Pretty Woman - Jailey

Capítulo 14 - Reencontros.

Eu sabia que os primeiros dias seriam os mais difíceis, só não imaginei que seria tanto. Eu sentia tanta falta de Justin que meu coração, chegava a doer. Sem drama. Doía toda vez que batia.

Era estranho não ter ele ao meu lado, jogando a almofada na minha cara ou me irritando por qualquer motivo. Eu coloquei uma roupa curta como sempre e fui pro meu ponto. Meio morta, meio sem vontade mas fui.

E já estava há um tempo quando um carro parou do meu lado, quando o vidro abaixou, eu olhei pra dentro e vi Jamie, meu coração deu um salto. Aquilo era surreal demais porque fazia eu me lembrar que Justin havia sido real. Ele sorria meio sem
entender.

— O que você tá fazendo ai? — ele perguntou, o tom de voz carregado de desconfiança.

— Você não vai querer saber — eu sorri simpática.

— Tem certeza?

— Tenho.

— Posso te chamar pra sair? — ele perguntou sorrindo.

— Preciso trabalhar — falei sorrindo.

— Eu pago.

Já sabia como aquilo terminava e já ia negar, quando Jamie me interrompeu.

— Hey Hailey, só como amigos... Você só faz o que tiver afim, eu só preciso dos seus conselhos. Enfrentei meu avô depois daquele dia por sua causa.

— Eu fico feliz — gargalhei. — Para onde iremos? — perguntei.

— Pode ser uma lanchonete que eu conheço? — ele sorriu.

— Eu vou adorar.

Nós descemos na tal lanchonete e quando eu desci do carro, Jamie ficou do meu lado. Assim como o Justin, ele também não parecia se importar com minhas roupas ou o que eu aparentava ser, mesmo que o olhar de todos na lanchonete fossem pra mim. Ele arrastou a cadeira e me deixou sentar.

— Cavalheirismo da sua parte — ele riu ao me ouvir.

— Vai me explicar o que era aquilo? —  ele se referiu ao local que eu estava vinte minutos atrás.

— Eu sou prostituta, Jamie. Sei que não parecia e isso foi crédito do Bieber — eu revirei os olhos. — Ele me contratou durante uma semana pra fazer-lhe companhia aqui em Vegas, e quando as coisas evoluiram, eu fiz besteira.

— O que você fez? — ele me olhou curioso.

— Fizeram comigo, na verdade, — eu devolvi o olhar. — Mas não queria muito falar disso, tudo bem?

— Sem problemas, se preferi assim — ele riu sem nenhum pouco de humor, apenas para melhorar o clima.

— E o que aconteceu? — perguntei animada. — Você me disse que enfrentou seu avô.

— Enfrentei — ele me olhou sorrindo. E que sorriso. — Falei pra ele que ele não podia mandar na minha vida, no que eu decidiria e no que eu estivesse afim de fazer. Eu larguei a faculdade por alguns dias e fui tentar só beber e curtir.

— Gostou?

— Não — ele gargalhou. — Ou meu avô já tinha me feito criar jeito ou eu realmente nasci pro negócios.

— Mas o importante é que você tenha tido coragem de enfrentá-lo.

— Acho que sim.

— Vão pedir algum coisa? — uma garçonete enjoada nos olhou atravessado.

— Uma coca, por favor — eu pedi, tentando olha-lá com uma cara de nojo três vezes maior.

— Quero uma pizza pequena e uma coca, por favor.