MonoMania - Júlio Cocielo

Prólogo

Júlio cobriu Tiê com seu cobertor das meninas super poderosas - a menina não tinha nem seis anos direito e já tinha tendências feministas pois não gostava de princesas mas sim de heroínas. - Fitou uma última vez sua filha ressonando baixinho e saiu do quarto da pequena deixando a porta entreaberta. Cocielo foi até seu quarto, abriu a primeira gaveta do guarda roupa e retirou uma caixinha preta pequena, ele sentia que a qualquer hora seu coração pularia da boca e o abandonaria.

Acalme-se, Júlio.

Respirou fundo e deu passos pesados até a sala onde ela estava. Na TV um canal qualquer fazia barulho sem nenhum propósito pois ela não prestava atenção na programação da TV, ela mexia em seu celular despreocupadamente. Cocielo, ainda tomando coragem, se aproximou da mulher em seu sofá e sentou-se ao seu lado.

- A Passarinho dormiu? - Ela perguntou se referindo a Tiê.

- Como se estivesse em um ninho - Júlio riu e deu um rápido beijo na mulher.

- Acho que já deu a minha hora, Cocielo - A mulher fitou o horário em seu celular e foi se levantando do sofá.

- Não. - Júlio a puxou para seu colo e não perdeu tempo, criou coragem e falou - Eu tenho algo para falar com você - Afagou os cabelos daquela que ele abraçava.

- Fale - Sorriu.

Júlio tirou a caixinha que tinha pegado em seu guarda roupa e deu nas mãos da mulher.

- Eu sei que parece precipitado mas...

Ela abriu a caixinha e corou de leve, talvez ele estivesse louco.

- Isso é o que eu estou pensando? - A mulher não conseguia sorrir, ela estava nervosa.

- Sim - Júlio deu um beijo nos lábios dela - Você quer casar comigo?