Sixteen

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Os braços de Emma se encostaram na parde gelada de ladrilhos, enquanto a água corria por seus cabelos e descia por suas costas, deixando cada centímetro da pele gelada assim como a água. Sua respiração era calma e seus olhos estavam fechados. Algumas gotas que desciam por seu rosto faziam o contorno em seus lábios entreabertos e desciam por seu pescoço. Seu corpo estava completamente relaxado e era a primeira vez em sete dias que ela não sentia seus músculos pesados.

Lembrar disso também trouxe a cabeça dela a conclusão de que completava uma semana que ela estava morando com Nash Grier. Ela não sabia o que pensar a respeito. Ela se sentia segura quando estava com ele, e geralmente eles ficavam juntos o dia todo. Mas parecia que estar tão perto os faziam ficar distantes um do outro. Era estranho, e ela não sabia o que pensar a respeito daquilo também.

Fechou o registro do chuveiro e alcançou as duas toalhas penduradas em um gancho na parede. Enrolou seus cabelos ruivos com uma, e passou a outra sobre seu corpo até o sentir seco. Se vestiu com um conjunto de lingerie e com uma camisa qualquer de Nash.  Deu alguns passos e alcançou o espelho do banheiro. O roxo em seu rosto era quase imperceptível agora, se passava por uma leve mancha verde clara no delicado rosto da garota. O corte em seu lábio já estava completamente sarado, apenas se via uma linha mais escura, como uma cicatriz . Ela levou os dedos até a barra da blusa e a levantou, revelando suas costelas. Sua pele naquela região ainda se concentrava em um roxo escuro, mas não estava tão feio como nos primeiros dias. Emma passou os dedos sobre o local e deu um leve aperto, e viu que já não doía tanto. Voltou a encarar o espelho, virando o rosto paro o lado, expondo seu pescoço, onde as marcas dos dedos de seu pai ainda se faziam presentes. A garota correu os dedos pelo local e fechou os olhos sentindo um arrepio frio subir por sua espinha. Se ela se concentrasse ainda podia sentir a força dos dedos de seu pai em volta do seu pescoço. Podia ouvir o grito distante que ecoou de sua garganta. Podia sentir o medo voltando. Aquela foi a primeira vez que Emma realmente teve medo de morrer. A ideia de ter a vida tirada por aquele que lhe deu a vida, a assustava de uma forma diferente. Não era medo de seu pai, não era medo da dor. Era medo de ser tão descartável. Ela sentiu como se estivesse sendo quebrada naquela noite, e ela ainda estaria despedaçada se Nash Grier não tivesse juntado seus pedaços.

- Você pretende ficar ai quanto tempo? - a voz de Cameron soou.

Emma o encarou com cara de tédio.

- Onde está a privacidade?

- Quando você morar em uma casa que você comprou, você vai ter sua privacidade. - sorriu.

Emma revirou os olhos?

- O que você quer?

- Nada.

- Então pode sair.

- Até quando você vai fazer isso com o Nash?

- Isso o que?- Emma franziu o cenho confusa.

- Qual é, Emma? Qual foi a última vez que vocês transaram?- Cameron perguntou rindo.

Emma abriu a boca algumas vezes, chocada com a pergunta.

- Isso não é da sua conta, Dallas.

- Só estou dizendo que ele vai acabar ficando louco. Ele está nessa de apaixonadinho, não consegue nem pensar em transar com outra pessoa. E você fica aí provocando com essas pernas de fora. Ele fica louco pra te agarrar, só não consegue. - um sorriso sarcástico não saia do rosto do moreno.

- E por que não?

- Você geme de dor a cada vez que respira, Emma! Esse não é o tipo de gemido que um cara gosta de ouvir.

LúciferOnde histórias criam vida. Descubra agora