Capítulo XXIX

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Olá! Vou tentar explicar o que aconteceu. Essa fic é adaptada, e eu a tinha em um e-mail que era compartilhado com várias pessoas,e lá não tem só essa fic como várias (que eu tinha até vontade de adaptar daqui a um tempo), porém, alguém decidiu mudar a bendita senha desse e-mail e como ele era da época do orkut, eu perdi contato com a mulher que criou o e-mail, e pra piorar eu tinha excluído a fic do meu pc , por isso demorei todo esse tempo,  estava tentando encontrar o documento em algum lugar.

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[Lauren POV]

Pisquei meus olhos lentamente enquanto encarava o teto. Minhas mãos se moviam impacientes pelo lençol e eu mudei de posição na cama pela quadragésima vez no dia. Eu nunca havia ficado tão entediada em minha vida, pelo o que me lembrava, por mais irônica que isso possa parecer.

Assim que me sentei na cama, ela rangeu, e eu evitei pensar que a causa do meu tédio era o desaparecimento de uma certa rainha irresponsável. E pensando nisso agora, eu me perguntava como o parlamento havia deixado uma mulher de um metro e meio, mimada e tão inconstante assumir o trono. Não sabia se o pior era eu ter a certeza que eu havia ajudado nessa decisão ou era a sensação de vazio que incomodava meu peito.

Ela havia sumido e por mais que eu soubesse que ela era rainha, casada, grávida e com milhares de responsabilidades, eu havia me acostumado com sua presença irritante e insistente o tempo todo comigo.

Chris era conselheiro real e aparecia pouco; as três vezes que ele veio foram como uma vitória, já que era difícil ele driblar sua personalidade tão workholic. Brad vinha sempre que podia, mas evitava conversar ou se aproximar de mim, mas o motivo dessa mudança era a Camila. Eu sabia que nós havíamos tido um relacionamento longo e doloroso, mas não conseguia entender como todas as pessoas que falavam sobre nós juntas tinham aquele tom de quem admirava o que nutríamos uma pela outra.

E também não conseguia entender como aquela mulher poderia demonstrar tanto amor por mim com um só olhar, talvez eu estivesse me esforçando para lembrar exatamente por esse motivo. Por ela.

Levantei-me lentamente, caminhando até a janela. O dia estava lindo, ela deveria estar aproveitando um pouco. Camila sempre parecia cansada apesar de sua animação quase doentia em me ver. Não deveria estar me importando tanto, afinal eu não era nada dela. Bufei, balançando a cabeça, nada de ficar pensando nisso.

Virei o corpo e me deparei com o espelho que estava fixado na parede do banheiro e meus olhos se arregalaram ao ver minha imagem. Eu estava horrível com aquele avental branco de hospital, meu cabelo desarrumado e bagunçado; quando percebi estava apertando continuamente a campainha para chamar a enfermeira.

- Senhora Jauregui! Meu Deus, o que houve? Sente dores? Lembrou de alguma coisa? – disse a enfermeira esbaforida segurando a maçaneta da porta aberta. Seus olhos arregalados fixaram-se presos na minha figura extremamente emburrada. – Senhora?

- É necessário o uso dessa vestimenta? – perguntei polidamente. Ela me encarou confusa e eu continuei. – Eu não posso usar minhas próprias roupas?

- Não senhora, nas regras do hospital, é obrigatório que os pacientes usem a vestimenta de pacientes.

- Eu só estou em observação. – resmunguei insatisfeita. A enfermeira riu compreensiva e eu me sentei na cama murmurando mal-humorada coisas inteligíveis.

- Mas a senhora pode arrumar seu cabelo e se maquiar se quiser

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Passei a mão pelo rosto agora limpo e com a pele lisa, satisfeita; meus cabelos finalmente penteados e arrumados apesar do comprimento que haviam atingido pela falta de corte. Como já era noite e como eu tinha certeza que ninguém iria me visitar ou alguma enfermeira iria vir com a janta e meus remédios da noite pelo horário já ter passado, o avental horrível do hospital estava esquecido na poltrona ao lado da cama.

Charmed |Camren|Onde histórias criam vida. Descubra agora