Thirteen

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Embora ficar bêbada fosse uma coisa normal na sua rotina, Emma nunca tinha sido levada até o quarto por alguém. E este alguém foi Nash Grier. Após o beijo dos dois na frente daquele pub o qual ela nem lembrava o nome, a atmosfera raivosa que envolvia a vida dos dois parecia ter desaparecido naquele momento. Ele estava totalmente calmo e delicado, e ela totalmente vulnerável a ele. Ele a ajudou a se despir sem cair com a cara no chão, mas ela não precisou dele no banho. Queria que ele estivesse ali, mas não precisou. Ela se lembrava apenas de sentir o corpo cansado demais, e assim que viu sua cama a única coisa que foi capaz de fazer foi se dirigir até la e cair em seu colchão, sem preocupar com o que o garoto em seu quarto faria. 

E por esse motivo seu coração disparou quando ela abriu os olhos levemente e sentiu braços envolta de sua cintura. Ele tinha dormido ali? Que horas eram? O que sua mãe pensaria quando viesse acordar sua filha para aula mas encontrasse o professor dela em sua cama? Todos os pensamentos a atingiram de uma vez só, o que fez sua cabeça doer, seus músculos ficarem rígidos e seu coração acelerar ainda mais.

- Você não vai enfartar, não é? - A voz de Nash, ainda mais grossa pela manhã causou arrepios na nuca da garota, já que a boca dele estava sobre o local.

- É uma das opções. - Emma respondeu, se virando para ficar de frente com o garoto, que era ainda mais lindo pela manhã, ainda que os seus olhos estivessem fechados, ele parecia perfeito. Um anjo.- Tenho duas perguntas e uma declaração. Você dormiu aqui? Que horas são? E estamos fodidos.

- É óbvio. Não faço ideia. Não estamos não.- Nash disse pausadamente, sem sequer abrir os olhos.

- Vai ser meio estranho quando minha mãe vier me acordar para a aula e encontrar meu professor na minha cama. A cama da filha linda e comportada deles. E o professor correto e careta filho do pastor.- Emma disse sarcástica.

Nash pareceu dar uma miníma risada, pois seu corpo se mexeu um pouco e o canto de seu lábio se curvou. Então ele abriu um dos olhos para encarar a garota.

- Eu liguei para sua casa quase uma hora atrás. Sua mãe desceu correndo pelas as escadas, parecia uma louca. Quando ela atendeu, eu fiz o melhor que pude com a minha voz de doente e disse que estava indisposto e que não poderia vir hoje. E que eles não precisavam te acordar. E também tranquei a porta, caso eles pretendessem entrar aqui.- Nash sorriu com deboche, dessa vez um sorriso de verdade- Por nada, aliás.

Emma sorriu sem mostrar os dentes.

- Um sábado sem aula? Gostei.

- E quem disse que não vamos ter aula, Emma Gale? - Nash perguntou a encarando com os olhos puramente azuis.

- E qual o pecado de hoje, professor?- Emma perguntou sem quebrar o contato visual entre os dois.

- Pra sua felicidade, e talvez para a minha, preguiça. - Nash voltou a fechar os olhos.

- Então só vamos ficar aqui deitados sem fazer nada?

- Praticamente.

- Conversar um pouco nos desviaria do pecado de hoje?- Emma perguntou com receio.

Nash respirou fundo, abriu os olhos lentamente e virou o corpo totalmente para Emma.

- Não. Eu prometi que ia te contar tudo, então eu vou. Mas você vai ficar quietinha até eu terminar, tudo bem?- Nash perguntou enquanto a ponta de seus dedos faziam desenhos levemente no braço de Emma.

A garota assentiu e fechou os olhos, aconchegando a cabeça no peito de Nash, inalando seu cheiro. E o garoto fez a mesma coisa com os cabelos de Emma.

- O que você quer saber?

- Tudo que tenha haver comigo, desde quando me conheceu até agora.- Emma disse baixinho enquanto enrolava os dedos na camisa de Nash.

LúciferOnde histórias criam vida. Descubra agora