Capítulo XX - Parte 1

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Só queria agradecer os votos e os comentários do ultimo capítulo, vocês me fizeram rir e até sentir medo, não é chichagol10 ????

Bom, sei que todo mundo ficou irritado com o fato da Lauren não atrapalhar o casamento, mas gente, ela não podia fazer isso, já pensou na confusão que seria? Todo mundo gravando e a população inteira lá, seria a maior confusão. 

Chegamos a segunda parte da Fic, ou seja, mais uns 10 capítulos e acho que acaba. Agora vamos ao que interessa, porque esse capítulo tem mais de 4 mil palavras, então tá grandinho.  Dei uma revisada bem básica, então perdão se houver algum erro. 

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[Camila POV]

- Precisa correr princesa! Ela a está aguardando! – olhei para o lado e uma criança vestida de coelho corria ao meu lado pelo corredor verde e iluminado.

- Mas eu não posso! Eu ainda tenho que assinar os papéis de autorização dos aviões internacionais! – eu continuei correndo, mesmo sem saber o porquê enquanto a criança-coelho me seguia, falando que eu deveria colocar minha coroa real.

- Você me decepcionou. – a voz da minha mãe ecoava e eu parei de correr, me sentindo enjoada.

Uma porta surgiu na minha frente e eu suspirei, entendendo. Era a porta do quarto de Lauren.

Encostei-me à ela, ouvindo sua voz do outro lado, cantarolando alguma música infantil. Bati na madeira, soluçando, uma geada fina caindo sobre mim. Toneladas de papéis começaram a cair do céu roxo e eu me senti afogar enquanto via o olho verde me encarar do olho mágico da porta.

- Você nunca me deixa entrar! – exclamei, sentindo ar escapar de meus pulmões. Tudo brilhou num verde escuro e eu fiquei na escuridão. – Não me deixa...

Abri os olhos de súbito.

Abri os olhos de súbito. Minha respiração estava descompassada e minha testa coberta de suor. Apertei o lençol com força, fechando os olhos e sentindo lágrimas solitárias saírem dali. Saí de minha cama de casal, jogando as cobertas em cima dos pés de Austin e fui até a varanda, pegando meu cigarro deixando de lado o cinzeiro. Observei a manhã despontar lá no horizonte e tentei me focar em assuntos do reino e não naquele sonho repetitivo.

Depois de dois anos, já estava ficando chato ter o mesmo sonho.

Levei ao cigarro a boca mas não traguei, tentava esquecer o maldito olho. Tentava não lembrar daquele tempo todo sem ela. Em como eu havia me isolado do mundo e durante cinco dias ter chorado sem parar, após a partida dela. Em como eu havia quebrado um quarto de hóspedes inteiro em um acesso de raiva.

Eu já passara por todos os sentimentos possíveis: dor, raiva, abandono, tristeza, depressão, frustração, saudade e agora eu estava conformada. Ás vezes, eu me esquecia dela. Ás vezes parecia que eu sentia seu cheiro, perfume feminino com uma mistura de café e nicotina, próximo a mim. Mas eu me virava e não encontrava ninguém atrás de mim.

Eu já pensara em fugir, em ir atrás dela, em morrer.

Mas conforme o tempo foi passando, eu fui me acomodando. E quando eu vi, era muito tarde para voltar atrás, era muito tarde pra fugir, era muito tarde para uma despedida. Era tarde demais.

Eu havia mandado detetives procurarem o seu paradeiro. Encontraram-na no sul da Inglaterra, hospedada na casa de uma amiga. Ciúme e uma sensação intensa de solidão me engolfaram. Corroeu-me, embrenhou-se em mim e se instalou direto no meu peito, permanecendo ali até hoje.

Charmed |Camren|Onde histórias criam vida. Descubra agora