Capítulo 13

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Mary

Julian me olhava de forma estranha, como se houvesse levado um soco no estômago. Haviam três rugas entre suas sobrancelhas.

– Pequena, eu estive pensando, quer passar ofim de semana comigo em Deauville? É uma praia que fica há duas horas e meia daqui. Lá é bem legal, tem piscina olímpica, mini golfe, clube de equitação, clube de prancha à vela...Você gostaria?- eu sorri, pois nunca tinha ido à praia, então era minha chance aproveitar os primeiros raios de sol da primavera fora de Paris.

– Claro, adoraria. Quando vamos?

– Hoje ainda, se quiser, claro. Então, podemos passar na sua casa e pegar algumas roupas suas, e de lá nós seguimos para minha casa em Deauville. Tenho roupas por lá, e também estou levando mais algumas que já estão no porta malas.

– Tinha tudo planejado, Julian? - ele deu um belo sorriso safado. - Eu sabia. - sorri e dei um selinho nele.

– Vamos? - ele levantou e ofereceu a mão para que eu pegasse e fosse com ele. Seguimos para o Volvo e logo depois estávamos em minha casa. Peguei roupas para um fim de semana e seguimos viagem.

Em poucas horas estávamos entrando na casa dele. Fazia um sol maravilhoso. Terminei de arrumar minhas roupas no armário do quarto, e percebi assim que entrei que havia uma enorme cama de casal. Parei olhando para a cama e comecei a pensar comigo, se já não era hora de passar meu relacionamento com Julian para outro nível. Eu sei que ele é casado, consciência. Mas, até sair esse maldito divórcio eu vou ficar na vontade de algo que não sei o que é.

Ele entrou no quarto sorrindo.

– Já arrumou tudo?

– Sim. As minhas roupas e as suas estão no mesmo armário. Eu pensei que iríamos dormir em quartos separados. Nós vamos?

– Na verdade, não. A casa é muito grande e não quero deixar você sozinha em outro quarto. - Ele me olhou com um sorriso lindo no rosto.

– Hum... Ok. Vou preparar algo para comermos. – Me encaminhei para a porta e ele segurou minha mão.

– Ei, espere... Tenho empregados para isso. – E me puxou para junto de si. Às vezes acho que ele esquece que existe uma barriga entre nós. - Agora venha cá. – Ele me guiou até a cama. Sentei e sorri. Será que seria agora? O que eu deveria fazer? Eu estava nervosa, meu coração estava quase saindo pela boca.

– Julian... - Ele me olhou, ficou de joelhos na minha frente sorrindo, e foi desabotoando os últimos botões de minha blusa, debaixo para cima. - O que está fazendo? - Ele desabotoou outro.

– Só quero ver sua barriga, Mary. Você nunca me deixa vê-la, a não ser nas consultas. - Ele falou sorrindo, desabotoou mais dois botões e abriu, deixando à mostra minha barriga redonda. O bebê chutou, ele pôs a mão e começou a acariciá-la, falando com o nosso bebê. Eu sorri e me apoiei na cama com as mãos, deixando-o à vontade. – Mary, eu já estou imaginando o rostinho dela.

– Eu também, Julian. - Ele se levantou e sentou ao meu lado, pôs a mão na minha barriga de novo e o bebê mexeu novamente, e desta vez chutou mais forte.

– Você sentiu, Mary? Ela mexeu novamente. - Ele falou todo abobalhado.

– Sim, meu amor, eu senti mexer. - Sorri. – Vou tomar um banho rápido, tudo bem? – Falei e corri para o banheiro, pois se essa noite seria especial eu precisava estar cheirosa para ele. Terminei meu banho e ele ainda me esperava, sentado no mesmo lugar. Me troquei rapidamente e então ele falou:

– Vamos jantar, eu vim lhe chamar e acabei esquecendo. – Julian levantou, segurou minha mão e descemos para comer. O jantar foi maravilhoso. Depois ele me levou para a sala de estar. Sentei-me em uma poltrona, enquanto ele acendia a lareira para nos aquecer e montava uma espécie de sofá cama.

A VIRGEM - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora