Capítulo 8

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Julian

O casamento já se aproximava, Eu agora estava nervoso, pois o detetive não dava sinais de que tinha encontrado a mulher que espera um filho meu, e Tanya só me olhava com desejo. O pior de tudo é que sempre que a beijava, eu lembrava de Mary. Era como se eu beijasse Mary. Algo dentro de mim estava diferente e eu sabia que era por causa dela.

Mary

O Natal chegou e passou, o Ano Novo também. Eu já não enjoava tanto como antes, mas em compensação a fome era enorme, minhas roupas estavam mais apertadas e meu ventre estava começando a crescer.

Julian

O detetive me ligou dizendo que tinha novidades para mim, e que me mandaria o retrato da mulher depois do casamento.

Estou nervoso, não fui trabalhar e não vi Tanya se levantar. Deve ter saído cedo, é o dia dela, o seu dia de noiva. Eu às vezes ria da empolgação dela nos últimos tempos.

Resolvi ligar para Mary.

–Oi, Mary.

– Olá, Julian. Parabéns, você chegou vivo até o dia do seu casamento. - ela falava rindo.

– Onde está?

– Em casa. Esqueceu que você deu folga a toda empresa para irem ao seu casamento? - eu sorri.

– É verdade. Estou ligando para saber se poderia me ajudar hoje, pois estou tão nervoso e só você sabe me acalmar. Poderia? – houve uns instantes de silêncio. - Mary?

– Sim, vou lhe ajudar sim. Onde está? - ela perguntava.

– Estou em meu apartamento. Se puder vir, ficarei muito feliz.

– Ok, estou indo, Julian. Até mais - ela desligou o telefone.

Mary

Peguei minha moto e fui para o apartamento dele, estacionei e subi. Apertei a campainha e aguardei. Quando a porta abriu, Julian apareceu só de toalha. Que visão meu Deus do céu!O que era aquilo!

– Entre, Mary. - entrei eprecisei tirar dos meus pensamentos que eu não deveria pensar.

– Estou aqui, mas você não parece estar tão nervoso assim. Agora posso ir? - eu disse nervosa pela forma como ele estava.

– Calma, Mary. Parece que é você que vai casar. - eu sorri.

– Desculpe, é que te olhando assim de toalha não tem como ficar nervosa. - ele sorriu e me olhou, se afastando um pouco.

– Desculpe pelo constrangimento. Vou me trocar. - Fiquei olhando e a porra da toalha caiu, o que era aquilo? Meu Deus! Eu nunca tinha visto um homem nu, Senhor do céu! Vou desmaiar desse jeito. Ele me olhou e eu me virei.

– Julian, por favor. - eu o ouvi rindo.

– Desculpe. - ouvi a porta ser trancada. - Calma Mary, já passou.

Fui até a geladeira e peguei água. Sim eu sei, eu sou folgada,mas precisava de água, muita água, para apagar meu pequeno fogo que subiu vendo-o daquele jeito. O que está acontecendo comigo? Estou ficando doida.

– Apartamento bonito o seu. - falei alto para que ele ouvisse.

– Sim, Tanya que decorou. Vamos morar aqui depois do casamento, mas tenho outro apartamento, só que um pouco menor que esse. - escutei a porta ser aberta. Ele não estava vestido decentemente, estava apenas com a calça social, com a camisa branca semiaberta mostrando seu peitoral definido e incrivelmente lindo, coisa que eu nunca tinha visto na vida. Tudo bem Mary, acalme-se.

A VIRGEM - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora