Julian
Eu estava com um aperto no peito tão grande que mal comi.
– Julian, o que você tem? Mal tocou na comida. - Tanya falou.
– Desculpe, estou com um mau pressentimento, uma dor no peito.
– Não deve ser nada, meu amor. Vou pedir café para mim, você quer? - assenti, mas o aperto no meu coração ainda continuava. Algo estava acontecendo com alguém que amo, e eu ainda não estava sabendo.
Mary
Eu só ouvia pessoas falando, mas não entendia o que era. Entreabri meus olhos e vi luzes fortes. Eu estava zonza. Escutei pessoas falando sobre minha filha, que ela parecia não estar bem por causa da queda. Eu tentava dizer algo, mas não conseguia. Meu bebê, meu pensamento era único e completamente no meu bebê. Eu queria saber se ela estava bem. E então tudo ficou preto novamente.
Julian
Após terminar o cafezinho com Tanya, fomos para casa. Não aguentei e liguei para a casa de Mary, para saber se ela estava bem.
– Alô.
– Oi, quem fala? – A voz do outro lado perguntou.
– É Julian, Mary está?
– Ela não está, porque acabou de cair da escada e está a caminho do hospital agora.
– Como, senhora? Ela está no hospital? O que aconteceu?
– A casa foi invadida por dois assaltantes e ao que me parece a empurraram escada abaixo. Ela foi levada para o hospital MaternitéRosesd'Amour. Se quiser, ligue para o celular de Renée, ela está lá com Mary.
– Obrigado. - desliguei o telefone, vesti um casaco, e aproveitei que Tanya já dormia e saí rumo ao hospital.
No caminho do hospital, minha cabeça doía, e o medo de que algo acontecesse com Mary ou com minha filha era enorme. Eu estava nervoso para dirigir, mas não pararia até chegar ao hospital. Era quase meia noite quando cheguei. Entrei e perguntei na recepção:
– Onde está Mary? Uma moça que deu entrada agora há pouco na emergência, ela está grávida. - Cheguei falando com a recepcionista.
– Julian... - ouvi uma voz me chamar, virei-me e era Renée..
– Renée, me diga, onde está Mary? - Ela me deu um abraço apertado.
– Ela entrou na emergência tem mais de uma hora, e não me deram nenhuma resposta até agora. Mas o que faz aqui? Desculpe pelo abraço, é que estou sozinha, e precisava do abraço de alguém. Estou tão nervosa, Julian. Ela já está com cinco meses e meio, falta tão pouco para o bebê nascer, estou com tanto medo. Eu a encontrei, ela estava caída, e seu peso estava todo em cima de seu ventre. Tenho medo por ela e pela a criança.
– Eu também, e vim assim que soube. - Ela me olhava com os olhos cheios de lágrimas. Se sentou na cadeira e pôs as mãos na cabeça. - Calma Renée, Mary é forte, e nossa filha também.
– Nossa filha? Como assim, Julian? - falei demais.
– Eu vou assumir a criança de Mary, Sra. Renée. Vou ser o pai da criança dela, e já a considero como minha. - Se eu pudesse dizer que é minha... Mas a mãe dela não me entenderia se contasse isso agora.
A noite foi longa, sem nenhuma notícia de Mary. Eu me levantava a cada médico que passava e pedia por notícias. Amanheceu e ainda esperávamos por informações. Ângela também já havia chegado ao hospital, e estava comigo e com Renée.
– Quem é da família da Srta. Brandon? - Escutei um enfermeiro falar. Me levantei e Renée também.
– Eu sou mãe dela.
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A VIRGEM - COMPLETO
Genç Kız Edebiyatı#wattys2015 Sinopse: Mary Brandon é londrina, reside em Paris e acaba de receber a noticia que foi aceita na universidade de Londres. Antes de viajar, ela deveria enviar alguns exames de rotina, dentre eles, exames ginecológicos. Foi ai que sua...