Capítulo 11 - Canadá - Parte II

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Justin Bieber P.O.V.

— Seu muleque — ela sorria. — Como pode passar tanto tempo sem vir aqui? Enlouqueceu? Esqueceu que eu e Bruce somos velhos e não estaremos aqui por muito mais tempo?

— Nem pense numa coisas dessa, vovó — ele riu enquanto alisava o rosto dela. — Sabia que eu estava ocupado, né? Esqueceu que eu trabalho?

— Não, meu amor — ela fez um bico fingindo mágoa. — Nem tem como eu esquecer, você não deixa... Quer dizer, suas fãs não deixam. Não posso sair na rua que tem alguém pedindo foto, autógrafo, implorando em meio as lágrimas pra eu lhes dar um endredom ou um lençol que você tenha dormido.

— Não foi minha intenção — ele riu a abrançando de novo.

— Mas entrem. Oi? — ela sorriu pra mim com curiosidade. Acho que estava tão maravilhada do neto estar ali que nem se quer notou a minha presença até nos pedir pra terminar de entrar.

— Oi — sorri de volta. — Tudo bem? Eu sou Hailey.

— Eu sou Diane. Sinta-se em casa, por favor — ela me abraçou com carinho. — Acreditam que eu acabei de fazer um bolo mole? E está uma delicia — ela sorriu. Nós a seguimos até uma cozinha arrumada e minusciosamente organizada.

— BRUCE? — a velhinha simpática gritou perto da escada que ficava no canto da cozinha, enquanto nós nos acomodávanos na cadeira da pequena mesa. — Temos visitas, seu rabugento.

Justin riu da forma autoritária da avó, ele ficava igual um bobo olhando tudo como se fosse a primeira vez que ia ali. Depois de um tempo, um senhor forte e careca desceu as escadas. Ainda arrumando os cabelos, ele chegou em nós com um sorriso simpático.

— Justin? — ele olhou como se não acreditasse no que via a sua frente. — Ôh, Justin... Meu neto, como é que você pode passar tanto tempo sem vir aqui?

— Já expliquei a vovó — ele riu abraçando o velho. — Sou um cara que trabalha agora.

— Tudo bem, mas por favor não demore tanto. Te ouvir cantar não é o mesmo que te abraçar. E outra — ele disse olhando os braços tatuados de Justin —, que tanta tatuagem é essa? A da familia do Jeremy eu relevo mas e essas outras ciquenta ai?

— Eu precisava me expressar, vovô.

— Como você se expresa com um tigre, Justin? — eu me meti, já estava calada o suficiente pra passar por mal educada. Justin riu sem jeito e eu não entendi o porque. — Sou Hailey, prazer.

— Olá, minha jovem — ele olhou carinhoso. — Tudo bem?

— Sim — sorri.

Depois de mais alguns abraços, Diane nos serviu o tal bolo e nos pediu para sentarmos a mesa para conversarem um pouco. Eles realmente pareciam encantados com a presença do neto ali.

— Como se conheceram? — Diane me encarou, como se pidesse ver além da alma. Idoso e criança tem esse defeito, quando olha a gente de jeito, parece que tá encarando a alma e vendo todos os seus pecados.

— Em Las Vegas, vovó — Justin disse meio seco, sem mais informações.

— E você faz o quê? Canta também? — o interesse dela era meio exagerado. Ou talvez fosse só eu, pesarosa e com a consciência pesada.

— Vovô, você disse que tinha comprado um carro novo, quer me mostrar? — Justin não foi nada sutil ao trocar o assunto de rumo.

Bruce pareceu animado com a idéia de ficar só com Justin e por isso, levou ele o mais rápido que pode para fora da cozinha, afim de mostrar o tal carro novo. E eu fiquei ajudando Diane na cozinha com o almoço.

Pretty Woman - JaileyOnde histórias criam vida. Descubra agora