Capítulo 5- Menina

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Quando chegamos em casa avó estava preparando o almoço e meu avô estava na sala assistindo teve. Fui até a minha vó e depositei um beijo em sua bochecha e fiz ela olhar para Jade.
-Vó essa aqui é a Jade, uma colega de sala. Jade essa aqui e minha vó Janaína. - os apresentei, minha vó olhava para Jade espantada. Sabia que vovó estava pensando que não existia garota mais bonita que Jade.
-Bom dia Dona Janaína, é um prazer lhe conhecer, desculpe-me o incômodo de vir até aqui sem avisar. Garanto que Estrela não lhe disse que viria, não?- fui pega de surpresa, Não sabia que Jade era tão bem educada assim... Na sala ela aparentava ser extrovertida e brincalhona, e não essa moça bonita e certinha que estava a minha frente falando com a minha vó.
-Que isso menina!? Claro que não é incômodo você vir aqui. Pôde vir quantas vezes quiser. - disse minha vó para Jade. - Estrela? Não sabia que tinhas uma amiga tão bonita assim. - vovó elogiou Jade que logo ficou envergonhada pelo elogio inesperado.
-Imagina, Dona Janaína, sua neta sim é uma bela moça. Aposto que Estrela herdou a beleza de sua família. - Jade respondeu a minha avó e direcionou seu olhar até mim seu rosto estava levemente corado, acabei corando também com o comentário desnecessário de Jade para comigo.
-Jade... Pare com isso, estou ficando constrangida. Más respondendo-te, sim, puxei mais para a família do meu pai. - respondi com calma, não queria entrar nesse assunto agora, Jade apenas sorrio e minha avó voltou aos seus afazeres. Eu me dirigi à mesa para arrumá-la e por a comida na mesa, Jade venho e me ajudou, tentei negar alegando que ela era visita e que deveria ficar sentada, mas ela apenas me ignorou.
Terminamos de organizar a mesa, e pusemos os alimentos nela. Quando tudo estava pronto vovó chamou vovô para juntar-se a nós na mesa, este logo já se encontrava na cozinha e fui apresentar Jade ao meu avô.
-Vô está aqui é a Jade, uma colega de sala. - apontei para Jade.- Jade esse aqui é meu avô Frederico. - disse apresentando-os. Jade estendeu sua mão e meu avô prontamente a cumprimentou.
- Bom dia Senhor Pener, é um prazer em conhecê-lo. - cumprimenta Jade.
- Jade, lindo nome o seu. Seus pais devem tê-la como uma joia preciosa, não?- Vovô sempre foi muito sábio, geralmente conhecia a maioria dos significados de nomes.
- Sim, minha mãe diz que sou quase um milagre, pois nasci prematura e ela Não podia ter filhos. E meu pai dizia que joias raras deviam levar nomes que honrem sua história. - disse Jade para vovô que apenas sorriu e fez menção para nós sentarmos há mesa. Eu e jade atendemos ao seu pedido, e vovó foi pegar os refrigerantes no Fraser.
Durante o almoço Jade apenas elogiou a comida de vovó, eu fiquei perdida em pensamentos francamente eu não sabia nada sobre Jade, nunca havia sequer imaginado que ela teria nascido prematura.
O almoço estava bom, todos estavam quietos até o celular de Jade tocar.
-Com licença, é minha mãe. -Disse Jade olhando o visor e se levantando para atender sua ligação.
-A mãe dela deve de estar preocupada, já que Jade Não avisou que viria para cá. -disse aos meus avós que me encaravam com cara de interrogação. Eles apenas deram de ombros e percebi que Jade já se aproximava de nós novamente, mas ainda está estava ao celular.
-... Sim mãe, pôde deixar, irei falar com eles...esta bem. Ta mãe vou desligar, falta de educação da minha parte estar ao telefone em meio ao almoço não acha?... Ta tchau mamãe, beijos também te amo. -fiquei boquiaberta com o tratamento de Jade com sua mãe, elas deviam se amar muito.
-Mamãe estava preocupada comigo, já que não havia dito que não iria para casa no almoço. Estava culpando Estrela por não ter avisado ela. Mamãe quer que você vá comigo para casa hoje, Estrela. -Jade anuncia se sentando novamente há mesa. -Claro se o senhor e a senhora permitirem. - Diz ela olhando para meus avos.
-Claro que sim filha, Estrela pôde ir. E sua mãe está com toda a razão para estar preocupada com você. -disse vovó olhando para Jade com um sorriso no rosto e seus olhos brilhando. Vovó havia gostado realmente de Jade, percebia-se em seu olhar.
-Que bom que a senhora deixa ir comigo, Dona Janaína, ou mamãe iria brigar comigo. -diz Jade arrancando risadas de todos na mesa.
Depois do almoço eu e Jade nos comprometemos a lavar a louça e arrumar a cozinha, vovó e vovô tomaram seus remédios e se retirando indo para seus aposentos tirar seus cochilos. Jade disse lavar a louça e eu secar, prontamente começamos nossos afazeres.
-Estrela? - Jade chama minha atenção.
-Sim?- pergunto colocando um prato que estava secando na mesa.
