Desculpa, não era a minha intenção de te deixar mal, a sério... o que menos desejo nesta vida e na próxima se me for possível, é deixar-te mal, magoar-te e desiludir-te."
Depois das palavras dele, em questão de segundos, ele abraça-me com a maior rapidez do mundo e toda a sua força humana.
"João?"
"Marta, desculpa."
As suas lágrimas caiem da cara dele sob os meus ombros, as palavras dele tornam-se pesadas e tristes, arrependimento se instala na sala e a vontade de chorar aumenta.
"D-desculpa, por tudo... eu não sabia como te contar, portanto eu tomei outro tipo de atitude e beijei-te, só mesmo porque não aguentei mais guardar tudo isto para dentro de mim."
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Eu odeio ver alguém a chorar, principalmente os meus irmãos, os meus pais e ...
... E ele.
"Chega de choradeira. Limpa a cara, ses faz favor."
"Ficamos bem? Desculpa!"
"Eu desculpo."
"E eu prometo que irei lutar por ti até ao fim."
"Podes sempre tentar."
Ele ficou a olhar para mim com uma cara de admirado e espantado. Como se tivesse sido surpreendido.
"Gostei dessa resposta, animou-me logo em seguida."
"Mas... eu não disse nada de nada."
"Não! É claro que não, maninha."
Começou a sorrir para mim com uma grande cara de pau e eu fiquei furiosa.
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