Capítulo XXX

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hey gente, perdão mesmo. Voltei para a minha casa e agora prometo terminar, até porque só faltam mais dois capítulos.

Vamos lá.

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Assim que ele me viu, estancou na escadaria me olhando com os olhos arregalados em descrença; a mão apertando fortemente em punhos.

- Olha só quem chegou. - eu disse acidamente ao abrir os braços e estreitar os olhos em sua direção. - Você não conseguiu me matar e eu me lembrei de tudo mesmo tendo ficado com amnésia, maravilhoso não é mesmo? - sorri de escárnio ao abaixar os braços, minha voz se tornando a cada minuto mais fria. - Mas quem merece todas as honras é só você alteza. - bati palma lentamente, o som oco das palmas de minhas mãos se encontrando ecoando pelo Hall de entrada.

Nesse momento todas as empregadas levaram a mão até a boca e nos encararam, petrificadas com a situação sem saber o que deveriam fazer, dividas entre chamarem os seguranças ou assistirem à cena. Bob apareceu, mas permaneceu-se quieto no canto do Hall, observando-nos sem mover nenhum músculo para impedir a clara discussão que se iniciaria.

Austin continuou a descer as escadas lentamente, logo depois de se recuperar de seu choque inicial, e parou sob o pé da escadaria, sua expressão voltando a se tornar impassível e extremamente calma.

- Seja bem vindo de volta, Senhora Jauregui. Não era para a senhora estar no hospital? Vejo que recuperou a memória, mas perdeu a sanidade.

- Não, não, para a sua infelicidade, Austin, eu nunca estive tão lúcida em toda minha vida. - Dei alguns passos, toda minha frustração e raiva acumulada ao longo de todos esses anos fluindo como um veneno por minhas veias. - E o mais engraçado de tudo isso nessa história toda, é que eu sempre soube quem você era, mas em todas às vezes eu fui covarde de não tentar te impedir

- Eu sou o rei, não ouse falar blasfêmias sobre mim. Se você -

- Se você o que?? Eu não tenho mais medo de você. - Nossos olhos faiscavam presos um ao outro sem sequer desviar-se por um segundo. - Não sei como eu pude ser tão estúpida para dar ouvidos a você ou sentir pena, aliás, qualquer tipo de sentimento. Você é a pessoa mais desprezível que eu já conheci. Deveria morrer sozinho por impedir que nós duas ficássemos juntas. Nós, que sempre nos amamos e você sabia disso, só porque você tem uma ridícula obsessão pela Camila.

Bob me chamou, tentando inutilmente fazer com que eu me contivesse em minhas palavras, e as empregadas, a cada minuto que se passava, ficavam ainda mais chocadas com a situação, não conseguindo acreditar em tudo que ouviam.

Os olhos de Austin faiscaram perigosamente com raiva em minha direção e sua mão se apertou com ainda mais força.

- Vocês não se amam. - sibilou entre dentes. - Camila me ama, somos muito felizes e teremos um bebê. Você sempre imaginou todas essas situações absurdas e-

- Austin. - o chamei como se ele fosse uma pequena criança birrenta, um grande sorriso sarcástico se estampando em meu rosto. - Me diz uma vez só que ela disse que te amava por livre e espontânea vontade. Você não vê? Apesar de tudo o que você fez, armou e tentou destruir, e por mais difícil que toda essa situação seja, Camila nem por um segundo sequer te amou um terço do que eu sei que ela me ama.

- Cale a boca!

- Acabou, Austin, não precisa mais continuar com todo esse teu show sobre como vocês são felizes juntos ou como vão se amar eternamente. - Meu sorriso se apagou, a nota de desprezo nítida em minha voz se tornando cada vez mais forte. - Você não tem mais o que fazer para nos separar, nós ficaremos juntas e seremos felizes, como vocês nunca foram. Sabe por quê? - Meus olhos arderam um pouco, a palma de minha mão atingindo meu peito com força. - Você pode machucar qualquer parte do meu corpo, me mandar para outro país e até mesmo manipular quem você quiser para nos manter separadas, mas nunca, nunca, vai conseguir arrancar o amor que eu sinto por ela do meu coração.

Charmed |Camren|Onde histórias criam vida. Descubra agora