-Porque deixou a Argentina para morar aqui no Brasil? Dizem que Argentina é um ótimo país. - perguntou-me ela ainda de costas para mim.
-Meu pai achou melhor alguém vir fazer companhia para seus pais do que pagar alguém para fazer isso. Sem contar que ele queria que eu tivesse um bom estudo... Só que nessa parte de estudo não me saí muito bem. - respondi pegando mais uma vasilha ao lado dela, ao me curvar perto dela senti seu aroma delicioso que exalava de seus cabelos negros curtos. -Você tem um aroma muito agradável, Jade. - comentei afastando um pouco seus cabelos e colocando minha cabeça na curva de seu pescoço inalando mais seu cheiro viciante. -É como estar em meio a milhares de rosas maravilhosas e raras... - continuei falando, nesse momento minha mão já se encontrava passeando pelo seu corpo, ia de seus ombros até a base se sua cintura.
Ela tinha o corpo perfeito sem nenhum erro, era como se ela fosse esculpida pelos deuses.
Estava depositando beijinhos em seu pescoço quando a minha ficha caiu. Afinal, o que estava fazendo? Porquê de estar beijando o pescoço de Jade?
-Desculpe-me, Jade, Não sei o que acontece comigo... Desculpa? -tento olhá-la, mas ela ainda se mantinha de costas para mim, e percebi que ainda estava arrepiada.
-Está tudo bem, Estrela. Também perco o controle às vezes. -responde ela sem olhar para mim, e eu apenas volto a secar a louça.
Alguns minutos depois vovó aparece na cozinha.
-Algum problema vó? - pergunto olhando para ela.
-Não, minha filha, vim apenas para pegar um copo d'água. - diz vovó pegando uma garrafinha da geladeira se direcionando para seu quarto novamente, mas para, pois Jade a chama.
-Dona Janaína? Estrela pôde ir comigo jogar? Sou jogadora de basquetebol e hoje temos treino. - pergunta Jade para minha vó.
-Claro que pôde. Mas vocês não tem trabalho para fazer?- responde vovó pensando que Jade venho ate aqui para isso.
-Sim vó. Vamos fazer a noite, depois do treino de Jade vamos para sua casa. - Respondo para vovó terminando de secar a louça e guardando.
-Está bem então, podem ir. - Diz vovó se retirando novamente da cozinha.
-Bom Estrela vá arrumar suas coisas, ou vamos nós atrasar. -Alertou-me ela terminando a louça.
-Esta bem. - digo e me direciono ao meu quarto. Troco de roupa, pois ainda continuava com o uniforme, arrumo meu material pro dia seguinte, uma muda de roupa pra dormir, meu uniforme e mais uma muda de roupa só pra garantir.
Vesti um short azul marinho xadrez com linhas pretas e uma blusa preta bem soltinha.
-Tô pronta. - digo entrando na cozinha. Olho ao redor e vejo que a cozinha se encontrava impecável. Jade já havia arrumado tudo.
-Ótimo. Hoje você ira conhecer Menina, ela é a garota sábia, ela não envelhece e não cresce. Seu talento é extraordinário! -Diz Jade pegando sua mochila. - Vamos?- ela olha para mim e pergunta. Faço que sim com a cabeça e a sigo.
Andávamos de a pé, mais ou menos a uma quadra de casa, se encontrava um Toyota Corolla reluzente. Jade fez menção para que eu a siga e ela entra no carro, me dirijo ao outro lado e entro. Lá dentro haviam duas pessoas, um homem de aparência jovem, não chegava aos seus 30anos. Ao lado do motorista havia uma menina, ela se vira para mim com um sorriso de orelha a orelha e um brilho magico nos olhos. O motorista liga o carro e começa a dirigir.
-Achei que não chegaria a conhecer a guardiã mais poderosa do reino dos anjos. -Comentou ela, causando-me curiosidade e um desconforto desagradável. -Prazer, meu nome é Samaria, mas me chame de Menina, por favor. - diz-me ela pulando para o banco de trás e me abraçando. Do nada Menina sobe no meu colo e pega minha mão e coloca a dela sobre a minha ela pronúncia algumas palavras baixas demais para que meus ouvidos ouçam, e sinto algo na minha mão queimar. Não era algo muito doloroso, mas também não era confortável.
De repente ela levanta a mão lentamente e pude ver uma luz roxa, parecia à luz que Jade exalava quando queria suas asas, mas as de Jade eram um roxo claro, a luz que provinha de minha mão era um roxo escuro.
-Jade, ela será a guardiã de...?-
-Quieta Menina! Hoje iremos descobrir ok?- diz Jade interrompendo Menina e olhando de cara brava para ela.
Menina me olha com uma cara triste e sorri de lado, e se levanta do meu colo, só então percebo que ela tem uma tatuagem bem na clavícula ao lado direito, era o desenho de uma asa parecia à mesma de Jade. Menina se dirigiu até o banco da frente, ela era linda disso podia afirmar, e nem a escuridão daquele carro apagará o brilho de Menina. Ela tinha os cabelos médios e encaracolados de um castanho claro, seus olhos eram um sépia neutro, parecido com o que os meus se estavam transformando, e ela vestia um vestido negro rodado até os joelhos e de alcinhas um pouco grossas.
Essa era Menina.

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