Capítulo 8

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Irene : Filha... Acorda, já pode sair deste hospital - estava com muito sono, mas depois de ouvir isso... não
Sam: Ainda bem, sair desse inferno chamado "Hospital".
Irene : Um inferno que ajuda as pessoas.
Sam: Eu sei mas, mas tipo... eu odeio isso. - falei bem na cara de pau na frente da enfermeira que estava tirando aqueles aparelhos de mim.
Irene : Vá tomar um banho... Trouxe sua roupa.

Fui guiada até o banheiro pela enfermeira, tomei um banho rápido para tirar aquele cheiro de hospital, quando olhei a roupa que minha mãe tinha pegado, queria pular no pescoço dela. Eu odeio vestidos. Branco e vai até o joelho, rodado.

Irene : Agora, vamos - disse depois de me ver na sala e espera.
Sam: Mãe... eu te mato.
Irene : Qual é? Esse vestido foi sua avó que lhe deu e você nunca usou.
Sam : Eu sei mãe , mas eu não gosto - disse entrando no carro.
Irene : Ok, ah e a senhora... pode dizer adeus praia.
Sam: O quê? - perguntei apavorada.
Irene : isso mesmo, você não vai para a praia.
Sam: Por quê ? Está me proibindo agora? - Estava irritada.
Irene : Não, calma... Por um tempo não poderá ir, mas depois poderá.
Sam: Quanto tempo? - Virei meu rosto para a janela, o hospital fica longe de minha casa.
Irene : Um mês no máximo. - Apenas a encarei com uma cara feia e depois voltei minha atenção à janela.
Sam: Espero que esse "um mês " passe rápido - falei rápido.
Irene : Não se preocupe, Ash irá lá em casa pra te ver - sorri ao ouvir isso.
Sam: Hm - eu estou feliz com isso.
Irene : ele sente sua falta.
Sam: Como assim?
Irene: Ele meio que... Me contou que ele gosta de você e disse também que você não quer estragar a amizade de vocês com isso.
Sam: Verdade, eu não quero... por mais que ele fique chateado.
Irene : Vocês formam um belo par - ignorei e começou a chover.

Comecei a pensar em tudo que Ash e eu passamos juntos, as brincadeiras de criança, as encrencas que ele me metia quando tinha 14 anos, quando eu colocava a culpa nele e depois pedia desculpas. O idiota ainda aceitava as desculpas.

Irene: Quero que você vá direto para seu quarto, tem uma surpresa para você lá. Lembrando que semana que vêm é seu aniversário - já havia esquecido da data do meu próprio aniversário.

Depois que entrei em casa, fui direto ao meu quarto. Quando abri a porta vi uma caixa enorme em cima de minha cama.
Fui até ela e abri, dentro dela havia um quadro enorme com uma foto.
Nela está minha mãe, meu pai, Ashley e eu. Ash e eu éramos mais novos, tínhamos por volta de 16 anos. Com a seguinte frase embaixo;
"Nossa família sempre unida, não importa o que aconteça."
Ao fundo da caixa havia uma carta.
"Filha, eu, seu pai, resolvi dar-lhe esse presente adiantado de aniversário, procurei uma foto em que Ash está junto, pois ele sempre faz parte da nossa família. E lembre-se: Eu te amo muito."

Irene : O que achou do presente de seu pai? - Perguntou encostada na porta.
sam: Adorei!
Irene : ele quer que coloquemos na sala - concordei, minha mãe colocou na parede da sala, ficou perfeito.

Logo ouvimos a campainha tocar, abri a porta.
Ash.

Ash: Olá - disse com um sorriso lindo.
Sam: Oi, entra. Eu não acredito que você saiu de casa com essa chuva.
Ash: Carro? - entrou.
Sam: Ok.
Ash; Nossa, essa foto é das antigas - disse observando o quadro pendurado na parede.
Sam: Meu pai mandou para mim, como um presente de aniversário adiantado.
Ash : Lindo! - falou admirado.
Sam: Claro.
Ash: Você ainda sente raiva de mim? Pelo tempo que eu não fui ao hospital. - Perguntou e minha mãe nos deixou a sós na sala.

Acorrentados (Ashley Purdy )Onde histórias criam vida. Descubra agora