Capítulo 16

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Julian

Mary quase me mata de susto com aquela dor que estava sentindo. Deve ter sido no momento que ela soube que eu sou o pai biológico do seu bebê. Parece que o efeito do remédio já estava começando, Mary estava relaxada.

– Julian, acho que vou dormir agora.

– Não, Mary, não durma agora, fique comigo por mais alguns minutos.

– Meus olhos estão pesando meu amor, deve ser efeito do remédio. - ela fechava os olhos lentamente.

– Ok, meu amor. Vou deixar você dormir, mas estarei aqui quando acordar. - E ela adormeceu. Um verdadeiro anjo dormindo, a minha pequena. A mãe de Mary entrou no quarto para vê-la.

– Então Julian, como ela está?

– Bem, ela sentiu dor, mas a enfermeira aplicou um tranquilizante, e ela agora dormiu.

– Julian, obrigada por estar ao lado dela nesse momento. - Ela pôs a mão em meu ombro. Eu ainda estava sentado ao lado de Mary.

– Não faço mais que minha obrigação, Renée. Amo sua filha e vou me casar com ela brevemente,e teremos uma linda menina. - Mary sorriu, como se já estivesse sonhando.

O silêncio havia tomado conta do local. Vi que o dia estava indo embora dando espaço para a noite fria de Paris, através da janela do quarto, quando escutei um barulho lá fora de pessoas falando alto. Olhei no relógio e passava das 17h30.

– Onde está meu marido? - Ouvi alguém gritar, e logo reconheci a voz de Tanya. Saí do quarto, e a mãe dela me acompanhou. Tanya me viu, olhou-me séria, veio em minha direção, me batendo no rosto. Olhei para ela, e todos olhavam para nós dois.

– Está louca, Tanya? O que pensa que está fazendo aqui?

– Vim te buscar. Seu lugar é do meu lado, Julian. - Ela pegou em minha mão e começou a me puxar.

– Tanya, o homem aqui sou eu. Pare de escândalos, pois estamos no hospital, e aqui é lugar de silêncio.Pare com essa história de que somos marido e mulher, porque há muito tempo não somos mais.

– Mas eu estou grávida de um bebê seu.

– Está mesmo? Então vamos ver isso agora, venha. – Peguei-a pela mão e comecei a arrastá-la para o escritório de Richard. Assim poderia tirar logo essa dúvida da minha cabeça

Mary

Mesmo um pouco zonza pelo remédio, acordei com o barulho lá fora. Fiquei esperando que alguém viesse me dizer algo. Estava sozinha e um pouco sonolenta, e minha mãe entrou para me ver.

– O que esta acontecendo, mãe?

– Nada filha, só um pequeno tumulto. - Minha mãe estava me escondendo algo. – Ah, filha, você não sabe quem veio lhe visitar. Rick está lá fora e veio te ver. - Eu sorri.

– Peça-o para entrar, mãe. - Minha mãe saiu e Rick entrou.

– Olá Mary, como está?

– Bem Rick. Um pouco sonolenta, mas bem. - Ele me deu um beijo na testa e eu sorri.

– E quanto ao seu bebê, ela está bem? Fiquei sabendo um pouco mais tarde sobre o que aconteceu. Me desculpe não estar lá para te ajudar.

– Rick, você não poderia adivinhar, até porque você mora um pouco longe de mim.

– Sim, eu sei Mary. Então, quando sai daqui?

– Ah nem sei, o médico disse que me queria por mais algumas semanas aqui, até ter certeza de que eu não perderia a minha menina. - Rick fez uma careta.

– Nossa,todo esse tempo comendo essa comida horrível do hospital? - Eu ri do jeito que ele falou.

– Mas tudo bem. Bom, vou indo, porque tenho que trabalhar. Te adoro, Mary. Qualquer coisa liga pra mim, ok? - Ele me deu outro beijo na testa e saiu do quarto.

A VIRGEM - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora