Meus pais já estavam na porta da casa quando passei para apanhá-los para irmos para casa de Jeremy. Preferimos usar apenas um carro, fazer um bem ao meio ambiente. As ruas estavam vazias e o transito caótico de todas as manhãs não existia. Domingo era o dia que as pessoas preferiam deixar os carros em casa. Normalmente eu levava meia hora para chegar a casa dos Nardini, mas com as estradas livre em quinze minutos meus pais e eu estávamos estacionando na belíssima casa de três andares, com um jardim frontal de grama extremamente verde em um bairro de alta sociedade. Calmo, limpo e ostensivo, mas tão familiar pra mim como a minha própria casa. Passei mais tempo ali do que exatamente me lembrava, antes mesmo de aprender minhas primeiras palavras.
Pude ver Jeremy e uma imensa massa branca cheia de pelos ao seu lado, Tolstói – o cachorro -, na frente da casa antes mesmo de descer do carro. Ele estava tão casual como no dia que foi no aeroporto buscar meu pai: de bermuda, camisa branca de flanela e óculos ray-ban modelo clássico. Tirei meus próprios óculos e os guardei na bolsa, estava um belíssimo e estranho dia de sol em pleno inverno.
— Como esse cachorro cresceu. — meu pai falou acariciando a cabeçona peluda do samoyed.
— De tanto que come só podia dar nisso. — Jeremy sorriu para nós. — Oi. — seus olhos se fecharam por causa do sol ao olhar em minha direção. Depositou um beijo em minha bochecha. O cabelo castanho quase dourado estava muito bagunçado.
— Não tem pente em casa? — perguntei rindo.
— Não liga pra ela, esse é um dos seus charmes. — Minha própria mãe passou a mão carinhosamente na cabeça de Jeremy, eu a olhei incrédula. — Oi meu querido.
Rolei os olhos teatralmente. Simon beijou a bochecha de minha mãe e depois abraçou meu pai. O típico abraço de homem, com direito a tapinhas nas costas.
— Minha mãe está dando ordens sem parar lá na cozinha, e o meu pai deve estar rondando a churrasqueira. — ele avisou aos meus pais, saindo da frente do portão para que eles entrassem.
— Esperando a Georgia? — perguntei ficando um pouco para trás.
— Ela não vem. — Ele pegou Tólstoi pela coleira e começou a entrar. Eu não esperava por isso.
— Por que não?
— Alguma coisa sobre algum tipo de creme que estava para chegar no spa, ou algo assim. — Ele fechou o portão de trava automática, soltou Tolstói que saiu feliz para brincar na grama verde e segura de dentro dos muros da propriedade.
— Que pena. — foi quase sincero. Pelo menos eu não precisava fingir que estava naturalmente bem.
— Pois é. Será como nos velhos tempos, vem. — ele passou o braço por meus ombros, me guiando para dentro da casa. Os velhos tempos se resumia em apenas nós e nossos pais. Os velhos tempos eram aqueles que eu pensava que nunca mais iriam se repetir, e realmente não estavam, não como eram. Eu não poderia fingir que estavam se repetindo, mas vai falar isso pra minha mente que tinha como passatempo favorito brincar de quebra cabeças.
— Como você está linda! — Rachel me abraçou antes que eu conseguisse se quer colocar meu pé na sala incrivelmente bela dos Nardini. — Saudades ter uma pele de porcelana como a sua. — passou os dedos por meu rosto me fazendo corar um pouco.
— Saudades? Você tem a pele bem melhor que a minha. — Era verdade. Rachel era o tipo de mulher que você jamais imaginaria que ele pudesse ter dois filhos, sendo que um deles já beirava quase os trinta anos. Ela poderia se passar facilmente por minha irmã, e não nos dariam muitos anos de diferença, uns dois ou três, no máximo. Seu rosto não tinha linhas expressões que denunciassem sua idade. Os cabelos negros estavam em um coque bem feito em cima da cabeça, brincos dourados moldava seu rosto, trajava um vestido branco leve, que ela achava que era uma roupa casual, mas que na verdade eu poderia muito bem sair com ele para qualquer festa.
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Closer - Parte II
RomanceÉ da natureza humana se afastar daquilo que causa dor e se aproximar daquilo que lhe faz bem. Allison ainda não aprendeu essa lição. Dois anos depois do casamento de Jeremy, a vida que ela imaginou aconteceu exatamente como esperado, ela só não pens...