Capítulo 14

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OLÁ PESSOAL! Bom, depois de 400 anos estou com o capítulo novo; Pequeno? SIM! E eu odiei ele! Mas estou com um bloqueio terrível e isso foi o melhor que consegui. Peço desculpa à vocês, porque, sinceramente, esse capítulo não ficou bom :\ Sinto muito, mas conto com vocês. Até breve - não sei quando irei escrever o próximo capítulo.

Âncoras, pipocas, doces e beijocas!

Demoraram alguns segundos para que eu conseguisse raciocinar; quase que imediatamente exclamei:

— Como?!

A tal Luísa me lançou um olhar desconfortável. Comecei a olha—la bem; ela tinha os cabelos negros e bem lisinhos, além de usar óculos. Era um pouco magra e baixinha, eu era um pouco maior.

—Você não sabe que ele tem uma namorada?

"Na verdade, eu sei, sim, e também sei que você terminou com ele!"

"Calada consciência!"

Após parar com meus próprios devaneios, gaguejei:

— S—sim, eu sei... — murmurei, de cabeça baixa, e a encarei novamente, colocando a mão na testa: — Olha, eu... eu bem cansada, então, amanhã a gente conversa melhor!

E saí correndo na direção do meu quarto; não importava saber naquele momento o por quê ela havia ido para Maré Alta, eu só desejava que não passasse de um sonho.

***

Acordei os raios de sol iluminando meu rosto através da janela, e senti minha cabeça latejando.

Coloquei a mão na mesma, balbuciando qualquer coisa e cambaleando até a porta; quando vestígios da nossa passada vieram até minha mente, soltei um gemido.

"Ah Meu Deus... João Pedro havia me beijado! Ah Meu Deus, a namorada dele está aqui! Ah Meu Deus, EU GOSTEI DO BEIJO!"

Mari?

Olhei para trás e vi a vovó parada ao lado do sofá.

— Bom dia, vó... — murmurei, sem ânimo, enquanto me sentava em um dos banquinhos no balcão da cozinha.

— Queria, está tudo bem? — apenas concordei com a cabeça, mentindo, é claro — Pois bem, o João Pedro deu um trabalhão ontem, mas conseguiu tomar banho... Eu fiquei bastante surpresa quando a namorada dele apareceu aqui, de repente. Por enquanto, ela está numa pousada, mas estava pensando em convida—la para passar um tempo aqui, não acho certo uma garota da sua idade estar morando sozinha.

Ela me entregou um copo de suco enquanto falava e quase engasguei quando escutei as palavras finais.

—Luísa? Morar aqui?!

A vovó apenas concordou.

— Vó, isso aqui não é hotel, tudo bem? E ela só vai ficar um tempo, não há necessidade.

— Um tempo? — perguntou, franzindo o cenho, enquanto retirava uma caixa de leite da geladeira — Mas ela disse que ia ficar aqui até o fim do ano e até já está matriculada na mesma escola que vocês!

Eu estava à beira de um surto e já havia saltado do banquinho, quando João Pedro adentrou na sala.

Ele estava com uma cara de sono e parecia estar prestes a dizer algo, mas não ouvi, porque saí correndo na direção do meu quarto, batendo — com força — a porta do mesmo.

"Aquilo está realmente acontecendo?!" — pensei, enquanto me jogava na cama, abraçando um dos meus cachorrinhos de pelúcia. "Por que estou tão incomodada? Não há nada entre João Pedro e eu!"

Meus pensamentos foram interrompidos quando escutei batidas na porta. Não respondi e logo notei uma pequena brecha aumentando cada vez mais. Levantei meus olhos e encarei João Pedro parado, encostado no portal.

— Posso entrar?

Assenti e me sentei na cama, olhando para o chão.

Ele fechou a porta, novamente, e caminhou até mim, sentando—se logo ao meu lado.

— Me desculpa por ontem, tá?

— Você lembra?

— Sim, eu lembro. — disse, soltando um suspiro.

Limpei a garganta, ainda encarando o chão.

— Mari, quero que saiba que oque aconteceu ontem não foi porque eu estava bêbado. Eu realmente queria aquilo.

Olhei para João, surpresa. Ele continuou:

— Para falar a verdade, eu sabia que ia acontecer, de um jeito ou de outro... mas eu não queria que fosse daquela forma.

— Como você sabia? — perguntei, cruzando os braços.

— É que... eu não consigo olhar pra você como olho para a Bia, a Dani ou a Alice. Eu enxergo você como mais que uma amiga! Desde a primeira vez que te vi, algo novo surgiu dentro de mim, e eu não queria admitir. Acho que foi por isso que te tratei tão mal... eu não podia aceitar. Eu tinha uma namorada e...

— Você tem. Você tem uma namorada.

— Não, eu não tenho. É que...

— Sim, você tem! Ela esteve aqui ontem à noite, João Pedro. Ela se mudou para Maré Alta, vai estudar na mesma escola que a gente... — ele estava completamente surpreso — Pois é, eu também fiquei assim. Então, acho bom esse "algo novo" — fiz aspas com os dedos — que surgiu dentro de você desaparecer agora, porque você está comprometido!

João Pedro parecia ainda estar captando oque eu havia dito, mas não ouvi mais nenhuma palavra dele. Saí correndo do quarto e voei pela porta, do jeito que eu estava, indo para a casa da Bia.

É incrível esse nosso jeito de ser; uma hora, odiamos uma certa pessoa, na outra, estamos felizes porque ela pode estar apaixonada por você, e no fim, estamos arrasados porque ela não pode ficar conosco.

E era exatamente assim que eu estava naquele momento.

   Eu mal havia convivido com João Pedro, mal o conhecia... mas parecia conhece—lo tão bem.

Eu, distraidamente, me apaixonei por ele.

E um beijo, apenas um beijo, me fez admitir isso.

2öR&D

Por Água AbaixoOnde histórias criam vida. Descubra agora