Capítulo 01 - Song MinHo

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Prolog: Song MinHo

O começo do fim...

Devia ser 05:30 da manhã, acordava cedo quase que todos os dias, exceto pelos quais estava de ressaca devido a festas e bebedeiras. Não acordava cedo para trabalhar, nem sequer tinha um trabalho fixo, somente fazendo um trabalho ou outro pela vizinhança e vendia o resultado da caça que conseguia na temporada de caça. Vivia em uma casa bastante simples, com meu irmão mais velho, Choi Seung de 29 anos, que deveria ser responsável por ser o mais velho, mas grande parte do tempo quem era o responsável era eu, o adotado de 21 anos, Song MinHo.

Já de pé tão cedo, caminhando pela casa quieta ainda um tanto sonolento, notava que Choi Seung não havia retornado para casa desde ontem, nada muito fora do comum. O mais velho era do tipo que arruma briga com todos, principalmente quando bebia, quem sabe acabou sendo preso outra vez devido a tantas brigas, as vezes penso se ele arruma tanta briga simplesmente por ser tão grande, apesar de tudo ele é um bom irmão e uma boa pessoa.

Sai de casa com o sol fraco da manhã sobre mim. É satisfatório andar pelas ruas frias e vazias de um dia no meio da semana pelo amanhecer. Caminhei entre o bairro simples onde vivia, nada por perto era grandioso, ao contrário da cidade grande a alguns quilômetros dali.
Minha caminhada dava em direção a um bar que frequentava bastante, tanto eu quanto meu irmão. Durante o caminho, um velho do outro lado da rua me chamou a atenção por andar destrambelhado e tombando aos lados, balancei a cabeça de maneira negativa em julgamento.

- Velho bêbado... - Disse baixo, o ignorando e continuando a caminhar.

Peguei um maço de cigarros no meu bolso e tirei um, logo colocando entre meus lábios e acendendo com um isqueiro. Tragava o cigarro algumas vezes, chegando na porta do bar e subi os degraus de madeira que fazendo um barulho irritante. Algo me chamou a atenção quando cheguei em frente a porta, olhei para o chão com uma sobrancelha arqueada.

- ... Sangue? - Disse ao ver uma macha vermelha na entrada do bar, parado ali como uma estátua durante poucos segundos, tentando descobrir o que era realmente aquele líquido.

Abri então suas portas e me deparei com um lugar escuto, nada comum, pois o bar abria cedo e suas janelas deviam estar abertas. Não enxergava quase nada, mas notava o contorno de mesas e cadeiras reviradas e quebradas, pensei que teve uma baita de uma briga aqui, e o dono pode ter fechado por se ferir.

- Olá? Alguém aí? - Disse caminhando em direção ao balcão.

Coloquei minhas mãos sobre o balcão, mas logo tirei ao sentir minhas mãos se sujarem. Sangue, mais sangue e dessa vez espalhado pelo balcão de maneira abundante, tanta que pude ouvir o pingar de gostas caindo ao chão. Não tive tempo nem sequer para limpá-las, um louco avança em minha direção, tudo parecia estar acontecendo em câmera lenta, meu coração acelerou no susto repentino e assim como meus olhos, meus lábios se abriram deixando o cigarro cair ao chão. Segurei nos ombros daquele que me avançava, evitando que chegasse com sua boca aberta e suja ao meu rosto, ele queria me morder? Que tipo de louco é esse? Não hesitei, joguei o corpo do louco contra o balcão, fazendo sua cabeça bater com força contra ela e seu sangue esparramar em minha roupa. Tudo aquilo aconteceu tão lendo, mas foi como um piscar de olhos após terminar.

- Mas que merda! Louco desgraçado... - Minha voz alta de raiva foi seguida de uma respiração ofegante, fechando os punhos com raiva e dando a volta saindo do lugar sem me importar com mais nada. Que merda aconteceu ali? Um louco fugiu do manicômio? Só espero que meu irmão não tenha aparecido por aqui.

Não demorou muito após sair do bar e ouvi sirenes da polícia, sorri aliviado, a polícia estava vindo para prender o louco do bar. Caminhei até mais a frente do bar, vi as viaturas vindo pela rua, mas meu sorriso foi desfeito ao notar que elas não estavam desacelerando... Iam passar direto? Passaram, somente gritei para eles tentando chamar a atenção dos mesmos... Eles não vão atrás do louco? Xinguei baixo várias e várias vezes, logo vi mais viaturas passando pra lá e pra cá, sons de tiros e gritos, helicópteros voando e pessoas correndo... O que aconteceu nesses cinco minutos?!
Caminhei em passos rápidos na direção oposta que vim. Ao atravessar a rua vi policiais atirando em pessoas que não caiam ao chão, vi também loucos mordendo uma mulher e seu filho, aquilo era loucura. Não eram poucos que estavam a atacar pessoas, aquilo é humanos? Eu não vou ficar aqui esperando minha hora chegar, vou para casa procurar meu irmão e pegar armas para me defender dessas coisas.
Corri pelas ruas em meio a tiros, gritos e morte, a minha sorte é que minha casa era afastada do restante, para ficar mais próxima da floresta onde caçava. Demorou alguns minutos, mas cheguei em casa aos berros e barulhos enquanto chamava por meu irmão. Não adiantava, eles não estava ali, então fui até nossas armas. Ao abrir o armário com armas dei um sorriso largo. Algumas armas sumiram, aquele filha da minha mãe foi mais rápido do que eu.

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