Pov James (Leonardo)
—pega a porra de um avião e vai pra Cobán ainda hoje! - esse puto do Michael tá de sacanagem comigo só pode! Ele tá com a minha carga pra Cobán, na Guatemala, presa há sete dias em Tijuana. - se vira porra!
Desligo meu iPhone com tanta raiva que sinto o dedo latejar. Esse filho da puta trabalha pra mim há seis anos e ainda continua sendo incompetente. Assim que eu conseguir sair daqui do Brasil, vou direto atrás dele e vou ensiná-lo de uma vez por todas como trabalhar. Só não apaguei ele ainda, porque ele é filho de um primo do meu pai. Não quero matar quem é da família, mas isso não me impede de lhe dar umas boas porradas!
—senhor Scarpa... Com licença, a modelo chegou. Já a instalei na sala de criação com os produtores. - se a Tatiana não tivesse acabado de mencionar a Yasmim, eu ia lhe ensinar a não entrar mais na minha sala sem minha autorização.
—já estou indo pra lá - lhe respondo com a raiva controlada e ela se vira pra sair- Tatiana espere um momento - ela para e como de costume começa a ofegar. Decido me divertir um pouco com sua falta de controle e me direciono calmamente até ficar de frente a ela- olhe para mim - ordeno com a voz baixa, porém rouca e percebo seus pêlos se eriçarem. Qual o problema dessa mulher afinal? Além do fato de querer dar pra mim. - quando eu voltar da sala de criação, quero ter uma séria conversa com você - falo sensualmente enquanto raspo as costas da minha mão em seu rosto macio. Ela ruboriza e isso é muito excitante, mas agora tenho uma mulher melhor que qualquer outra a minha espera.
—sim... Sim sen... Sim senhor - ela gagueja nervosa e excitada e eu lhe dou um breve sorriso.
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—boa tarde senhorita Nunes - cumprimento a com um beijo em sua delicada mão. Seu perfume me invade e me faz desejá la ainda mais. Ela me olha intensamente e morde suavemente seu lábio. Sinto meu pau latejar impaciente dentro da minha boxer branca Calvin Klein. - espero que tenha sido bem recebida!
—sim senhor Scarpa. Fui muito bem recebida. Obrigada pela preocupação - ouvir meu nome em sua voz é como se deliciar com os cânticos de ninfas. Sorrimos um ao outro, sem perder nosso contato visual um único momento que seja.
Cumprimento a Elizabeth, sua empresária e nos afastamos um pouco para que minha Yasmim possa ensaiar o comercial. As câmeras estão focadas nela. Assim como há refletores direcionados para seu corpo de deusa e seu rosto de anjo. Tão linda. Tão perfeita. E pelo seu olhar, aposto que é uma diaba insana na cama. Balanço levemente minha cabeça, tentando de alguma forma me desvencilhar desses pensamentos, antes que meu pau fique incontrolável e visível a todos aqui na sala.
Ela sai por um momento e sinto meu coração disparar por perdê la de vista. Passo a mão exasperado pelo cabelo e bato os pés repetidamente no chão.
—algum problema senhor Scarpa? - o Maurício me questiona com sua voz baixa, como se estivesse a me contar um segredo. Lhe olho ainda sentindo a impaciência se apoderar de mim e o noto encolher os ombros.
—nada que seja do seu interesse. - respondo um pouco mais rude do que o normal e ele comprime os lábios nervoso e sai de perto de mim, indo se sentar próximo à tal Elizabeth. Me mantenho afastado de todos. Em pé. Lutando contra meus demônios internos, sentindo uma necessidade fora do normal para vê la novamente.
Assim que ela volta, minha boca se abre em um perfeito e idiota o. Puta que pariu! Agora que perco meu controle de vez. Ela está simplesmente espetacular, num terno sob medida que parece ter sido feito em seu corpo, seus seios estão bem marcados e com a polpa a mostra. Sua calça social negra está apertada o suficiente para que eu possa vislumbrar suas coxas torneadas. Sinto que estou suando frio. Por mais que eu tente, agora ficou impossível controlar minha respiração.
