Um Natal de Comédia

#345

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Chegou a manhã e o Ricardo ainda se encontrava a dormir comigo, acordei-o gentilmente e mandei-o ir deitar-se pra cama dele, porque estava frio e ainda era muito cedo.

"Ricardo, acorda."

"Ainda é cedo, deixa-me dormir."

"Sim, mas prefiro que te deites na tua cama do que na minha."

"Está bem!"

Parecia um zombie a levantar-se da cama, até me deu vontade de rir, mas estava demasiado cansada  para isso.

"Dorme bem."

"Obrigado Marta."

Fui comer qualquer coisa quando vejo o João a ir para a sala ligar a televisão. Esperem... ele foi para a sala primeiro? Normalmente ele vem comer e depois é que vai ver televisão.

Oh! Aí vem ele.

"Bom dia."

"Só se for para ti."

"Já reparei que sim, foste para a sala primeiro."

"E?"

"Nada, comes sempre primeiro e só depois é que vais ver televisão."

"Existe sempre uma primeira vez para tudo."

"Não percebi essa, mas deve ser do sono."

"Sim, deixa-me."

"Não te estou agarrar."

Aquele olhar desprezador irritou-me logo pela manhã. Não disse mais nada e limitei-me a comer.

Fui para a sala e ele veio atrás, mas não disse nada e ainda bem.

"Passa para cá o comando."

"Desculpa?"

"Estás desculpada, agora... o comando, ses faz favor."

"Compra um para ti."

"Não tenho dinheiro, dás-me algum?"

"Vai trabalhar."

"Não dá para falar contigo de manhã, Marta."

"Se já o sabes, porque é que continuas a falar?"

"Nem sei."

"Falaste outra vez, já andas a perder a pica toda."

"Não me chateeis e passa-me o comando."

"Vai lá buscar o ferro de passar que eu passo-te o comando em menos de nada, assim aprendes a queimar objectos."

"És muito brincalhona."

"Obrigado."

Penso que consegui irritá-lo em apenas uma manhã, mas não me preocupa, porque vê-lo assim faz-me ficar descansada, pois significa que está normal.

Quando ele fica demasiado simpático e começa a pedir desculpas ao acaso a toda à gente, é porque está totalmente "normal" (ou seja, doente).

Entretanto o Ricardo e o Leonardo acabaram de acordar e dirigiram-se para a cozinha.

"Meninos, há cereais dentro das prateleiras."

"Ok Marta."

"E bom dia."

"Bom dia Marta."

Parecem super cansados, aposto que o Leonardo ficou acordado até às tantas a jogar.

Os meus pais acordaram mais cedo, pois tinham trabalho, mas deixaram as luzes ligadas e como tal eu tive que as desligar. Depois queixam-se da conta da luz ser demasiado alta.

Anyway... I don't care. Preciso de descansar!

Fui para o quarto e lá fiquei até bater a noite. Voltei a jogar ao Call Of Duty e sinceramente, comecei a gostar imenso do jogo. 

Bateram à porta...

"Marta, posso entrar?"

... e era o João, mais uma vez. (Tenho mesmo que parar com este suspense todo.

"Já entraste, o que quereis?"

"Queria falar contigo."

"Diz."

"Acerca do que te queria dizer na outra vez..."

"Sim!"

"Sabes... nós não somos exatamente irmãos de sangue, certo?"

"Sim, certo."

"Então, eu... eu acho que comecei a sentir um grande carinho por ti."

"João, estás doente? Como assim um grande carinho?"

"Um carinho que nunca antes tinha sentido durante muito tempo."

Ele agarrou-me na mão e ficou cada vez mais próximo, mas acabei por me afastar, ficar numa ponta do quarto e ele noutra.

"Não precisas de te afastar, eu não me aproximo, só não quero assustar-te com a conversa."

"Não assusta, mas está-me a dar confusão. Do que é que estás a falar?"

"Com o tempo irás descobrir."

What?? Agora fiquei assustada.

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MALTA, SE NÃO FOR PEDIR MUITO, GOSTAVA QUE COMENTASSEM O QUE ESTÃO ACHAR DA HISTÓRIA E O QUE ESTÃO A GOSTAR MAIS NELA!!!!!! Partilhem ao máximo para que todos leiam e gostem tal como vocês. 

Este capítulo foi curto, mas sentimental, uhn?!?!? Eu sei!

Beijinhos!