Capítulo XVII

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Demorou, mas saiu .

Ainda tô pelo pc da faculdade, então ignorem novamente se houver erro.


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Então era assim que ia ser afinal. Logo após minha saída daquela sala de reuniões, sobre as persistentes ameaças de não contar a ninguém sobre aquela conversa, quem me visse diria que eu continuava a ser a velha Lauren inexpressiva que dava sua vida pelo trabalho e o reconhecimento por seus atos, mas por dentro eu sentia como se tivesse morrido.

Não duvidaria nada se eu não sentisse dor alguma se atirassem em mim agora, porque a dor que eu sentia era tão forte que havia me deixado entorpecida. Eu odiava essa minha sensibilidade para tudo. Tudo se tornava tão absurdamente pior, tão intenso e doloroso. Era simplesmente mais um término de relacionamento no mundo e eu, definitivamente, não ia ser a primeira e única, não importava o quanto Camila importasse para mim. Não era para ser.

Eu era só a conselheira real sapata que acabou com a vida dela, como minha adorável e doce ex-sogra fez questão de me lembrar. Pessoas como eu não merecem amar, não merecem ser felizes, só ouvir esses julgamentos estúpidos e aceitar o destino de sempre perder quem ama por ser uma história impossível e ilusória. Era isso. Vinte e oito anos de vida deveriam ter ensinado isso e você deveria estar mais do que acostumado com histórias desse tipo, Lauren. Mais um romance fracassado, mais uma história interrompida por pessoas que nunca, nunca iam saber como dói sentir o que eu estou sentindo.

Como dói ver quem você ama infeliz. Como dói deixar, permitir, que ela se case com outro por saber que é o certo. Como dói olhá-la todos os dias e saber que ela nunca poderá ser sua. Como dói sorrir por mais que o que você queira com todas suas forças é chorar e rezar para que ninguém a encontre nunca mais.

- É com grande orgulho de minha parte... – dizia a rainha emocionada na ponta da bela mesa farta e enfeitada para a ocasião tão especial. – e da parte de meu falecido marido que estaria tão ou mais orgulhoso que eu nesse dia, que eu anuncio o noivado de minha filha e única herdeira, princesa de Marshall, Karla Camila Cabello Estrebão Segunda com o adorável e meu futuro genro, príncipe de Hellins, Austin Mahone.

Flashs e mais flashs. As pessoas presentes aplaudiram com entusiasmo e "vivas" foram escutados. Algumas empregadas olharam-me penalizadas, mas eu não precisava disso, não precisava de pena e compaixão. Eu não merecia nada disso.

Camila estava de pé em frente a mesa, piscando enquanto os flashs pipocavam bem em frente ao seu rosto, suas mãos firmes na borda da mesa tornando-se brancas. Ela mordia o lábio, nervosa e olhava de um repórter para o outro, claramente confusa à quem responder. Olhava-me muitas e muitas vezes, parada do outro lado da grande sala e seu olhar dizia tudo. Ela queria se desculpar, queria meu perdão e queria que a gente conversasse. Seu olhar dizia que ela queria correr dali, fugir daquele jantar estúpido de noivado. Mas ela era impedida. Era impedida pelo mar de repórteres , pela mão de Austin que havia se entrelaçado a dela e pelo olhar duro que sua mãe insistia em lhe fulminar.

Assim que os flashs diminuíram um pouco, a rainha voltou a se pronunciar, meu olhar inexpressivo rapidamente se desviando de Camila para um ponto fixo. Eu não ia falar com ela, eu não ia e não podia.

- Não podemos, é claro, esquecer de dar as honras a nossa Senhora Jauregui, a conselheira real, que nos deixará infelizmente, logo após o casamento por problemas pessoas. Mas vamos da uma salva de palmas ao seu maravilhoso trabalho!

Charmed |Camren|Onde histórias criam vida. Descubra agora