Engulo em seco, mas sinto um choque por todo meu corpo, quando a vejo virar de costas para mim. Essa bunda deliciosamente marcada pelo sensível tecido, me faz imaginar coisas terrivelmente prazerosas.
Ah como eu quero essa mulher. Isso é insano, a forma como a estou desejando. Nunca havia sentido tanta urgência antes por uma mulher, como estou sentindo desde que a vi pela primeira vez há apenas dois dias atrás.
Sinto meu iPhone vibrar no bolso do meu paletó e xingo mentalmente quem quer que seja que está me ligando. Destravo a tela e no visor aparece um número desconhecido, mas pelo DDD sei que é do México.
Saio imediatamente da sala de criação e me encaminho até uma das salas de reunião que estão vazias. Entro apressado e tranco a porta com urgência. Só pode ser meu irmão, Miguel. Se ele está me ligando, boas notícias não podem ser!
Atendo e assim que ponho o celular no ouvido o ouço gritar nervoso. Vou até próximo da janela para tentar entender o que ele está tentando dizer.
— O que houve, Miguel? - pergunto controladamente, mas já sentindo uma raiva se apoderar de mim- Não posso acreditar! Puta que pariu! - respiro fundo tentando de alguma forma acalmar meu instinto assassino, mas é difícil quando sei que um dos meus mulas foi pego pela polícia nacional quando tentava entrar em Honduras com 200 mil euros em armas. Três prejuízos de uma única vez. Perdi a carga, mais um funcionário e ainda vou ter que cuidar para que meu nome não saia da boca imunda dele. - Dê seu jeito para calá lo!- o Miguel é o único que posso confiar plenamente para resolver esses assuntos. Ele é calculista e sangue frio. Diria até que mais do que eu. Desligo o iPhone e me sento em uma das poltronas.
Sinto a raiva em cada parte de mim. Odeio quando um serviço fica incompleto. Agora vou ter que ligar para o meu cliente e explicar que a carga vai demorar um pouco mais para ser entregue. Pra tentar minimizar, vou dar um desconto por cada dia de atraso... Melhor isso, do que ficar com minha imagem comprometida e perder algum cliente. Óbvio que eu não vou tirar esse dinheiro todo do meu bolso. O Miguel era o responsável por essa entrega, ele quem vai arcar com esse prejuízo. Agora preciso ligar para o Yuri, um antigo fabricante ilegal de armas em Munique na Alemanha que me fornece em tempo recorde e com segurança, o que significa que tem um valor quase dobrado em relação ao meu outro contato, e fazer uma nova encomenda.
Não posso fazer essa transação pelo meu celular, preciso primeiro clonar um número qualquer. Caso contrário, estarei facilitando a vida dos agentes federais e isso é a última coisa que vou fazer!
Quando dou por mim, já passa das 14 horas. Minha barriga reclama de fome, não costumo perder o almoço. Me levanto ainda tenso e guardo meu iPhone no bolso do paletó novamente. Abro a porta e dou de cara com a Tatiana, com uma das mãos suspensa ao ar. Lhe lanço um olhar questionador e ela engole em seco e abaixa a sua visão da minha.
—estava a sua procura, senhor Scarpa. Essa era a última sala em que ia verificar - sua voz é trêmula e nervosa e isso me faz lembrar de um certo assunto de hoje cedo, quando ela invadiu minha sala - o senhor não vai sair para almoçar hoje? - ela me questiona ainda nervosa e envergonhada e sinto que essa é a oportunidade perfeita para diminuir a tensão que domina meu corpo.
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A Dama Do Tráfico
Narrativa generaleO que pode acontecer quando uma jovem mulher, criada e educada por pais íntegros e honestos, se apaixona por um empresário arrogante e prepotente, que na realidade é um contrabandista internacional e foragido? Yasmim vai descobrir que um rosto bonit...