Capítulo 13

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Levou alguns segundos para o André entender o que estava acontecendo, e logo surgiu um sorriso bobo em seu rosto.

Todos corremos para abraça―lo e desejar os parabéns, um por um; quando chegou a minha vez, lhe dei um abraço super apertado e sorri:

― Parabéns, Dedé!

― Valeu, Mari! ― respondeu, me abraçando novamente e dando um beijo em minha bochecha.

Após tudo isso, caminhamos até a mesa com bolos e salgados, cantamos os parabéns e partimos para a melhor coisa da festa: COMER!!

Brincadeirinhaaaaa! Apesar de comer ser muito bom, a melhor coisa da festa é o fato de você comemorar a data tão especial de alguém querido!. E eu não estou dizendo isso para parecer uma amiga mais legal!

De todo jeito, a festa foi bem simples e nada fora do normal aconteceu; apenas ficamos conversando, tirando algumas fotos e lanchando, até que o Felipe disse, um pouco alto:

― Ei, pessoal, melhor irmos para a Taverna! A galera já chegando.

Nos olhamos e apenas concordamos, nos despedimos dos meus avós e da dona Sara, e logo saímos andando.

Rapidamente já estávamos em frente à Taverna, onde algumas pessoas já se encontravam do lado de fora, conversando.

Assim que chegamos eles exclamaram coisas do tipo: "Graças à Deus!", "Já não era sem tempo!" ou até mesmo "Vieram de jegue, foi?!".

Me apressei e retirei as chaves do bolso, destrancando a porta, e ligeiramente todos entraram e o Felipe já estava ligando o som.

Em questão de minutos, mais e mais pessoas chegavam, e os meninos ― incluindo João Pedro ― já estavam com bebidas na mão e conversando com algumas garotas!!!

Dani, Bia e Alice também dançavam, e me forçaram a fazer o mesmo; fiquei meio sem graça no início, mas logo estávamos dando boas gargalhadas.

As pessoas foram chegando e a Taverna logo foi lotando, ficando supreendentemente cheia, estava começando a achar que toda a população de Maré Alta estava ali! Haviam pessoas que nem mesmo o André conhecia. Eu tinha certeza que aquilo era coisa do Felipe, do jeito que ele é, não havia outra pessoa suspeita!

Estava pegando um coquetel numa mesa afastada das meninas, quando senti algo tocando minhas costas.

Virei―me bruscamente e encarei Rafa.

― Você quer me matar de um susto por acaso?! ―perguntei, bufando.

― Vem cá! ― disse, me puxando até um canto discreto.

Fiquei um pouco impressionada quando, no caminho, vimos um casal se beijando loucamente...

― O que você quer?!

― Olha, eu tive um plano... ― ele disse, olhando para os lados e depois para mim.

― Um plano para...?

― Mari, raciocina!

― É oque estou fazendo! ― exclamei, impaciente.

― Saca só: numa festa, as pessoas ficam com as outras. E onde estamos?! Numa festa. É minha chance perfeita de ficar com a Bia!

Suspirei.

― Ah, não sei, não, Rafa... a Bia gosta mesmo do Peter.

― Ela também pode gostar de mim! Olha, Mari, a verdade é que você não pode ficar sonhando com as coisas todas as noites, e apenas desejar que num passe de mágica tudo se resolva. É só que... todos podemos ser felizes um dia, nós só precisamos lutar por isso.

Por Água AbaixoOnde histórias criam vida. Descubra agora